Eu Sinto poema
Nesta busca intensa
por você mesmo
sem ter a certeza
desta sua sidérea
existência que sinto
que vou encontrar.
Na tua alma sem
saber onde está
por antecipação
peço o meu refúgio,
nela tenho o meu
apogeu e o perigeu.
Trago o descanso
absoluto que no teu
coração fixarei
a residência segura
neste teu corpo
de metal viciante:
Por ele que prevejo
me deixar em transe,
hei de ser a eterna
e intrépida viajante
muito além desta
Superlua de Neve.
A eternidade se torna desdita
E completamente 'frondosa'
Porque longe da tua paz
Sinto-me desventurosa.
Porque te busco em letras
Uma por uma perfumada
Sonho um dia ser por ti amada.
Eu já tinha a ciência
Que jamais de ti escaparia
Disseram-me que eu enlouqueceria
Pelo teu olhar fatal que desafia.
Busquei ganhar os teus olhos
Bem sabes, que o teu corpo também
Não mintas para mim, eu vejo o além.
Conheço a tua intenção penetrante
Tentes ser comigo vacilante
Não encontrarás nada tão vibrante
E que chegue perto do meu seio amante.
A distância não diminui
você aqui dentro,
Sinto o teu aroma
trazido pelo vento,
Tens as essências de todas
as mil flores,
Nunca vi maior grandiloquência
Dentre todos os amores:
Você que me possui com amor,
Malícia e com intensidades
multicores.
Fico o dia todo
procurando uma canção,
Que me faça te cantar,
E cantando te traga
Na emergência que o amor
compreende.
Trago-te para a primavera
amorosa
Que nos pertence,
E que nunca há
de nos faltar.
Adorando-nos
tremendamente,
Os nossos sabores
nos repletam,
Somos tão
cúmplices,
De provocar capricho
nos amores
Mais ciganos.
Carregamos a alma
De todas as revoluções,
E somos as asas
da liberdade
Batendo pelos campos
floridos,
Tudo isso porque
nos amamos,
Nos desejamos,
E juntos destruímos
os grilhões,
Rumo ao que dizem
que é impossível,
Nada chegou até
hoje mais perto,
E muito menos próximo
do que é incrível:
Carregamos conosco
a segura certeza
De que o amor é imperecível.
Quem ama nunca se deixa,
Ganha outros mares,
Conhece outros países,
Vive com o coração
sem queixa,
Quem ama sempre aparece,
Vive com o coração
em regresso,
Ganha o céu,
Traz consigo as estrelas,
Faz de tudo para que até
o pequeno gesto
Se eternize.
Cessa até a mais temerosa
Das guerras,
Faz gloriosamente
Com que a alma se torne humana,
E triunfalmente se pacifique.
Sinto você
que passa
Tua porção
que fica
Te amar é
uma delícia
Só de pensar
em você
Eu me viro
e desviro
Nessa poesia
devassa
Suspiro
e me inspiro.
Trago de ti
o melhor
Só aquilo que
me amacia
Vou além do que
te atiça
O amor que nos
perpassa
Tenho a certeza
que fica.
O pensamento
silencia
Para embalar
a delícia
De estar absorvida
E sorvida por
pura poesia
Pelas linhas
dessas súplicas
Não resistindo
a doce malícia
De sentenciar
o quê melhor
Suplicia de não
ter me encaixada
Nos teus verbos
e corporificada
Ao teu gosto,
maneira e mania.
Faço-me subversiva
Para provar
das tuas astúcias
E me inebriar
nos teus intentos
Rompendo as barreiras
das sensações
Para que eu não saia
dos teus pensamentos.
E dominando o teu
corpo indomável
Somos guerreiros
desarmados
Tomarei este
coração amável
Poetas do fim do mundo
De maneira misteriosa
e indizível
Brindando sempre
e a cada segundo
O amor que chegou
de vez imbatível
Fazendo dos nossos
corações bichos domados.
O nosso cheiro de amor,
Eu sinto você, e me alucino.
Tenho fé no destino;
Te escolhi para ser o meu abrigo,
Ah, esse teu jeito tentador!
