Espaço

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⁠[ACORDES GEOGRÁFICOS]



Pensemos no Espaço, no Meio, e no Homem que habita ou já habitou qualquer uma destas impressionantes cidades modernas ou antigas. Vamos nos concentrar por ora no seu admirável e complexo conjunto de fixos, sejam estes os fixos continentes ou os fixos condutores.

Quando os arqueólogos descobrem cidades que estavam ocultas sob a terra, podem recuperar essas estruturas que, em uma cidade, estabelecem-se sobre o espaço e no meio físico, e que passam a constituir a parcela de meio construído pelo homem - a qual imediatamente se junta ao meio físico natural. O fator humano, o qual aflora sobre o meio e nos limites e formatos de um espaço - e que retroage sobre estes mesmos meio e espaço já os modificando - irá constituir, com a polifonia dos fluxos, os níveis acórdicos superiores.

Quando os arqueólogos descobrem antigos níveis urbanos ou rurais sob a terra, podem resgatá-los das suas sombras e seus silêncios. Lá estão as estruturas materiais construídas pelos seres humanos, e diversos elementos do meio por eles interferidos. As estruturas permanecem, sob muitos aspectos. Trazida uma antiga cidade à luz, os fixos, antes ocultos, ressoam mais uma vez. Mas os fluxos – a vida que não mais existe, ou o movimento que cessou – terão de ser deduzidos sistematicamente dos objetos, dos documentos, das relações que se podem imaginar entre os fixos. É preciso se por à escuta deles, sentir seus aromas imaginários. Será necessário vislumbrar, com imaginação e método, o bioma que sempre se junta ao fator humano para constituir a vida, outrora pulsante e ressonante.

Em uma cidade que fosse subitamente evacuada, permaneceriam dela o acorde-base e os acordes-de-coração. Desapareceriam os acordes-de-cabeça. Os fluxos se encerrariam, a vida desertaria. E a cidade como que se transformaria em uma necrópole, ou em uma cidade-fantasma, ao som de uma grave estrutura harmônica que perdura para além de uma melodia que já se encerrou.

Olhando para os seus fixos – para aquelas formas já sem função – apenas poderíamos deduzir o que realmente foi, um dia, a sua estrutura total, e os processos que a percorreram ou que sobre ela atuaram. Em uma cidade sem os seus habitantes vivos, e sem mais fluxos que não os da própria natureza retomando os seus espaços, já não podemos mais escutar diretamente as vozes que um dia entreteceram o seu plano melódico. Já não se pode mais completar a música, senão a partir dos seus fantasmas, dos espíritos que cantam de um passado-presente que ressoa através das mais diversificadas fontes e vestígios.

Tangenciamos aqui a quarta dimensão: o primeiro e o último feixe de notas de um poliacorde geográfico. Se trouxermos a chave, teremos diante de nossos olhos e ouvidos essa dimensão oculta, entranhada em fontes e resíduos diversos, bem como na própria materialidade ou em seus mais secretos interstícios. O tempo é o acorde secreto que se esconde e se revela no Homem, no Meio e no Espaço. Nos arranjos de espaço, ou nos homens que por lá passarem – se ao menos tiverem uma língua na qual ficaram marcas, ou um simples sistema de gestos – também ali estará o tempo de uma cidade que perdura para muito além de suas ruínas, a ressoar como uma inaudível nota azul, ou a brilhar como um clarão invisível que se espraia em muitas camadas. O Tempo, a outra face do Espaço. O último feixe sonoro de um poliacorde que deve ser pacientemente decifrado por geógrafos e historiadores.


[trecho extraído de 'História, Espaço, Geografia'. Petrópolis: Editora Vozes, 2017, p.125-126]

Inserida por joseassun

⁠[DEFINIÇÃO DE HISTÓRIA]


A História é a ciência dos seres humanos no espaço e no tempo (nos seus lugares e nos seus momentos).

