Eu sou tudo e nada
Tenho uma mão cheia de nada.
Mas está cheia! E tenho esta mão.
Não me enriquece nem é apelativa, mas eu não a escondo nem dela me envergonho, esta mão cheia de nada passa despercebida, ou melhor dizendo, vira-se o olhar pois incomoda; incomoda e aterroriza simultaneamente, é que a pobreza de espirito de quem finge que não vê é imensuravelmente maior do que a pobreza de uma mão cheia de nada.
Com esta mão eu não perdi o direito de apontar embora seja ignorada se o fizer e caso o faça, será com a minha estima pessoal totalmente destruída, ai que força que é precisa para nos levantarmos!
Com esta mão que convém ser desmembrada, pego na caneta e reescrevo a historia...ou talvez não; no entanto vejo nela a minha força, e enquanto a mão se destaca por estar vazia, eu estou ligada a ela e dentro de mim, em mim, há mais do que esta mão que mostro e também esta mão que mostro, não tenho receio;
Se um dia por qualquer motivo me apertar a mão aquele que antes passou por mim e fingiu não me ver, eu sou rica em conhecimento e sei com quem lido, até posso brincar um pouco ou até muito, se a ética não fizesse parte de mim e por isso reflito e talvez já com mais astucia e até maldade...ai o que eu podia fazer! Pondero.
Se um dia me apertar a mão aquele que me ignorou e nem me reconhece porque a minha mão já julga poder servir-lhe, eu acedo, mas estou longe, ausente, tal como quando passou por mim esse alguém e me virou as costas;
A sua intenção? Sim, sei qual é. Assim a minha sensação é a de estar à frente de um pateta; pelo contrário, esse alguém jamais me conhecerá e não irá tirar de mim o que procura.
Experiência de Vida.
E já agora, pelos mesmos motivos, caso a minha mão não estivesse efetivamente vazia, a minha reação era exatamente a mesma.
Libidinosas noites tive...
Ingênuo tal qual escorpião...
No abraço do meu inimigo encontrei...
Mais afeto que a um irmão
E andei por todo um mundo...
E pelo menos pensei...
As imagens que as vi...
Por tantas encontrei ou tantas outras que perdi...
Não sei se ainda estou...
No que fiquei a sonhar...
Em névoas que adormeci...
Será que despertei alguma verdade ou com mentiras me cobri?
Ando já sem descansar...
Na vida sem dormir...
Anseio que rasga o meu peito do que já vivi...
Daquilo que eu quero...
De tudo que já não sinto...
De tudo que já senti...
Tudo quanto eu pedira...
Tudo quanto ambicionara...
Tudo quanto pouco ou muito eu amara..
Com que ergue-se o destino...
Entre o tudo e o nada...
Da sorte desejada...
Ou da que está por vir...
Tanto andei...
Em estradas que julguei sem fim...
Lugares deserdados...
Sempre sonhando, tendo fé...
Pouco desisti...
Nada sei...
Nada valho...
Entre tantos embaraços...
Será que muito ou nada faço?
De tanto que me arrependi...
E que faria ou não novamente...
Tudo amo...
Pouco compreendo...
Assim como tu...
Apenas sigo...
Um pouco...
Aprendendo...
Sandro Paschoal Nogueira
O amor tudo pode curar e tudo pode adoecer
Tudo pode preenher e tudo pode esvaziar
Tudo pode colorir e descolorir
O amor tudo pode
E eu tudo sofro.
“Tudo, tudo na terra se resume ao nada, quando o coração é consumido pelo delírio do pecado, a matéria do prazer que gera a morte.”
Giovane Silva Santos
VIDRAÇA
Tivemos que ceder
O banco da praça
Para o cortejo dos pombos
Resta-nos agora
Olhar o céu na vidraça.
Enquanto tudo acontece
Lá do outro lado
Daqui de dentro o muro
Não é de tijolo ou cimento
É de arame farpado.
Tivemos a faca e o queijo
O braço e o abraço
Tivemos tudo nas mãos
Mas ainda temos o chão
Para morrer de cansaço.
Mas não podemos nos entregar
Ao sótão dessa casa abandonada
Devemos continuar lutando
Contra a fúria de gafanhotos
Ainda podemos ser tudo
Antes de sermos nada.
O branco é feito por todas as cores misturadas, alguns podem dizer que o branco é o nada, mas e se na verdade a morte for o branco, e se na verdade o nada é o tudo quando você morre (todas as coisas).
As coisas, pessoas, cores, futuro, passado e presente.
Se não tem coragem de ir adiante... Então, não brinque com o fogo.A ousadia tem um preço, ou é tudo, ou nada!
" Infelizmente NADA é para todos e TUDO é para os gratos;
O seu TUDO pode não ser NADA para os ingratos e o seu NADA pode ser TUDO para os gratos. "
Qual o sentido de tudo se tudo finda para o nada?
O sentido então está em não olhar para o fim?
Ou o fim é dá um sentido para o olhar?
"Do nada, TUDO se cria.
O infinito reside no vazio, no vácuo entre o tudo de antes e o tudo do depois. No NADA, reside a PAZ."
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