Estranhos
Os estranhos são os que levam a diferença e cor a um lugar
Sem medo do que o outro vai dizer ou como vão olhar, pois já se acostumaram com os julgamentos supérfluos.
“Tempos estranhos ... onde a fome, o ódio, e a violência imperam. Época em que pais e mães matam seus filhos e vice-e-versa. Onde a inversão de valores prevalece, os falsos profetas espraiam-se pelos quatro quadrantes do planeta e a humanidade, pouco a pouco, perde sua essência em detrimento da crescente barbárie humana.”
gosto daqueles amores estranhos, daqueles em que você conhece a pessoa por frases poéticas, num blog qualquer do Tumblr...
gosto é daqueles amores estranhos, em que você gosta da fic de alguém no wattpad e chama pra conversar...
gosto dos amores estranhos que surgem em um comentário de facebook, e você pensa “poxa, me sinto tão leve quando converso com você. estranho”
gosto daqueles amores estranhos que você encontra de vez em quando no ônibus e não para de observar a viagem inteira, mas nunca toma a iniciativa de falar...
gosto de amores que se tornam amores por coisas simples, não por coisas banais.
gosto é desses amores estranhos, que se tornam amores por coisas que não imaginei serem comuns.
gosto dos amores estranhos, que se tornam amores por serem apenas amores.
a verdade, é que amores estranhos não são
tão estranhos, só são amores.
compartilhados de diferentes
formas e maneiras estranhas.
É estranho olhar para algumas pessoas e desconhece-las,
pior ainda é identifica-las como uma grande e terrível fraude...
E ainda pior é olha-las e acreditar que um dia as conheceu, e hj não passam de meros estranhos.
Amigos passam a ser colegas, colegas passam a ser estranhos, estranhos passam a ser amigos, e a vida continua.
21 de setembro
Foi um momento de abstração, apenas.
Ele, tão indiferente, cumpriu seu papel de pura simpatia como sempre, cortês, misterioso, apático a qualquer sentimento de culpa ou desconforto pelo seu comportamento das últimas semanas.
Literalmente eu me senti em outro cosmo, vesti minha capa de supermulher e entrei no jogo, sim eu estava sorrindo, mas não me sentia feliz.
Introvertida de sentimentos, me fechei dentro de mim como ninguém jamais faria, entorpecida de autocontrole, como um ex-alcoólatra, convicta de que aquele não passava de mais um dia, ou melhor de alguma horas, a sensação era que ninguém além de mim mesma se importava com aquela situação, ou melhor, com os meus sentimentos.
Pergunto pra mim mesma o porquê você agiu assim? Tão amigo, tão gélido, tão ninguém? Confesso que, após sua saída, o evento ficou muito melhor, porém menos interessante, não tive minhas respostas e mais uma vez tiro as minhas próprias conclusões de um tema que provavelmente só eu estive interessada.
Estive pensando em me afastar, aliás me afastar de quem? Impossível se distanciar de quem sempre esteve longe. Brincando de contatos no Facebook, de próximos no WhatsApp, quando na verdade não passamos de dois estranhos, basta um virgula mal interpretada e já não se sabe mais quem é quem. Triste.
Paz e bem.
A insegurança me fascina. Faz que eu me recrie mais interessante e perspicaz a cada novo movimento. A vida é isto uma torpe caminhada ao som monotônico das incertezas e do dançar livre aos desencontros.
Sibilam gritos,
em rumores estranhos,
de seres malditos,
monstros tamanhos !
Sibilam dores
nos corações,
já sem ardores,
nem emoções !
Sibilam vozes,
feios sons e miragens,
são atrozes
em cruéis passagens...
Sibilam os astros
no céu, parados,
provocando ritmos
dos corações em brados
Nós fomos de estranhos para amigos, de amigos para apaixonados e de apaixonados para estranhos novamente...mas dessa vez com memórias.
Os caminhos que escolhemos para, de alguma forma, sermos felizes não é uma conquista isolada onde sou responsável por absolutamente tudo. Desenvolver o sentido de compartilhar define, em muito, nossa forma de pensar e agir, e isso nos leva a descobertas sobre o inestimável valor dos afetos e da amizade para com todos à nossa volta, mesmo que não sejam do nosso convívio, pois, às vezes, o óbvio causa irreparáveis decepções. É importante termos convicção sobre que tipo de cumplicidade queremos repartir com as pessoas, de que maneira queremos compreender e ser compreendidos diante dos constantes desafios das diferentes situações que a vida nos mostra, seja na satisfação das alegrias ou nos pesares dos sofrimentos. Jamais devemos nos prender às definições do que nos cobram injustamente ou nos impõem sem merecimento, é preciso cristalizar na mente que felicidade não é uma forma fechada de verdades que não mudam e que tem de ser igual para todos. Sempre existirão desapercebidos gestos que podem transformar nossas certezas e nos mostrar que alguns erros podem ser corrigidos, outros reparados, e outros tantos evitados, mas para tanto é preciso se despir de todos os sentimentos e atitudes que causam mal a mim e aos outros, do contrário nunca poderei experimentar os benefícios da paz. Estar perto não é tarefa que se limita aos de dentro, àqueles cujos laços não são uma escolha, pois fraternidade, proteção, amizade, caridade e toda sorte de zelo e amor podem nascer do desconhecido e se fortalecer nas necessidades mais simples, e muitas vezes essa ligação ultrapassa a linha que separa a grandeza de espírito do sangue. Receber empatia não nos obriga a devolvê-la a quem nos oferece, contudo nos eleva ao universo das solidariedades e compadecimentos, e assim vamos multiplicando o que nos foi doado e filtrando com cuidado o que nos negaram, para evitar mágoas e arrependimentos. Nos conscientizarmos que os amparos podem vir por diversos caminhos nos dá a tranquilidade para compreender as pessoas e suas razões, sejam quais forem, assim como preferir fora da lógica nos permite escolher quem entra e quem sai. Então é muito bom observar honestidade, parceria, desprendimento, finalidade e os esforços para alimentar o bom viver e estreitar os laços que unem as boas intenções, se assim agirmos evitaremos sentimentos ruins e não seremos indiferentes a quem padece, pois ser uma pessoa boa não necessita da língua, e sim do coração.
John Pablo de La Mancha
Entender por que não somos felizesseria o mesmo que trilhar
o caminho pro entendimento de nossas estranhezas pessoais.
E por não querer nos conhecer,
eis a causa de toda a nossa infelicidade.
Não há como alguém nos conhecer profundamente
pelo simples fato de muitas vezes
sermos estranhos a nós mesmos.
Com todo o caos que há no mundo, agora é o momento ideal para a humanidade abrir suas portas para estranhos de terras estrangeiras.
Todos somos estranhos para alguém em algum momento, mas também esquecemos que raramente escolhemos quem acabará se tornando um estranho.