Jura que não estou enganada,
Quero ser a tua amada,
Estou aqui apaixonada - contando
Ser por ti bem desejada...
Ah, estou por ti encantada!
Pode ter certeza que não
Olharei para o lado escolhi
Para te ter ao meu lado,
Quero você para ser o meu namorado.
Ah, tu és o meu bem amado!
Não sei se eu deveria te enviar
- um verso -
Não sei se devo fazê-lo convencido,
Mas não consigo ser diferente:
- você tem mexido comigo...
Não tenho resistido,
Pois sou a fera pedindo
carinho e colinho.
Reservo os meus beijos primaveris
A tua alma poética é como um farol
Sinto daqui os teus toques mais sutis
És cintilante mesmo em dia sem Sol
Ninguém sabe da alegria que guardo
Tenho para você o beijo mais ousado
Um verso erótico para ser sussurrado
Tenho você no meu coração resguardado
Embalo as cadências sem ciências
Estão escritas as cantatas ao luar
Estou tomada por doces indecências
A primavera do amor chegou para ficar
As mais belas flores nos brindando
Os insinuantes odores estão perfumando
As nossas almas estão desabrochando
Os nossos corações estão se amando...
Quando falo com você
Sinto algo muito gostoso
Quando escuto você
Sempre é maravilhoso
O Universo é misterioso
Levada pelas asas do amor
Não nego que estou enamorada
O nosso voo é asa com asa
É um salto de coração aberto
Estamos entregues ao Universo
O Universo retransmite
Sempre quando o amor existe
As nossas doces afinidades
Só confirmam suavidades
Somos um cadinho de amor
E um tantinho de eternidade
Não sei quem é fogo
Não sei quem é palha
Somos uma ternura doce
Iguais a palha na fogueira
A chama existe e nos clareia
O amor existe, e nos incendeia.
É um elogio ao inverno
Encontrei o meu dono
Tenho o seu coração
Não sinto mais frio
Você me tem na sua mão
Faça o quê quiser comigo
Sou tua brisa perfumada
- e encantada...
É um elogio ao inverno
Encontrei o meu dono
Tenho o seu coração
Não corro mais perigo
Encontrei o meu abrigo
Tenho o seu coração
Morando nele
- estou protegida...
É um elogio ao inverno
Encontrei o meu dono
Tenho o seu coração
Ele nos aproxima
Sempre me manterei pequena
Para ser grande nos teus braços
A minh'alma nos serena
- nos determina ...
É um elogio ao inverno
Encontrei o meu dono
Tenho o seu coração
Eternamente enamorado
Ele nos encaixa,
e nos intensifica
Vou te provocando
com os meu versos de menina
Para sermos imensos
nos sentidos e delírios...
É um elogio ao inverno
Encontrei o meu dono
Tenho o seu coração
Guardo-o sob minha proteção
Perdoe-me por às vezes ser grande
E também por também muito insegura,
É o jeito que encontrei
de ser tua, e toda doçura...
É um elogio ao inverno
Encontrei o meu dono
Tenho o seu coração
Sob a guarda da paixão
Não sinto mais frio
Só sinto os carinhos
dos teus arrepios
Tenho a sua pulsação
- sou a dona do teu coração...
É um elogio ao inverno
Encontrei o meu dono
Tenho o seu coração, sou pura devoção
Vou te provocando silenciosamente com poesias
Sei com certeza que você sempre volta
Você pode me deixar falando sozinha
Mas nunca na condição de nunca
estar te amando sozinha.
Na brisa que sopra, te sinto
Numa risada sem nexo, lhe ouço
Sorriso que me ilumina,
Trago em mim a saudade
Que só aumentou o amor
Nesse meu coração
Que é teu, e sempre será
Lua
Lua, faz dias que não te vejo.
Dias nos quais me encontro sem o teu brilho.
Sinto falta da tua companhia,
falta dos momentos nas noites mais densas
e frias.
Minha lua,
minha querida Lua...
Você se escondeu entre as nuvens
e me deixou.
