Fase Ruim Fase Boa Fernando Pessoa
Estou resolvendo umas coisas aqui viu, esses negócios de sentimentos demonstrados demais meio que estraga.
Mas Deus sabe a hora certa pra nós e eu confio. E te espero. E te curto todos os dias. E te gosto. Muito.
Sei que a maioria das pessoas me diz: “menina, abre teu coração mais uma vez e segue em frente, não para de sonhar, um dia isso tudo passa.” Mas esse discurso, que já ouvi algumas vezes, não me convence e nem atinge quando o tema é você e todas as sensações e mudanças que você causou em mim.
Eu vivo de muitas saudades. E quem se arrebenta de tanto existir, vive pra esbanjar sorrisos e flashes de eternidade.
Como eu queria tomar vergonha nessa minha cara e te mandar embora da minha vida, mas quanto mais eu penso em fazer isso, mais eu te desejo.
Meu coração é um traço seco. Vertical, pós-moderno, coloridíssimo de neon, gravado em fundo preto. Puro artifício, definitivo.
Essas que imaginam vidas vagamente inglesas, paixões contidas, silêncios demorados e gestos escassos, mas repletos de significados, preferem a estrada do leste.
...E sabia que de alguma forma ele continuava ali. Miúdas crateras, gretas polpudas. Em algum ponto da cama, do quarto, da mente, do espaço.
Pra início de conversa: Você anda lendo o quê? Quem é que está te influenciando assim? Quem colocou essas idéias malucas em sua cabeça? Eu me preocupo com você, Carmem. Você anda feliz demais e isso é preocupante;
Eu sou um senhor de 80 e tantos anos e sei das coisas. Euforia demais é sinal de tragédia.
Mas eu estou viva, não estou? As pessoas estão todas aí, não estão? Só me falta somar ao invés de substituir e viver ao invés de escrever. Dá licença, vou até ali fazer diferente.
APEGO
Amar-te é um tempo de ódio
Odiar-te é meu profundo amor
Estar nos teus braços é uma vitória rara
Afastar de você é ir de encontro ao fim,
Enterrei-me nos teus pequenos olhos
Infiltrei-me no teu sorriso
Corri para quem me abraçar
Menti para vontade do sofrer,
Cansaço, vazio e exploração!
Porcaria de vida, rica destruição;
Índios inventando nome de gente
Gente que jamais chegou a ser índio.
Antes de estender os braços, preciso saber o que há dentro desses braços, porque não quero dar somente o vazio.
Sei que ele gosta de mim, só não sei se ele sabe o quanto eu gosto dele, o quanto eu me entreguei ao escuro, aos passos largos.
Sou apaixonado por abraços. Não resisto a segurança de abraços fortes, sinceros que me envolvem e sinto como se um choque de esperança me fizesse ver as coisas de outra maneira. Então, poupe-se de procurar palavras pra me agradar, de algo que me faça sorrir e me sentir melhor... Apenas me abrace, e me segure bem forte.