Fantasia e carnaval
Tuas orelhas
Ter você no digital
não me satisfaz
não é igual
quero tocá-lo
tê-lo em minhas mãos
embarcar
em suas histórias
em seus voos
em suas fantasias
sentir
seu cheiro único
inspirando emoções
manuseá-lo
antes de
repousá-lo
em minha cabeceira
nas expressões
das suas orelhas
reconhecê-lo belo
e inesgotável.
Moacir Luís Araldi
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sentir o mundo
no abre e fecha
das suas páginas
quero-o
lido
liberto
livre
quero-o
Livro.
Preso num quadro louco e imundo
sou mais um abstrato vagabundo
feito pra enfeitar a tua sala de estar.
Fantasia insana e barata,
que te deixa mais alucinada.
Eles querem que você
se perca até esvaecer.
Abstinência de ilusão, você não se decide
se quer resistir.
Surgindo da escuridão, brutalidade no coração, acho que me fodi.
Tenho vivido em um mundo
onde tudo é fútil e inútil, acho que é melhor eu fugir daqui.
O ódio é maior que a esperança,
o homem destrói em abundância.
Acho que é melhor eu fugir daqui.
Faço parte desse mundo cão, eu não sei !?
Sou animal e vocês também.
Gosto de ver sangue jorrar pelo chão,
então não vem me chamar de irmão!
Cenário da vida
Cenário da vida! Cenário dos sonhos!
Missão impossível viver em um só mundo.
É preciso ter coragem para sobreviver à realidade.
Se a magia do viver é extraída das explosões dos sentimentos,
Impossível impedir a fuga momentânea para o mundo dos sonhos.
Entre duas mentiras
O trágico estimulado para sua desconstrução, te convida à angústia e à depressão.
Plano traçado, verdadeira manipulação. Ou seria delírio, teoria da conspiração?
Gera consumo, prêmio, consolação. Só um mundo falso de alienação, mas você nem tem a percepção.
Outra mentira, colega daquela, que junto controla nossa compreensão é a fantasia. Esta idealizada para seu entorpecimento, te ilude à solidão. Alimenta sua desesperança e mina sua determinação .
No entanto, são apenas duas mentiras nas quais cabem revisão.
O PEQUENO POLEGAR
Havia um par de botas
Mas não um par comum
Serviam pra toda a gente
Cabiam em qualquer um
Não eram botas surradas
Nem tampouco elegantes
Enfeitiçadas pelas fadas
Guardadas pelos gigantes
Basta saber aonde ir
Essas botas não dão trégua
Botas rápidas feito o vento
As botas de sete léguas
Um grande bruxo as possuía
Até alguém dele roubar
O mais jovem de sete irmãos
O pequeno polegar
Abandonados pelos pais
Pois não tinham o que comer
Na floresta foram largados
Tinham mais chances de viver
Com as botas de sete léguas
Já não havia choro
Enganaram o velho bruxo
Levaram todo o seu ouro
Mas o bruxo era malvado
Se isso serve de consolo
Acharam o caminho de casa
Dividiram o seu tesouro
E não há quem não conheça
Aqui ou em qualquer lugar
Terror dos bruxos e dos gigantes
O pequeno polegar!
Grande ilusão morta no espaço tempo...
Do fundo do copo...
Disfarçando a espera de um qualquer sofrimento...
Pelas saudades que lhe aterram...
Procurando no amor a felicidade...
Entre conversas vãs...
Entre os descasos sem cuidados...
Pertencer a quem souber...
Apreciar os trejeitos...
No íntimo mais profundo...
Ignora o silêncio e o eco...
O que o coração murmura, a voz não diz...
Entorpecido sente-se feliz...
E vão-se em mar a fora...
Os sentidos embriagados e mal sentidos...
Que tudo é ilusão que esta alma sente...
Se nada há de novo e tudo o que há...
Sentir prazer em deitar-se com o perigo...
Que alguém lhe mostre a tua imagem, como tantos, sem sentido...
Sem expor à vergonha...
Sem alardear seus gemidos...
Pobre esperançado...
Que anda crê na ilusão…
Do amor…
Da fantasia...
Que nas portas dos bares aguarda...
Alguém a lhe acompanhar pelas ruas...
Tudo posso esquecer em minha vida...
As visões em minhas estradas percorridas...
Só não consigo me esquecer no entanto...
Dessa figura de alma nua...
Sandro Paschoal Nogueira
O Concerto das Estrelas
Em um mundo fantástico onde existiam estrelas, animais falantes e seres mágicos.
Existia uma família que tinha o poder de controlar as estrelas.
Uns faziam o bem e outros faziam o mal.
Mas a Luz sempre prevalecia sobre as trevas.
A Luz sempre venceu.
Belo Horizonte, 22 de Maio de 2019
"Nesse halloween só doces e travessuras porque monstros, bruxas e fantasmas nos rodeiam o ano inteiro, usando fantasias de pessoas normais."
A diplomacia em tempos de guerra só é funcional se a parte agredida ceder e satisfazer os caprichos do seu agressor, de contrário é tudo fantasia socrática.
Não se iluda, o arco íris não tem fim ,não existe pote de ouro ou guinomo, ou qualquer outra fantasia , apenas aproveite a jornada ao imaginario.
Quando pensamos que dentro de nós existe amor, mais e mais nos afastamos da inconstância, porém, mergulhamos em sentimentos abstratos e de autoria fantasiosa. Amar é uma abstração infinita.
A FADA MEDROSA
Perto de um bosque havia uma casa de sape
Onde vivia uma fada princesa
Que no lugar do nariz tinha uma cereja.
Certa noite a pequena fada
Foi ao poço buscar água
E logo avistou um gato
Que mugia feito gado
Foi tamanha estranheza
Que a pequena fada princesa
Pegou seu pote sem água
E correu para dentro da casa
Logo ao entrar apavorada
A princesa coitada
Tremendo feito uma vara
Gritou sua amiga arara
Que pela fresta da janela
O gato foram espiar
Logo gritaram pela mãe dela
Que em seguida apareceu na janela
A arara deu um pulo
Com o susto que levou
Disse: Olhem lá no muro!
Mostrando o gato que avistou
A mãe logo o reconheceu
Ah! Aquele é o gato Bartolomeu
Filho do saudoso Zaquel
E de Dona Chiquinha
A nossa vizinha
Olhe o que medo faz
Mais calma reconheceram o pobre rapaz!
É quando, a mulher ver outro céu
O céu daquele homem
Se apaixona pelo céu que ele mostrou
As cores diferentes
Uma nova música que sai de dentro do peito
É um novo cheiro
É o cheiro que ela deseja respirar
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