Me deixou vagando pela noite,
procurando conforto
no frio
e nas memórias
que um dia já me aqueceram.
C.
Entre a Culpa e o Perdão
Caí…
O peso que sinto é insuportável.
A sombra que plantei sem perceber
voltou — fria e silenciosa —
como quem cobra o preço do erro.
Matei meus sonhos,
feri quem me amava,
e me perdi de mim.
A culpa virou meu pesadelo,
um eco no escuro da alma,
e me abraçou… como a morte.
Gritei…
mas só o silêncio respondia.
Chorei até o choro secar…
e ainda assim, doía.
Achei que Deus não me ouviria mais,
que o céu havia fechado pra mim.
Mas foi no chão…
entre a culpa e a morte…
que eu escolhi recomeçar.
Quando todos disseram “não”,
O Pai disse “vem.”
Ele não me cobrou explicações,
não perguntou o que fiz, nem onde estive.
Apenas me olhou —
e o olhar d’Ele…
me trouxe de volta à vida.
Dúvida
Tu deixas-me em dúvida
Será que eu te deixei viúva?
Eu ainda sinto o meu corpo dançar na chuva
Não posso te ter deixado viúva em noite de núpcias
Tu deixas-me em dúvida
Será que eu te deixei viúva?
Ou será esse cenário que te assenta que nem uma luva?
Eu preciso saber agora mais que nunca!
Tu deixa-me em duvida
Será que eu te deixei viúva?
Mesmo que fosses a última
Nunca te deixaria nas ruas da amargura
Tu deixas-me em duvida
Será que fui eu que te deixei viúva?
Continuo firme na luta
Para tentar entender qual é a tua
O que sinto é tanta saudade...
Não de paixões, nem de amores
De amigos que fiz
de risadas que dei
de orgulhos que tive...
eu era eu, sem versão
sem nova versão
eu, essencialmente
verdadeiramente, pois sonhava
vivia com que tinha
e me satisfazia...
buscava por hoje, sem saber
que o que eu mais ansiava, eu estava vivendo
era bom, era doce, era suave
Ainda bem que vivi, e não fui longe para isso
Era logo ali, simples, mas o bastante para ser inesquecível
Hoje aqui, eu olho para traz, hoje aqui, eu não sonho mais
Sem tristeza, sem arrependimento, talvez alguns
Mas se um poder tivesse, voltaria para viver mais
O que vivi uma vez, por mais uma vez...
Viver por viver....
Ser feliz, por simplesmente ser...!
by Fabio Teodosio
Laços e embaraços
Te amar me dói.
Sentir o que sinto me dói.
Não queria eu ter te amado,
ou até mesmo te desejado.
Mas seria eu ridícula ao ponto
de dizer que te amo ainda mais?
Ficaria eu, entre pensamentos,
procurando um jeito
de jamais sentir o que você me fez sentir.
Apesar da ilusão, entre laços e embaraços,
seria eu um tropeço entre linhas finas e curtas?
De estação em estação, eu te esperaria —
só não saberia se seria olhada
como eu te olharia:
com paixão,
ou apenas ilusão,
entre laços e embaraços.
Tu, que me fez amar-te ainda mais…
Não serias tu o culpado disso —
seria eu o meu próprio embaraço.
Eco de um Adeus sem
Retorno
Ainda sinto, mesmo após o passar do tempo, a sensação de que as minhas demonstrações
não foram o suficiente, o sentimento persiste...
Será que você também percebe isso? Você
descartou tudo, quase abdiquei da minha
própria existência por você, porém naquele
instante você revelou a supremacia do seu
ego, o quanto colocava a si mesma em
posição de destaque em detrimento do nosso amor... E então... Então você concluiu o seu desmantelamento do nosso amor...
Partiu, justo quando eu mais precisava de você, atribuiu-me a culpa... Fez questão de me fazer sentir culpado, de me fazer questionar... Eu sei que não sou a vítima, todavia, sou a vítima!
