Espelho
No escuro dos meus olhos claros, observo-me no espelho.
Vejo o mais profundo de mim, aquele que eu tento me convencer de que não sou.
Nesse escuro
Que já foi muito iluminado
Observo as cinzas, a fumaça e o combustível.
Não quero apagar as chamas, mesmo sabendo que posso perder a plantação inteira, talvez a chuva apague o fogo.
Porém, de que me adiantaria salvar a plantação se perco minha intensidade?
Talvez você não precise de um terapeuta.
Precise somente, ao olhar no espelho, deixar de mentir para si mesmo...
Abioye
Às vezes, o medo de perder é tanto que automaticamente nos tornamos o espelho mágico da vida do outro. Fazemos de tudo para agradar e dizemos palavras que o outro gosta de ouvir.
Esteja ciente que nesta situação, o medo de perder se tornou maior do que a dignidade e amor próprio.
Qual será a sensação?
Que ela sente em se olhar no espelho e ver que é a mais gata
Que desde novinha, esse olhar de felina
Tem que ter cuidado se não mata
No espelho.
Você se demonstra tão forte, mas no fundo...
Você tá sofrendo.
Você parece uma criança assustada que foi esquecida por todos.
Você tem medo que te enxerguem e façam o que sempre fazem.
Você não quer ficar sozinho, mas tem medo de que alguém se aproxime, meu Deus o que foi que fizeram com você?
Sua vida é triste.
Seja uma boa árvore!
O espelho da vida sempre vai refletir quem somos realmente.
“Vocês podem descobri-los pela maneira como agem, assim como podem identificar uma árvore pelo seu fruto.
Vocês nunca confundirão uma videira com um espinheiro!
Ou figos com ervas daninhas! Por isso, as árvores que dão frutos que não se podem comer são cortadas e atiradas no fogo. Assim, o meio de identificar uma árvore ou uma pessoa é pela qualidade dos seus frutos” (Mt 7:16a,19-20)
Ninguém colhe bons frutos quando a árvore está contaminada ou doente. Adube a terra, regue seu plantio, viva a sua vida da melhor maneira e peça a Deus para afastar seus inimigos e lhe dê muitas vitórias e fé.
Ao acordar é bom olhar no espelho
E pensar em tudo que viveu ate chegar aqui
será que hoje você não tem um motivo pra sorrir?
Eu olhando para o espelho ontem a tarde: - Agora engole o choro e dá teus pulos, idiota! Quem mandou ser boazinha? Trate de largar de ser besta. Ok?
Eu te perdi quando tentei me encontrar,
No espelho da alma, comecei a indagar,
No processo de autoconhecimento a caminhar,
Achando a mim mesmo, vi você se afastar.
A vida é como um espelho: se você sorri para ela, ela sorri de volta pra você. Então, assim que acordar, coloque um sorriso no rosto. O sorriso desarma o mal humor, atrai vibrações de luz e energia positiva. Além de contagiante, o sorriso é a energia mais limpa do universo e você não paga nada por ela, muito pelo contrário, dificilmente quem doa um sorriso, não recebe um outro de volta. O sorriso é uma luz difusa e a claridade que emana dele tem o poder de iluminar um dia inteiro.
Tenha um dia iluminado! Bom dia!
Inflexão de reflexos
Como ondulações causadas em um espelho d'água, a imaginação flui a partir do desejo.
Essas ondulações refletem infinitas possibilidades de existência, de criação e destruição.
Ondas carregadas do mais puro desejo de criar, transbordam realidades até que, no ponto de inflexão, um novo desejo surge, o de viver o que foi imaginado.
Neste momento, a consciência que pairava por sobre as águas do seu fluído imaginar, imagina-se no início do seu pensar, com vontade de vivenciar tudo o que sonhou e ainda assim, continuar sonhando.
Um paradoxo entre liberdade e auto-contenção, uma nova luz que brilha em meio as trevas, deixadas pelo vazio das memórias ainda não vividas e então um intenso desejo começa a ganhar forma através de fractais de matéria luminosa, atraídos pela intenção de experienciar uma possibilidade.
O mesmo e ainda assim, diferente. Novas memórias criadas através da experimentação de memórias realizadas. A coexistência entre o eu e o não-eu.
Os céus da imaginação continuam a se ondular infinitamente, enquanto que a matéria, ainda um puro desejo informe, unifica-se formando uma sutil projeção mental, uma ilusão, que quando confrontada ao limite, deixa de existir.
Insatisfeito com o não pertencimento em sua própria ilusão, escolhe vivenciar sua própria criação, desencadeando caos e ordem, decide elevar a criação ao ápice do conhecimento a fim de deleitar-se do prazer de uma companhia.
Com muita astúcia, desenha um ser semelhante a si e dentro dele define a existência de um paradoxo.
O masculino e o feminino, a atração e a repulsão, a construção e destruição. Mas assim como em si, em sua mais perfeita criação, também residia a solidão.
Então um se tornou dois, um espelho pra um reflexo, um todo complementar.
E assim a ilusão criada vivenciou o perfeito prazer, a não-solidão, até que as suas existências são postas a prova: deixar de ser quem somos pra nos tornar uma ideia de quem podemos ser.
A imaginação, agora inserida na criação, gera camadas infinitas de possibilidades e escolhas que podem ser materializadas através do desejo.
Uma ondulação que permeia a ilusão da existência, refletindo a infinita onda exterior de possibilidades.
A união entre a matéria ilusória e o divino.
Eis então a primeira escolha: ser mais!
E, ao almejar o infinito, reconhece então sua própria finitude. Paredes de ilusão que antes representavam liberdade, agora representam grades para sua percepção. Ao ser questionado sobre sua escolha, escolhe a amargura como resposta, semente que imaginou ao ressentir seus limites.
Um plano, regado a suor e sangue, começa a se desenrolar. Dois se tornam três, quatro, milhares, milhões, até que o criador desta ilusão decide vivenciar a ilusão que criara e assim, por um breve período, coexistem apenas as ondulações dos céus da imaginação, a ilusão da existência de possibilidades escolhidas e uma consciência singular que agora possui fractais de lembranças do futuro, do passado e do presente.
Novamente uma nova existência, nomeada, ilusória, mas tangível pela própria ilusão, percebe o amor, a fúria, a dor, a tristeza, a alegria e o silêncio.
Até que, desperto novamente no início, compreende o sentir e sente-se verdadeiramente vivo, vivo de tudo.
Ele então começa a compor, não mais um plano, mas uma música. Uma música capaz de tocar todas as possibilidades simultaneamente, onde cada existência representa suas próprias escolhas como vibrações melódicas do concerto cósmico.
Infinitas realidades vivas coexistindo, ainda sem interagir, até que o maestro, dotado de reflexos, diga: fim.
Olhar-se no espelho, não é só vaidade, há virtudes nessa ação: desenvolver autoestima, aceitação… mas há uma, em especial, que não tem nada a ver com o sentido da visão, tem a ver com conscientização - olhar-se no espelho e enxergar, além das aparências, que você não é tão diferente das outras pessoas e que portanto precisa compreender melhor o seu próximo, usando sempre a virtude da empatia: uma disposição para colocar-se no lugar do outro, antes de qualquer atitude ou juízo de valor.
Ney Paula B
