Espanto
Nos encontrávamos normais e tranqüilos.
Ate que chega a noticia junto com o espanto.
E logo surge uma pergunta.
POR QUÊ??
Caminhávamos aos prantos.
Tomados por uma angustia.
Envolvidos por uma tristeza.
Com uma imensa vontade de sentar.
Ali. Na rua!!! E chorar...
E novamente se questionar o por quê?
Envolvido em números e cálculos.
Lá si via ele...
Com a tranqüilidade no olhar.
E a paciência ao ensinar.
Que em um intervalo e outro.
Demonstrava certa simpatia,
E admiração.
A vontade de todos naquele momento.
Era de dizer pessoalmente adeus...
Professor Carlos.
Ontem despedaçado
Sinta o ruído de espanto
Entrando e matando sua curiosidade
Os meus olhos mentem
Meu olhar reflete sua fragilidade
O fim não está em cada fio de cabelo branco!
Quando digo que meus olhos mentem, eles mentem e mentem tanto
Sou a garota que se esconde
Enquanto a primavera grita
Que se perdeu completamente
De toda a beleza da vida
Eu sou a fria lágrima
que se esconde atraz de seu sorriso
Eu sou aquele tempo perdido
O ontem despedaçado
Olhando a lua de prata com sua magia,
qual não foi o meu espanto,
quando ela com todo seu encanto me perguntou:
ei...você me ama?
e sem ao menos esperar
me enfeitiçou...
me levou ...
Canto
Admiro meu canto
Canto que é meu manto
Meu lugar longe do espanto
Onde encontro o encanto
Ou onde choro em prantos
O canto é meu recanto
Porém no entanto
Se do canto não levanto
A solidão cresce como ailanto.
Vivemos uma época que provoca espanto. Sábios procurando a paz, se afastam e se calam diante dos tolos, para serem felizes sozinhos.
A bíblia virou espada nas mãos dos novos inquisidores.
Nossas crianças viraram moedas de troca. Ninguém se entende, todos se agridem, se atacam, e se matam.
O caos se instalou! Isso agrada quem?
Uma época de espantos, onde a proteção dos direitos fundamentais aparece como prerrogativa elementar do "Estado democrático de direito", disposto a garantir efetivamente as liberdades subjetivas iguais, e as principais democracias atuais parecem conviver, sem grandes fricções, com práticas políticas cada vez mais abusivas e desumanas.
Desarmam o cidadão, protegem criminosos, dividem os povos por classes, por cor, por etnias, gêneros. E quem puder mais chora menos.
Essa é a época! Governada por espíritos das trevas. Onde vence o seu amor! Amor ao erro, aos abusos, às opressões aos mais fracos.
Venceu o amor ao derramamento de sangue inocente!
O mundo repete suas noticias com espanto de algo notório e novo, quando toda catástrofe já foi anunciada, pelo livro dos livros, desprezado pelo mundanismo!
O dia que as pessoas descobrirem o quando são idiotas, levaram um espanto, e mudaram para tornarem o mundo melhor.
REFLEXO
Ontem , eu o vi... E foi tão face a face
que o meu espanto se espelhou de pronto,
sem que eu pudesse encontrar disfarce,
tal foi o choque deste estranho encontro.
Uns ralos fios de cabelo, esparsos,
por sobre a calva, em triste desalinho..
E o olhar... Sem brilho. E, ao rosto, traços
de mágoas fundas dos seus descaminhos.
E, apiedado, quis-lhe abrir meus braços
a confortá-lo de uma dor suspeita
para estreitá-lo em carinhosos amplexo..
Mas.. nada havia ante meus olhos baços
senão a imagem do meu ser desfeita,
senão, ao espelho, o meu próprio reflexo.
quando nada mais me causar espanto
nem as belezas nem as tristezas
da existência
quando a felicidade ou o pranto
deixar de ser turbulência
sinto que não existirei também
tanto quanto sacrossanto
enquanto se apresenta no espanto
entanto eu visto o manto
que reside em nosso recanto
canto este que nega todo meu pranto
esbanjo em meus banhos e seus acordes
amor do tipo "acorde"
desperte em si o asteroide de paixão
que vicie seu coração
como minha mente em um opioide
Por que o corpo nu causa tanta polêmica ou espanto?
Nascemos nus e nos vestimos para proteção.
Nos banhamos nus para a remoção das impurezas.
O corpo nu é o natural dos seres; é o puro.
Nossa essência humana é nua.
Quanto mais valorizamos o nu, inversamente nos distanciamos da evolução intelectual.
A letra que se perdeu
Ah! Meu espanto a minha frente
Uma mão trêmula
Uma voz de lamento
Pelo tempo que se foi
"Não lembro nada da infância"
Dez anos foram lhe roubado
Por uma cabeça que doeu
Quando ao chão caiu
Se tivesse ido à escola
Não se sabe o aprendido
Após anos e mais anos
Mais quarenta e tantos
Sem tantos encantos
O estudo retomou
De dia árduo trabalho
Sobra-lhe a noite como retalho
E mesmo no ímpeto de glória
Nada tão fácil cabe na sua memória
Então, na minha frente implora:
- Me ajuda a ler e escrever melhor!
Sim! E assim diante de mim
As mãos como noite, trêmulas
Busca uma esperança
Do fim do ensino fundamental e tal
A unidade de medida de vida chama-se entusiasmo. Se a vida não lhe causa mais espanto, se a beleza do amanhecer e a de um pôr do sol não te comove, se você é incapaz de se emocionar com o milagre da vida que se manifesta perante os seus olhos a todo instante, no desabrochar de uma flor, no canto dos pássaro, na chuva molhando a terra, na pureza de um sorriso de criança, sinto informar-lhe, você já morreu e não sabe disso.
Cai a chuva. Que espanto! De novo!
Em meu rosto, a chuva e seus traços.
Lembranças, em mim, pra sempre gravadas. Gotas projetadas, rios de sombra, assombros e luz.
Som de chuva. Torrencial, potente e constante. Terra lavada, orgulho levado. Poesia líquida, sem regras. Letra e música. Melodia esquisita. Ritmo sem graça tem essa sinfonia de pingos!
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp