Estrada
Pelo Amor Que Perdi
Pela flor que nasce,
Eu sinto um desejo...
Do perfume transbordante
Que exala o mundo afora,
Eu sinto amor.
Pelo tempo que partiste,
Sem nada dizer.
Pela estrada longa que tu andaste,
Deixaste marcado os teus passos
Para os teus rastros eu percorrer.
Pelo amor que perdi,
Procuro sem encontrar.
Deixaste tuas marcas na estrada,
Mas esqueceste do mar.
Quando todas as luzes de fora se apagarem, lembre-se que a maior de todas elas está dentro de você e que é dela que vem a chama que clareia os teus caminhos.
Nunca fez sentido você correr por alguém que mal se move por você. Pessoas com kilometros percorridos não combina com quem mal tem um caminho idealizado. Ande só que seja, mas não fique pensando que o mínimo é o melhor que você merece.
DIFRAÇÃO
Esse costume de ir deixando
Parte de quem somos
Um pouco aqui
E um pouco ali
Á cada lugares que pisamos
E ao final das contas
Permanecemos inteiros
Mas fragmentados pela estrada
Onde cada frase dita 
Pode ser parte da minha difração
Às vezes, a vida muda as placas do caminho não para que nos percamos, mas para possibilitar novos encontros.
Tristeza de criança
Criança, eu queria estar contigo nas ruas da sua infância.
Correr os campos e jardins com flores.
E dar-te os olores
que a vida te negou.
Queria trocar nossos sapatos, 
talvez gostasse mais dos meus.
As minhas roupas (das sobras também), te daria.
Mentiria... Por um sorriso de quem ganha um novo presente...
E você nunca saberia que eu houvera trocado meu riso 
pelo teus tristes olhos, contentes!
Aonde começa e termina você
No fim que te encerra e faz crer que os caminhos possíveis são os caminhos limitados que lhe foram dados já ao nascer ou no limite que o outro em relação te impõe como possibilidade para que você protagonize a sua própria vivência?
No cenário da vida são vitais a escolha do caminho e passos seguros. Passos esses que não resolvem quando a estrada é de atoleiro.
Sou todos os ventos. Em alguns dias, brisa, outros, tempestade, hoje, por exemplo, amanheci calmaria. E com tudo de bom que esse calmo dia me traz, não me envergonho dos outros dias. Aqueles em que fui brisa, levada pelo vento, tropeçando nas pedras, tão absorta na paisagem que as vezes saia sem muito perceber da linha delicada da boa estrada, perdendo-me distraidamente na caminhada. Vivi também incontáveis dias de tempestade, as quais, uma certa dor que sinto, tenta bloqueá-los da minha memória, porém em vão tornou-se esquecê-los, talvez até desnecessário. Preciso também dessas lembranças, desses dias, eles fazem-me valorizar a calmaria. Tenho tanta força vinda desses incontáveis dias, todos os ventos que fui, o que sou e o que não sei o que serei amanhã. E não envergonho das mudanças e absorvendo como terra em tempos de seca todos os aprendizados que ganho. Não se envergonhe dos seus ventos, dos seus dias, porque todo o mundo já foi um dia, brisa, tempestade ou calmaria.
Quando aquela deusa sinuosa, chamava-nos novamente. Não pensávamos duas vezes para segui-la... Para seguir em frente. Éramos lobos indomáveis, livres; e a estrada era simplesmente a vida.
#QUASE #UMA #PRECE
Para alguns falta o pão na mesa...
Para outros, a alegria de viver...
Alguns são ricos e abastados...
Outros tantos nada fazem por merecer...
Não há mentiras...
Não há mistérios...
No escondido...
Aonde nascem as preces...
Nossas vidas precisam recomeçar enquanto há tempo...
Enquanto ainda existir horizonte...
Sempre sonhando...
Adiante...
Mas se você não acredita nisso...
Lamento...
Assim eu creio...
Posso e quero...
