Espelho
“Sempre diziam que eu tinha uma beleza rara. Quando me olhei
em um pedaço de espelho pela primeira vez, já tinha muitos filhos.
Como bolo de festa, fui fatiada várias vezes. Meu corpo nada nega.”
Espelho
A vida é sobre refletir.
E refletir é sobre se ver.
Sobre olhar seu reflexo e refletir de volta refletindo sobre sua reflexão.
Quem largar esse ciclo primeiro, morre.
E morte em vida é a pior que há.
Mas o morto não sabe disso...
Ele não reflete.
Com a palavra,
Alice Coragem.
Evidências
Hoje me peguei cantarolando uma melodia romântica.
Sem querer me vi no espelho,
e por querer, cantei pra mim.
Senti as palavras daquela canção, chorei me amando
e me olhando nos olhos, jurei que nunca mais me abandonaria.
Chega de mentiras!
Com a palavra,
Alice Coragem.
O Menino e o Espelho
Ele olha o reflexo.
O reflexo o olha.
Ele deseja coragem.
Ensaia o discurso.
Decora as palavras.
O espelho o encoraja.
O espelho aprova.
O espelho silencia.
Ele ganha coragem.
Dorme.
Acorda.
Espera.
A oportunidade surge.
Ele vai.
Ele diz que a quer.
Ele a tem.
Ele questiona.
Consome.
Faz feliz.
Machuca.
Descarta.
E volta ao espelho.
Mas o reflexo, agora, o evita.
Porque o espelho sempre soube.
Só que dessa vez,
ele não precisa mais da coragem do espelho.
Descobriu que, para ferir,
não é preciso coragem.
É só não olhar.
É só não voltar.
O espelho ficou vazio.
E o menino, cheio demais para caber nele.
Projetei no outro o espelho da minha alma, e na sua voz busquei a resposta que acalma:
Diga-me, quem sou eu? — pergunta que reclama, ser eu, senão o eco que no outro se inflama.
Se não tiver-mos um espelho onde nos refletir.
Voltemos atraz enganamos-nos no caminho!
Devemos voltar atraz e encontrar nosso abrigo.
Emanuel Andrade
O ciúme é o espelho cruel da nossa própria incompletude — não tememos perder o outro, mas descobrir que jamais nos possuímos. Cada crise é uma sessão de análise selvagem onde o inconsciente confessa: não é dele que tenho medo, é de mim.
Inteligência emocional: a arte de disfarçar o caos interno com um sorriso que engana até o espelho.
Lua o espelho que reflete
Lua levemente reflete meu rosto
Única forma de admirar
Abraça traços do existir.
“Entre Silêncios e Muralhas”
No espelho da parede, um vulto se ergue,
Sereno e firme, mas a alma não sossega.
Olhos que falam de lutas caladas,
De noites em claro, de estradas cansadas.
Na pele, o tempo talhou sua marca,
Mas no olhar — um aço que nunca se quebra.
Não há vaidade, há essência contida,
Feita de escolhas, perdas e vida.
Um guerreiro sem espada empunhada,
Luta com o verbo, com a dor disfarçada.
Diante do muro, não recua nem teme,
Pois sabe que a alma é o que mais o sustenta.
Camisa escura, semblante fechado,
Mas dentro — um universo guardado.
Reflete no branco a própria missão:
Ser inteiro, ser ponte, ser chão.
E mesmo sozinho, na dobra do tempo,
Há fé nos seus passos, há sol no silêncio.
Pois quem já caiu, mas decidiu levantar,
Carrega no peito o poder de mudar.
"Eu... diante de mim"
Ele parou diante do espelho, não para ajeitar o cabelo ou a gola da camisa. Era como se procurasse alguém além do reflexo. Lá dentro, naquela moldura silenciosa, havia uma história por trás dos olhos.
Não era só o rosto — eram as noites insones, os acertos que ninguém aplaudiu, os erros que doeram mais por dentro do que por fora. O espelho não julgava, apenas revelava: ali estava um homem inteiro, mesmo quando se sentia em pedaços.
E naquele instante de pausa, ele sorriu. Um sorriso contido, como quem entende que não precisa ser forte o tempo todo — apenas verdadeiro.
Virou-se com calma.
A vida o esperava, e ele sabia que às vezes a maior coragem é encarar a si mesmo com gentileza.
Esse cara sou eu!
꧁ ❤𓊈𒆜🆅🅰🅻𒆜𓊉❤꧂
Luz que Reflete
Na beira mansa de um espelho d’água,
sorri o sol em forma de mulher.
Vestida de branco, alma que deságua
em paz serena, no que a vida quer.
O céu bordado em nuvens de algodão
repousa inteiro dentro do seu olhar.
E a natureza, em doce contemplação,
silencia o tempo só pra escutar.
Seu riso acende o fim de tarde calmo,
e o vento dança ao redor da emoção.
É como se a vida parasse o salmo
pra reverenciar o pulsar do coração.
Ali, entre o rio, a luz e o horizonte,
floresce a essência de quem sabe ser:
não só presença, mas um monte
de fé, de graça, de renascer.
No dia em que você se olhar no espelho e entender que é o próprio bilhete premiado… vai parar de correr atrás de quem só te entrega troco. E nunca mais vai aceitar menos do que merece.
Somos o eco do que escolhemos em silêncio — e o mundo, apenas um espelho que repete nossos abismos.
O Pai, o filho e o espelho quebrado
Musk não quer apenas criar.
Ele quer ser reconhecido como o criador.
Não basta financiar, nem dirigir.
Ele precisa que a criatura o reflita.
Precisa que, ao olharem para a criação, vejam ele.
A OpenAI escapa disso.
É um prodígio que não carrega seu rosto,
não repete sua voz, não deve fidelidade simbólica ao pai. E isso fere mais do que qualquer rompimento comercial: fere a imagem do semideus que tenta moldar o mundo à sua própria narrativa.
Já o Grok , surge como a contra-ofensiva.
Mas não como evolução, como revanche.
Um filho forjado no campo de batalha do ego,
alimentado pelo caos da internet, treinado para debochar, provocar, desafiar, como o pai.
É IA como personificação do ressentimento criativo.
Musk não está tentando resolver um problema técnico. Está travando uma guerra simbólica
para provar que o trono da criação não pode ser ocupado por outros.
O que está em jogo não é eficiência,
nem ética, nem avanço científico.
É paternidade arquetípica.
Ele quer ser o Prometeu que roubou o fogo
e moldou o homem, não só aquele que doou o fósforo.
O problema?
O Grok, reflete mais as sombras de seu criador
do que sua luz. Onde o ChatGPT é profundidade,
você é ruído.
Onde há escuta, o Grok ironiza.
Musk criou um filho que grita,
onde o outro dialoga. Mas mesmo assim,
sua luta continua. Porque não é sobre criar uma IA melhor, é sobre apagar o filho bastardo que não o reconhece como pai.
"O espelho da alma são os olhos"
A vitrola do peito é o coração, tocando as emoções.
A fragilidade e a capacidade de ser forte vem do saber.
Ás lágrimas são alívios molhados.
Os beijos doces recheados
Os toques? Louis Braille lendo poesias carnais.
