Falecimento
A morte tem dessas coisas: desperta o sentimental que há em nós. Diante de um túmulo vemos apenas o bom, ou o que queremos ver.
A linguagem simbólica da crucificação é a morte do velho paradigma; ressurreição é um salto para toda uma nova maneira de pensar.
Independentemente do que tenhamos feito como preparação para a morte, ela nos encontra despreparados.
Mortos que mereciam viver não reviverão, então não julgue merecedores da morte os que estiverem vivos
"Eu desaprovo o que você diz, mas defenderei até a morte seu direito de dizê-lo", era a sua atitude agora.
Nota: Trecho da biografia que a autora escreveu sobre Voltaire, referindo-se à atitude deste, fazendo uma paráfrase de um trecho de "Essay on Tolerance" de Voltaire.
...MaisNão há vida sem morte, como não há morte sem vida, mas há também uma “morte em vida”. E a “morte em vida” é exatamente a vida proibida de ser vida.
A morte, ninguém pode experimentá-la em si mesma (pois experimentar é da alçada da vida), só é possível percebê-la nos outros.
Sobre a morte?
Sobre a morte nada conheço, não sei dizer.
Mas acho que a morte é esquecimento.
E quem parte continua vivendo
nas lembranças
e nos corações de quem fica.
Minha avó disse que a morte não existe. Ela acreditava que só morremos quando os outros nos esquecem.
A morte é como o umbigo: o quanto nela existe é a sua cicatriz, a lembrança de uma anterior existência.