Mude seu destino e tenha fé...
Se cair...
Ponha-se de pé...
Veja no amor a chance da luz aflorar...
Em tudo...
Que está no ar...
Onde os minutos fazem toda a diferença...
Possa Deus, meus pensamentos, silenciar...
Encher-me de paz...
Preparando minha jornada...
Colorindo...
Com muitas flores...
Minha estrada...
Sandro Paschoal Nogueira
Quando chegaste ainda não éramos. Foi preciso começarmos a ser para existirmos. E devagar, bem devagarinho seguimos pela estrada. Estradas diferentes. As existências fazem-se por estradas que fazemos, de alcatrão sujo e brita pontiaguda. Pés exangues, por vezes. De fadiga e esperança, de alma cabisbaixa e bonança, a estrada vai-se ladeando. Colhemos e desapegamos. Avançamos e deixamos para trás. Paramos e andamos, mas parados andamos. E chegamos, um dia. Assim, sem esperar, como se houvesse um terceiro dia. Ainda não éramos e, no entanto, poderíamos então sê-lo. Juntos. Fizemos estradas de iluminação até à madrugada.
E somos. Já somos uma nova estrada de duas vias, indo na mesma direção.
De mão dada, somos a estrada.
Ainda resta
Por Isla Costa.
E tudo estando perdido
Restam os sonhos
Restam utopias
Em tudo perdido
Ainda há sonhos
Há alegrias.
E quando tudo estiver perdido
Há resquícios de esperança
Há alegria na dor
Em tudo perdido
Há uma renovação no hoje
Há  um amanhã na cor. 
Só se morrem sonhos
Só se morrem esperanças
Quando não há mais dor
Quando o fôlego morre
Quando a alma falece
Quando o espírito desvanece.
Em vida
Nada está perdido
Nada se acaba
Há esperança renascida
Há vigor na ferida
Há renascer na estrada.
ROSTO DE FLOR
Eu amo essa flor
De rosto corado
E na boca o sorriso
Nos caminhos da escola
A caminho da roça
voltando à palhoça
De tranças compridas...
Vestidos surrados
Comprados na venda
Do senhor português.
E tudo era bom,
Era tudo tão belo.
O sol amarelo
A terra marrom
Dava pra se ver...
Quando a lua dormia
E quando amanhecia.
E o tempo correu
E trouxeram outras flores
E outros desenhos de diferentes cores
E o rosto corado, porém desbotou-se
De tristeza encharcados
Pelos sois que banhou-se
Eu amo essa flor
Que traz nos vestidos
e não mais em seu rosto
Tem sabor do passado
da terra marrom
No sol amarelado
Eu amo a esperança
Que ela traz no rosto
tem um "Q" de dor
E desenhos sem cor
Outrora, corado
Depois desbotou-se
DE lágrimas, encharcados
Pelos sóis que banhou-se.
Rebelde e revoltado, ele não se contentava com o conformismo. Mas sim com aquela deusa sinuosa a sua frente... A estrada. Abandonou tudo que nunca foi dele e se mandou por esse mundo a fora.
Que a gente faça sonhos endossados por Deus, porque é Ele que sempre está no comando das nossas vidas, determinando o percurso da estrada que temos que percorrer. Que o nosso livre-arbítrio ande de acordo com os desígnios e ensinamentos d’Ele.
O tempo é supempo
O tempo é homem
O tempo é mulher
O tempo morre 
Quando quiser
O tempo vive
O tempo revive
Como quer
O tempo é “flórida”
O tempo é capital
O tempo é tempo
De nada afinal
O tempo é estrada
Toda calçada
De tempo surreal
O tempo é voraz
O tempo é hostil
O tempo é doce
O tempo é viril
O tempo não fala
O tempo se cala
O tempo é sutil
O tempo quer tempo
Do tempo da lua
O tempo é vida
O tempo extenua
Foi tempo destempo
Não é passatempo
É tempo supempo
Que o amor perpetua
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