Favela

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É muito fácil falar de coisas tão belas
De frente pro mar, mas de costas pra favela

Fome

Moro na favela,
Cinco de julho,
Não tenho inveja de nada
E nem um pouco de orgulho.

Só quero uma vida digna,
Para ofertar a meus filhos,
Assim não vão para o mundo do crime
E sim caminhar nos bons trilhos.

Me corta o coração,
Quando minha filha estende a mão
Querendo algo pra comer,
E nem tenho um pedaço de pão.

Quando a fome se aproxima,
É então que fico calado,
Entro em desespero,
Mas não fico igual à um abobado.

Vejo meus vizinhos
Almoçando e se alimentando
E eu pobre inútil
Caido e quase parando.

Assim eu não aguento
Me ponho a chorar
Tristeza
Tristeza de não se acabar.

É, mas esta história
Não termina com o final feliz
Como os contos de fadas,
E sim termina com a sentença de um juiz.

Só fica o sonho
De tudo mudar
De ter um emprego
Pra me ajeitar.

E aqui eu continuo
Sem trabalhar
Com fome a passar
E ter que esperar um emprego chegar.

Nascida Em Bairro Nobre Seu Cupido é Uma Favela.

🎭 visão de favela 🎭

Eles vão rir do seu sonho e aplaudir sua vitória porque na vida é assim dias de luta e dias de glória.

Tomar a favela de traficante é fácil, tomar o poder das pessoas erradas que te roubam de um jeito bem pior que é difícil, político que rouba da saúde mata mais do que quem aperta o gatilho, e a culpa é nossa, porque parece que a lei não funciona pra quem cria ela.

Quando a favela acordar, o morro todo descer no asfalto para seus direitos reivindicar, o batuque desafinado de panelas vão se calar, politico pilantra vai aprender o povo respeitar, que jamais hão de se calar.... Espero a favela acordar...

O negro que antes era caçado no mato hoje é exterminado na favela.

Afundados na favela, com muito rancor
São todos julgados, pela sua cor

Temos uma favela marginalizada que nem sempre é aceita no mercado de trabalho. Para muitos o negro ou a negra que luta pelo seu direito, tem de calar a boca, logo o difama de “vitimista”. São tão marginalizados, que não podem muitas das vezes montar uma guia e sair vendendo, que a prefeitura prende, nem sempre pelo fato de ser negro ou negra, mas por ser de menos condições de vida e pertencer a uma classe menos favorecida.

A cidade não esconde mais sua miséria
O sol que esquenta o centro também está na favela
Há muitos sonhos e alguns perdidos nesse momento
O povo grita, chora ou apenas fica em silêncio

Pras princesinha, patricinha, pras donzela de favela
A patricinha dá uma requebrada, na sequência dá uma empinada
E a de favela dança e requebra, deixa os mlk louco por ela

A Favela Perfeita

Originalmente fiquei conhecido como um menino do rio, pela alegria forma despojada de ver e viver a vida, não precisava de muito dinheiro, uns poucos trocados, bons amigos e uma resenha na praia para alimentar o bom espírito.
Quando menino e ainda muito pequeno trago boas recordações e lembranças da infância vivida entre becos e vielas na maior e melhor favela dentre elas, sempre reconhecida pelas suas belezas naturais, e visuais deslumbrantes. Apaixonam-se aqueles que a olham de fora para dentro, ou aqueles que de dentro, contemplam o visual maravilhoso do Rio de Janeiro.
Nascido na década de 80, minha favela sempre foi a melhor dentre as favelas, referenciada sempre pelo seu tamanho como a maior da América Latina, impunha respeito e admiração, pois além de fazer parte da história de nossa cidade, compunha em versos e prosas as letras das melhores musicas de funk da época. Reconhecidamente um berço de grandes MC´s da minha geração.
Não tinha policia ou doutor, até bandido respeitava morador, não tinha guerra, quase não tinha tiro, não morria policia, não morria bandido, não tinha bala perdida em morador. Roubo não existia e o corajoso do ladrão, coitado, percorria só de calcinha as ruas da favela, sob ovadas, xingamentos e vaias não corria, e se corresse a madeira cantava.
Pela praia de São Conrado era sempre laser, no sol de verão ou de inverno, seja o morro que descia ou o rico que comparecia. Até você podia ir sozinha(o), pois sabia que no que é seu ninguém mexeria. Mesmo se morasse naquele lindo prédio na esquina.
Na minha favela, a melhor dentre elas, esperto também não se criava, enganou o traficante, achando que passaria batido, vendeu passarinho roubado e acabou culminando o seu próprio fim, um quilo de Sal, e se a sede apertasse, um litro de cachaça dava, para quem sabe, amenizar a dor de uma provável cirrose hepática.
Por falar em bebida, festas iguais não haverá. Bebida e comida a vontade, onde traficante em meio à multidão queria ser apenas um morador a curtir, com certeza o inicio do “Open Bar”. Não existia “mimimi”, era tudo “arregado”, e até o amanhecer não podia acabar. Não tinha briga e não tinha confusão, a festa era para curtir e cantar os funks do patrão. Calma, não se assuste, não é apologia e tampouco ostentação, eram as histórias da favela cantadas nos versos de uma canção.
Orgulhosos são os crias por ter vindo de onde vieram, ter visto tudo que viram e principalmente vivido tudo que viveram na melhor favela dentre as favelas, de origem na Fazenda Quebra-Galhas, que divida virou chácaras e a região carinhosamente foi batizada de Rocinha. A favela dentre as favelas ainda a maior e melhor favela.
Obs.: Esse é apenas um relato de uma Rocinha vista através dos meus olhos, se certo ou errado, não cabe a um ou outro julgar. Opiniões divergentes são sempre bem aceitas, mas espero que saiba que todos gostam de respeito para com o nosso lar. E desculpe qualquer equivoco no português, sentimentos geralmente não precisam de um padrão linguístico para fazê-lo, boas descrições fiéis as informações passadas já dão conta de muito bem descrever.

Será que você precisa subir a favela pra descobrir que o pó que você coloca para dentro do nariz financia a destruição de milhares de adolescentes?

Se o rap se entregar favela vai ter o que?
Se o general fraquejar soldado vai ser o que?

Para muitos é normal prenderem e matarem negros e negras que moram na favela, e em outras localidades também. Porque, também morre negros e negras em áreas nobres, e muitos são criminalizados, pelos o que dizem lutar contra a violência em nosso país.

Na favela, o comum é a falta, a escassez, a dor, a violência. Por outro lado, há também arte, resiliência, capacidade de empreender. Precisamos construir comunidades empreendedoras para gerar renda, com dignidade para as pessoas.

Quando morre uma criança na favela, todo mundo devia de cantar...é menos um pra se criar nessa miséria!

A favela, que agora puseram um nome mais bonito: comunidade, porque o remorso é tanto. Eles sabem que o favelado é vítima de uma sociedade famigerada.

Reconhecer tudo que você já tem de bom na
vida é a base de toda abundância.

Meditação é a jornada do som para o silêncio, do
movimento para a calmaria, de uma identidade
limitada para um espaço sem limites.