Se a situação fosse inversa, jamais te
abandonaria! A dúvida persistia em minha
mente: Será que aguentarei você? Conseguirei suportar a convivência com a sua personalidade? Mas... O meu amor por você era tão forte que não conseguia alimentar tais incertezas. Hoje, você se tornou a imagem refletida no espelho embaçado pelo vapor da água quente, gradativamente obscurecendo até que não houvesse mais nenhum reflexo
visível, e essa ausência machuca profundamente, a ausência do que poderia ter sido, a distância, o fim daquilo que ainda
pulsa em meu peito...
Agora, vou saborear o meu cigarro, melancólico, na varanda, como se estivesse em um filme. Talvez a assertiva dita um dia faça sentido: jamais deixarei de amar você...
E o mais triste é que você trancou todas as portas.
Adeus.
Ó meu ex-amor, o eco doce de um adeus.
Ainda sinto o frio em certas manhãs vazias,
Um véu de fumaça que paira entre os meus
Pensamentos, tecendo as velhas melancolias.
Tu foste a forja cruel que me moldou, é certo.
Em cada cicatriz, levo um pouco do que fui.
Transformaste-me em alguém que hoje me é incerto,
Um novo ser nascido da dor que me construiu.
Agradeço, sim, a pessoa que agora sou,
Mais forte, mais ciente, mas também mais calada.
Em cada passo novo, a ausência que restou,
Uma canção de ninar que a alma tem guardada.
Obrigado por ter me transformado, mas a que custo?
Nesta jornada fria, onde o brilho se apagou.
Sou a estrela que renasceu, porém, com certo susto,
Pois a chama que tu foste jamais me abandonou.
Eu sou o paradoxo do teu partir e do meu vir,
Uma obra de arte triste, pintada em tons pastéis.
Eu sou agora o silêncio que aprendi a seguir,
Um jardim de lembranças sob chuvas e sob céus.
Não Vejo-Me Aqui
Ao emanar a fumaça do cigarro, sinto que estou me livrando da angústia que há em mim.
A melancolia me corrói,
é angustiante, me destrói.
Não vejo-me aqui,
Desejo desistir.
Um sentimento indescritível,
Uma dor interna horrível.
Tenho um corpo funcional e limitado.
Dor, angústia, agonia, tormento.
Penso: é uma condição mental?
Um acontecimento anormal?
Sinto-me desconfortável constantemente.
É… essa é a vida que eu levo e sou consciente.
Meu corpo é uma anomalia.
Nada faz sentido, nada.
Só sei que fumar, me automedicar, me alivia.
— Lorenzo Almeida (24.10.24).
Anestesia
Ao sentir o sabor, as partículas, o vinho como um todo, sinto-me relaxado, sensação de anestesia e rebeldia.
Dez horas da manhã e já sinto-me levemente alterado. É, sensação de anestesia.
Cigaretto;
Vinho;
Sedativo;
Música.
O ‘quarteto fantástico’ que asfixia minha disforia, minha angústia e minha melancolia.
Ao colocar uma dessas coisas para dentro, todos os problemas se vão.
— Lorenzo Almeida. (25.10.24).
AMOR IMPLACÁVEL...
Não tenho mais palavras para descrever o quanto sinto a sua falta, o quanto te quero, o tanto que penso em você a cada segundo, cada momento, o quanto anseio pelo seu abraço, seus beijos, seu carinho, o afago das suas mãos e do seu amor...
Também não tenho palavras para descrever o tamanho da frustração que sinto por não reunir em mim todas as condições favoráveis para ser o homem que precisa e merece, por não estar presente na sua vida e participar de todas as delícias que você representa...
Cada dia, cada tarde, cada noite, penso na possibilidade de um reencontro das nossas almas e na esperança de ter você em meus braços novamente...
Não ter você depois de tanto tempo só faz crescerem o meu sofrimento e a minha saudade...
Se o destino é só isso, sofrer por amar alguém ausente, eu estou convencido que desconheço as cores, o sabor e a face do amor verdadeiro...
Ao meu amor inesquecível e implacável...
Sinto que falta uma peça, a vida tem dessas
Leva o amor da gente de repente
Aproveite o melhor do que vem, mas se lembre bem
Que nada disso é permanente
