Fatal
Tu tem a arma fatal: o charme.
Tu me acha charmoso?
Sim.
Mas se me acha charmoso é porque não sou bonito.
Mas é possível resistir a beleza, ao charme não.
FATAL
O vazio
De tantos corpos
- Inelegíveis -
Ao acaso...
Qualquer que seja
A desventura
Eu pairo olhos
A disparar sinos de vento.
Eu busco
- A contento -
Um pouco do pão
Em divino código
Sirvo-me da sangria
Vitrificada na espera
E no desamparo.
Dos teus medos
Eu sou a deusa
Que era
Eu sou o fato.
Dor, sinónimo de perda
Autor: LCF
1
Dor;
Quando nos sentimos mal;
Parece mesmo fatal;
A nossa parte frágil e sentimental;
Sofre por um intenso mal;
Mal que parece insuportável;
Imaginável;
2
Dor;
Dor da perda;
Da perda sofrida pela população;
População que possui um único coração;
Coração que outrora serviu para ajudar;
E que agora só serve para criticar;
Para atiçar;
Atiçar vocábulos insultuosos e desinteressantes.
Por tua causa, senhora Dor.
3
Dor;
Sempre junta de algo que faz sofrer;
Que nos faz perder o sentindo das coisas;
E daquilo que estamos a fazer.
4
Dor;
Dor da injustiça;
Dor daquilo que não queremos;
Mas daquilo a que nos apegamos;
Sem desejar e sem querer;
5
Dor;
Dor que não foi pedida vez alguma;
Contudo, causou trauma;
Trauma e insegurança;
Insegurança e tristeza.
6
Dor;
Porque foste tu aparecer?
Como pudeste proceder?
Ultrapassar dos limites?
7
Dor!
Que percebas que a vida das pessoas;
Não necessita da tua existência;
Nem da tua ridícula aparência;
Mas já que apareceste;
Ao menos que sirvas para alguma coisa;
Em vez de só maltratar;
E com tudo e com todos pegar.
Ela vem como quem não quer... Além de alguém que lhe trate bem. Fêmea fatal, capital do pecado, delírio carnal, coração gelado, beleza que distrai o mais firme jogador. Veneno que se extrai do amor rosa sinuosa sem espinho aparente, se os olhos não veem o coração não sente, o perigo iminente, não te olha te escaneia.
Selvagem
O real pensamento se revela... sai da boca deixando sequela... pode ser fatal e amoral...
A verdade é única e real... controle é ilusório no animal... o puro instinto é trivial.. o querer é posse e mortal... escolhido foi a vítima no final... danos irreversíveis é atual... minha selvageria irracional... me mostrou o que sou no final...
UM SAMBA EM RÉ MENOR
Não é tristeza, é melancolia
um tipo fatal de abstinência
não é dor de corno nem sofrência
é a falta de beleza e poesia.
Ainda escuto, como punição
relembrando tudo que vivi
a música boa que tocava à beira mar
quando te conheci.
Sem a Bossa Nova, “Chega de Saudade”
num bar em Ipanema, que dia agradável
sem você e tudo isso
a vida não poderia ser suportável.
Ainda assim sangra a poesia
o vento sopra e traz esperança
não é desespero é falta de alegria
um tipo fatal de abstinência
não é tristeza, é melancolia...
UM SAMBA EM RÉ MENOR
arrogância
arrogante, foi fatal te deixar no quintal
exproba ferida
que uma sentença faz aqui infernal
ruminando a vida?
sem essencial, e tão brutal
querendo me por de partida
que não me pertence, não me é casual
querida!
(arrogância)
a tu o meu desprezo final.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Janeiro de 2017
Cerrado goiano
Se essa aventura se revelar fatal e nunca mais tiver notícias de mim, quero que saiba que você é um grande homem. Caminho agora para dentro da Natureza Selvagem.
"Nem todo dia é igual
nem todo golpe é fatal,
siga como o vento, sem
temer o temporal..."
(JOTA'FS - Eu não sou daqui...)
Virose Fatal
Vírus, vírus, vírus, vírus...
Virose fatal
Pessoal toma cuidado
Com sabão, com sabão,
com sabão ensaboado
laves suas mãos...
O corona vírus é fatal
Já virou pandemia internacional,
se tiver doente procure o hospital!
Ao espirro, intercepte com o braço
Evite o abraço e o aperto de mão
Cuidado com a aglomeração
O vírus se espalha com grande extensão
se alguém tiver doente e faz a transmissão
pela tosse, pelo espirro
e o contato com as mãos!
O álcool gel tem aí?
E a máscara no nariz?
É a pandemia internacional
É viral, é viral...
É a virose fatal!
DESEJO
Eu quis paixão, pelo amar pleno
sem ambição dum fatal amado
onde apenas valeria ser ameno
ou talvez aquele algo desejado
Quis me doar, sem ser pequeno
e desse amor não fosse deserdado
mas, senti na alma o acre veneno
do amor na futilidade ser banhado
E vejo que o amado é, na vida
aparte, ao que é o escolhido...
a este, tem, uma boa acolhida!
É. Se castigo ou sina, eu digo:
- que nunca quis ter perdido
Se perdi, é por não ter comigo!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
09/10/2020, 19’28” – Triângulo Mineiro
A sociedade é fatal… é isso que somos não enxergamos ao nosso redor, pois o nosso ego é uma ilusão sobre o oposto que vivemos.
A atração foi fatal
A pele arrepiou
Não conseguia tirar o foco
Perdia -o na multidão
Meu coração já doia
Chegar até ele não foi fácil
Era a imagem de um Deus Grego
Como ser notada
Mas aí o destino deu uma força
Eu o havia perdido, ele me encontrou
Derrubou seu copo de bebida
Meu vestido branco transpareceu
Minha respiração acelerou
Rápido tirou seu paletó e me cobriu
Foi a entrega mais doce
Nunca mais nos deixamos
São noites e noites de juras
Muitos beijos e abraços
Mensagens trocadas
E isso já faz tempo
Continuamos enamorados
Nos amamos como jamais sonhamos
Somos eternos namorados
Não respiramos um sem o outro
Sou o ar ele o pulmão.
