Espinha
O que falar?
Fica dificil falar quando o sentimento te sobe a boca... As mãos suam, a espinha esfria... Dificil falar de algo que supera seu entendimento.
Mas e se a agonia de falar for imensa? Não fale... Falar magoa. A voz que sai da boca não tem volta. Não tem corretor e nem borracha para a voz. Ela marca. Marcas que podem ser irreversíveis...
Mas o que fazer pra não falar? Pense...
Mas como pensar se seu cérebro não funciona mais racionalmente? Como pensar se seus sonhos e loucuras se misturam? Como pensar se falta metade do seu raciocínio?
Melhor fugir?
Mas como fugir de algo que te encanta? Como fugir daquilo que é seu sonho mais profundo? Como fugir de si mesmo?
Então é melhor não falar, não pensar e não fugir... Deixe ser... Sinta!!! Sinta o máximo que puder... Sinta como se nunca mais fosse sentir novamente. Pois a hora de fechar os olhos não pertence a nós...
- O espinho que incomoda
A espinha que comoda
O espinho que grita
A espinha que geme
O espinho que inflama
A espinha que flama
O espinho que doe
A espinha que move
O espinho que chora
A espinha que ama.
A confiança, é a espinha dorssal de uma relaçao portanto, confie no seu parceiro/a para que a vossa relaçao seja duradoura/eterna
Ame para que seja Amado/a.
"Não importa as cicatrizes , os cortes de cabelos , ou uma espinha nova na cara se sua personalidade prevalecer sobre isso , não tem o que temer!"
É chato saber que algum momento eu vou te olhar e não vai ter um arrepio na espinha. Que eu você vai passar e minhas pernas não vão tremer. Que não vai haver mais borboletas voando no meu estômago. É chato saber que em algum momento o teu perfume não vai me fazer arder e enjoar. Que as nossas fotos vão ser apenas fotos. Que quando olhar pra o seu rosto não vou mais sentir o mundo desaparecer. "O fim do amor é ainda pior que o nosso fim".
BRUXARIA!................Fito brevemente seu rosto, sinto um frio na espinha, aquele meio sorriso me encabula, enxergando mais além seus olhos fixos lembram uma bruxa. Com um toque de menina e um ar de criança saí com minhas dores, adivinha minhas intenções, és movida de emoção, sentindo o sabor de vida dá razão ao destino. Confessa ser cúmplice, enternece e cura, sara minhas tristezas, transforma querer em desejos, satisfação em prazer, voando entre corações pousa, entre muitos, seus olhos me encontram, feitiço?nao sei mais me enfeitiçou!bruxaria que encanta a alma,sacia uma doce e saborosa sede!oh bruxaria!(Licia Madeira)
Na espinha dorsal
Eu observei nascer num canto do muro
Uma planta uma erva daninha
Que sem o abrigo da luz e sem nutrientes
Esta declinando sua beleza de flor
Rente se prolonga um alto prédio construído
Para sonhos...
O qual também se assemelha com erva daninha
Que nutre e gera brotando
Como um prego
No coração do país
Na espinha dorsal do sistema
Morte
Por que nos gela a espinha tua presença diáfana? Senhora Morte, tu que és a mais presente companheira desta humana caminhada e ainda assim, sempre a mais estranhada.
Porque, não te ocultas sob o negro manto, antes nos confronta face a face, para que possamos nos ver refletidos em teus olhos, não como nos ideamos, mas como realmente somos. Nivelados sob o peso da inexorável foice, despidos das terrenas pretensões, sem arrogância, sem status.
Porque colhes sem critérios, não fazendo distinção entre bons e maus, jovens ou velhos, crédulos ou incrédulos.
O muito Ouro não te intimida, a sabedoria não te afasta, a inocência não te comove.
Lanças em nosso rosto, sem pudores, a verdadeira natureza de nossa existência, sem as cores da poesia, no tom cru e áspero das palavras que não ouvimos, mas que ecoam no mais profundo de nosso ser: Somos mortais, hoje aqui estamos, amanhã...
