Eu sou tudo e nada
Não aprendemos nada com as palavras de grandes mestres. Ainda somos surdos para tudo que ainda possam dizer caso aqui ainda estejam, repetindo suas convicções utópicas, como nós próprios o fazemos, mas sem contudo conhecer o conteúdo e o contexto. Nos deixaram paginas amareladas, é certo, mas como somos cegos, de nada servem. Tampouco temos tato, ainda que em braile tais palavas nossas mãos pusessem alcançar. Só nos resta mesmo a fala, mas falar de nada adianta pois não temos consciência nem audiência. Falamos para que nossa saliva seque, para que não escorra pelos cantos das nossas bocas. Somos loucos... sim, loucos de babar.
Queria emudecer. E assim, feita de silêncio, daquele silêncio que diz tudo... falar! Nada de tristeza ou de lamento, de partes, de cacos ou de coisas que deveriam ter sido e não foram. Apenas muda. Cheia de contentamento... de aceite. De aceite a vida! Em paz, sem dramas, sem expectativas. Apenas recebendo o que tiver de vir, com o silêncio que vida sabe ler e só o silêncio sabe dizer!
Se todos nós fossemos idênticos em tudo que fazemos, não haveria nada do que pudéssemos nos orgulhar.
Sempre tem-se um pouco de tudo em um resto de nada e por mais deserto que pareça, floresce a mais rara de todas as flores, num tanto de tão pouco percebe-se só de olhar, que já se faz bela.
Que tal deixarmos de buscar a perfeição em tudo, porque nada nesse mundo é perfeito, e vamos viver o que é real, o que é possível, o que temos, o que somos, o que podemos ser, o que podemos ter. Vamos parar com essa mania de querer prever o futuro, e sofrer de ansiedade, vamos parar de ficar revivendo o passado, e de ter autopiedade. Que tal sentir os pés no chão, e viver o presente dia que Deus lhe presenteou, pois é mesmo, este dia, é um presente de deus na sua vida, então desdeja agradeça, viva intençamente, mas com responsabilidade, exista, não se prenda ao passado, ou, espere para viver amanhã porque amanhã pode nem chegar.
Esmo? Tudo? Nada?
E de repente tudo muda.
Sinto-me retirada de mim mesma.
Não sei se a culpa é minha.
É de alguém! Sempre tem alguém, eu ou não.
Sei que estou no caminho, preciso apenas definir qual.
Nossos sonhos às vezes nos levam a lugares desconhecidos,
que nem mesmo aos próprios sonhos pertenciam,
Viver sem ter vergonha, viver, viver e viver...
A esmo, a tudo, a nada.
Escrevo muito e não escrevo nada. Sonho com o dia em que minha alma venha me autorizar a dizer tudo aquilo que ela grita ensurdecidamente para mim. Enquanto isso, vou vagando e encontrando nas palavras alheias aquilo que eu mesma gostaria de expressar. Descubro, então, que as palavras alheias não cumprem essa designação, descubro que entre o parecer e o ser há uma imensurável fissura, um lugar onde muitos de nós estamos e que muitos não sairão nunca. Os únicos que chegam perto dessa saída são os que se expressam, que tocam almas apenas com palavras... são aqueles poetas imortais, que usam as palavras enodadas em um só nexo, um só sentido, o seu próprio. Daí, resta àqueles mortais e incompletos lerem, serem tocados e transmitirem às tontas aquilo que nossos mestres das palavras escreveram. Sim, estou falando de nós mortais que vivemos no buraco...meros, banais, tolos.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp