Falecimento
Ah...
Tu nem percebe esses meus olhos de amor.
Nem percebe que a cada partida tua eu me quebro inteira.
Nem percebe meus sinais pedindo que me socorra.
Estou me sufocando com tanto amor..
Nao perca tempo com pressas de viver ,a vida tem a sua propria velocidade desde o ponte de partida ate a meta, nesta viagem limite-se em aproveitar as paisagens deste belo passeio pois elas passam e nao voltam mais.
Meu singelo vício de apagar tudo e recomeçar. De volta ao ponto de partida. Zero a zero. Tudo novo de novo e esse novo que nunca termina, que nunca me deixa. Eu só quero ser coerente, mas minha inconstância é tremendamente gigantesca. Até ontem eu queria ser lembrado, ser revolucionário, fonte de inspiração e tudo que eu quero hoje é desaparecer, apagar os rastros, diluir a imagem, rabiscar quaisquer palavras um dia escritas por aí. De repente, uma interrogação instiga muito mais que uma exclamação.
Nunca tenha ciúmes de alguém que gosta muito de você pois em contra partida você também poderá ter que gostar de alguém que tenha muito ciúmes de você.
Partida
Partes, e o meu coração junto
a ti vai.
Não sei te saber ausente.
A vida fica diferente e sinto
perto a saudade.
As ideias ficam soltas o meu
pensar te procura em todo e
qualquer lugar.
O coração? Esse há muito já foi,
e a mim, só, deixou.
Ele sempre a tua espera fica.
Quando voltares, ele também voltará.
Até lá, tento em ti não pensar.
Como se eu pudesse, seria o mesmo,
que tentar viver, sem respirar.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Quando eu chego ao ponto do meu limite, eu tenho certeza que e o meu ponto de partida para seguir em frente.
A vida é como uma partida num qualquer Mundial de futebol...
Sempre bola pra frente e foco na vitória.
Nem sempre importa ganhar, e aprendemos com as derrotas dos outros e sobretudo com as nossas.
Jogue com uma boa equipa ou construa um jogo sólido sozinho seja à defesa ou contra ataque.
Equipe se bem, cuidado com os "foras de jogo" e com maus perdedores que fingem faltas.
E lembre-se.
Ignore os derrotados pois eles só querem copiar as suas estratégias e vencer como você!
XEQUE-MATE, BABACA!
A partida já durava pouco mais de 45 minutos, uma pequena eternidade para uma criança de 5 anos e meio.
– Mamãe, eu sei que o certo é jogar em silêncio, tentando “adivinhar” as próximas jogadas, mas preciso falar uma coisa – disse em tom solene, esfregando os olhinhos já cansados.
– Pode dizer, filha.
– Acho esse Rei muito “babaca” – disse apontando uma das duas peças coroadas por uma cruz.
– “Babaca”? Como ele pode ser um “babaca” se ele é a peça mais importante do seu reino? Se ele for capturado, você perde e acaba a partida – retruquei.
– Ah, mãe, o xeque-mate deveria ser com a eliminação da Rainha. Já reparou que ela é muito poderosa e que ele é um tremendo “Zé Mané”?
– Respeite o seu Rei, não fale assim dele – reclamei com um sorriso no canto da boca. – Onde você está aprendendo essas palavras?
– Mãe, a Rainha é toda “triunfante”. Consegue “dançar” pelo tabuleiro inteiro, como se fosse uma pista de dança… Olhe – e movimentou a sua Rainha na horizontal, vertical e diagonal, por várias casas já vazias. – Ela é tão esperta que “observou” e “aprendeu” os movimentos da Torre e do Bispo.
– Isso é mesmo. Ela é uma peça muito importante, filha. A perda da Rainha é uma grande derrota para o reino. Considero o “começo do fim” da partida – expliquei.
– E esse “Zé Mané” aqui é todo duro, travado e “perna de pau”. Já viu como ele “dança”? – Disse pinçando o seu Rei com seus miúdos dedinhos e o movimentando pelas casas que o circulavam. – Ele fica assim fazendo movimentos curtinhos, todo indefeso e fraco. Raiva desse “babaca”. Não quis aprender nada na vida. Até o Cavalo sabe saltar… E ele? Só sabe “se esconder na sombra da Rainha” – palavras literais da minha pequena.
– Amor, não fale assim. Se você estiver com raiva ou aborrecida, vai interferir no jogo e você não vai conseguir pensar na melhor jogada. Como eu sempre te digo, Xadrez exige concentração, “sangue frio”, estratégia e equilíbrio. E outra, não desrespeite o seu Rei. Seu dever é protegê-lo a todo custo, para continuar na partida. Acha melhor parar para descansar e continuamos depois?
– Mãe, a senhora está “toda” enganada – disse fazendo carinha de desdém.
– Oi? – Questionei, sem entender.
– Eu ainda “sou princesa”, mas serei como a Rainha, vou viver observando e aprendendo, toda poderosa, dançando com um longo vestido brilhante pela pista inteira. Mas não quero fazer sombra em nenhum “Zé Mané”… Na verdade essa conversa toda foi para te distrair, foi um papo “estlatégico” – pronunciou “fazendo bico” e levantando levemente os pequenos ombros. – Xeque no seu Rei, esse “babaca” aí.
Estatelei os olhos e tive que me render, orgulhosa, abrindo a retaguarda do meu Rei para que ela pudesse capturá-lo com o seu último e aparentemente inocente Peão, que “conseguiu atravessar” o tabuleiro quase sem ser visto por mim, no decorrer do nosso diálogo.
Parecia inofensivo, mas… Por vezes, o Discípulo supera o Mestre.
Xeque-mate, “babaca”.
O elemento final é uma lacuna abrangendo a matéria pensante. Vive-se a percorrer pontos de partida e chegada cansativamente, até chegar ao vácuo da inutilidade pregada por padrões sem nexo.
Quase fui tão feliz...
nesse jardim que é a vida
mas o destino não quis
quando vi a tua partida
Quase fui tão feliz...
sem pranto e sem solidão
quando ouvia o teu canto
chegando ao meu coração
Quase fui tão feliz...
entre nuvens, luas e sóis,
mesmo sem nunca ter
dividido contigo os lençois
Quase fui tão feliz...
navegando em mares seguros
que teu amor indicava,
eras meu porto seguro!
Quase fui tão feliz...
agora nada mais sou,
a vida assim não quis,
e sem dó nos separou !
Partida...O adeus, infelizmente nas várias oportunidades que temos de abraçar, beijar ou até mesmo dizer eu te amo só vem depois que a pessoa já não consegui mais ouvir, precisamos amar abraçar hoje pois no próximo segundo talvez já seja tarde e as lágrimas serviram apenas de remorsos.
O ponto de partida da ética de Aristóteles é que o objetivo de todo ser humano é a felicidade e, para alcançá-la, é necessário estudar a natureza humana.
SOL FORTE.
A chuva anda escassa
por aqui Deus nos acuda
a partida vai em massa
nada mais que nos iluda
de tão forte o sol assa
e cada ano que se passa
é sinal que nada muda.