O que nos assombra de fato, não é que venhas cedo ou tarde, repentinamente ou anunciada. O que nos assombra é que quando enfim chegares certamente dirás :
- "Eu vim, como bem sabias que eu viria. Que fizeste tu neste tempo em que me aguardavas?"
(Elsa Maia)
Houve época em que uma espinha no meu rosto era o fim do mundo, mas após vencer hematomas, hoje eu vejo que uma espinha no meu rosto não passa de uma espinha
Eu poderia até ser flor todo o tempo
Mas o fel da tua indiferença
É o que me espinha e me fere por dentro.
CABIDE
"Vá ao cabide, pendure a tua espinha dorsal. Entre estar vestido de trapos ou de nobres tecidos - mas cheio de entrelinhas -, fique despido e exibindo, somente para o espelho que não existe, as pobres curvas do hiato remendado."
Fome no sertão.
Tem coisas que eu me zango
dói na espinha do pescoço
tem gente dançando tango
e a gente roendo o osso
não tem carne não tem frango
muitas vezes um calango
é servido em nosso almoço.
'NASCIMENTO'
Noite turva.
Frio na espinha.
À Pátria mãe clamava atalaias,
rondas.
Trabalho em círculo,
andar cansativo,
mas significante em épocas de chuvas...
Lembro-me o olhar de tubarão,
serras pontiagudas,
escorpião.
E as tantas palavras vãs.
Não eras soldado,
mas capitão,
metralhando hediondos adjetivos...
Ser eletrocutado no desprezível,
exímio de chorume,
fuligem nos olhos,
teve significâncias no tempo.
Acolhi o que dissestes para crescimento.
E cresci infindavelmente,
não sabes o bem que fizestes...
Sem asas,
mostrastes o infinito.
Sem forças,
nascera um gigante.
Houveram milhares de noites,
e inspirei-me apenas naquela...
Lembro quando verbalizavas 'desmerecimentos',
'fracassos'.
Não sabes o volume,
tampouco o tamanho da medida.
Mas me levantastes naquelas palavras bem arejadas,
tão bem colocadas...
Engraçado!
Teu nome de guerra era 'Nascimento'.
Mal sabias,
do renascimento a cada palavra mal adjetivada.
Eras grande no momento para que eu galgasse o meu mundo.
Obrigado pelo nascimento,
caro amigo 'Nascimento'...
Hoje,
vi tua imagem,
com mãos ainda em formato de 'descansar'.
Ainda há tempo no moinho.
A vida dá voltas,
e o tempo nos ensina maravilhas....
Senti um arrepio subir pela minha espinha, o frio e o calor se misturar e encher o meu estômago de um choque térmico instantâneo pelo seu olhar: ela estava encarando a minha alma.
Ode ao Inverno
O Inverno não grita,
sussurra...
Desce, quieto, pela espinha
como quem conhece
os lugares secretos
do silêncio...
É quando o mundo se recolhe
e se hiberna do fulgor estival
e a alma se ouve melhor...
É quando os areais desertos
me convidam á contemplação poética
na solitude de um momento intimista...
É quando o udito se aquece
nos estalos da madeira queimando
nas fogueiras incandescentes
das festividades juninas e julinas...
É quando o olfato se inebria
com o vapor com aromatizante
do café que sobe como reza
abençoando o ar...
É quando as ruas ficam nuas,
mas o olhar se veste
com casacos de lembranças...
Tem algo de pausa
em cada manhã cinza...
Tem algo de recomeço
no fim de cada tarde curta....
Inverno é tempo de desacelerar,
de entender que o frio
também é forma de cuidado...
Porque também há beleza
na cinéria bruma hiemal ...
Porque também há poesia
nos galhos secos
que insistem em sobreviver...
E porque também há calor
mesmo quando ele
não se vê
e não se faz ver
em tudo o que resiste...
✍©️ @MiriamDaCosta
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