Inserida por joseassun

[A PAISAGEM NO ESPAÇO-TEMPO]


⁠Neste momento, contemplo uma paisagem. Há uma pedra no caminho (subitamente me lembro do poema). Ela é antiga como a Terra, mas isso no momento não importa. De qualquer maneira, é bruta, jamais trabalhada pelos homens de qualquer tribo ou civilização, Atraído pelo ruído suave das águas (ou terei imaginado isto?), meu olhar volta-se subitamente para o pequeno rio urbano, canalizado em meados do século XIX. O encanamento, contudo, já era naquele momento a substituição de um outro, construído vinte e oito anos antes (cheguei a ler o documento que registra o primeiro plano de captação, em um velho arquivo público). A atual calha que contém o traçado do rio, para evitar pequenas enchentes nos dias chuvosos, ali está desde meados do século XX, mas sofreu reparos recentes, por causa das olimpíadas de 2016.

O rio tinha seu nome tupi-guarani por causa dos papagaios que nele vinham se alimentar desde os séculos anteriores, mas a poluição das últimas décadas do século XX já os afastou há muito. Todavia, foram substituídos por aquelas garças, de dieta alimentar menos exigente, que vivem em um zoológico mais distante. Há uma árvore, duas, três, e mais, nas suas margens, sendo que cada uma tem uma idade diferente. Cada uma delas canta a sua própria imponência, na minha imaginação. Mas sou despertado deste devaneio por um outro ruído, este de verdade. É um rolar maquinal, que adentra a paisagem sonora como uma dissonância. A muitos e muitos passos do rio, há uma abertura para o chão. O metrô tem 25 anos, mas aquela estação foi agregada há apenas três anos, e agora oferece aos passantes a sua entrada. Entre ela e o rio enfileiram-se edifícios de diversas idades, de cada lado da rua asfaltada (com exceção de um curioso trecho de paralelepípedos, talvez esquecido pelas últimas administrações públicas).
Há também uma casa muito antiga, do início do século passado. Terá sido tombada? Sobrevive. Alguns automóveis, há muito eu não via um opala, movimentam-se discretamente na rua de mão única. Formam um pequeno fluxo. Seguem por ali, em meia velocidade, e logo vão desaparecer sem deixar vestígios. Por enquanto, todavia, fazem parte do acorde visual da paisagem. Registrei tudo, em minhas anotações. Mas agora me dirijo ao Metrô.

Ao entrar naquela estrutura moderna, que por sobre trilhos me conduzirá através de um conduto contemporâneo tão bem incrustado em uma pedra de milhões de anos, anterior ao surgimento da própria vida sobre a Terra, espero chegar em vinte minutos ao centro da cidade. Ali, naquela alternância de avenidas asfaltadas e ruas estreitas, por vezes talhadas em paralelepípedos, novos acordes de espaço-tempo me esperam. Sem ânsia maior de me mostrar a superposição de cidades que escondem e revelam, eles me indagarão, como se ressoassem do fundo de um verso: “Trouxeste a chave”? A todos perguntam a mesma coisa, indiferentes à resposta que lhe derem .

Já me demoro demais. Andar pelo espaço é viajar pelo o tempo. Retorno, será mais seguro, à reflexão histórico-geográfica


[extraído de 'História, Espaço, Geografia'. Petrópolis: Editora Vozes, 2017, p. 59-60]

Inserida por joseassun

⁠Sonho por uma Lei Maria da Penha temporária e excepcional. Num breve espaço de tempo será revogada, porque os homens haverão de respeitar os direitos das mulheres.

⁠A luz das estrelas sempre viaja no espaço a procura de um abrigo de paz!

Inserida por ValMoni

⁠O caminho é espaço-tempo de contemplação e ação.

Inserida por mauricio_marques_1

⁠Abra espaço para o bem, para o amor, para a gratidão.
Engradeça o simples, o sagrado, proteja a sua fé.
Ilumine -se, deixe a sua melhor versão fluir.
Que a sereninade te guie, que o seu bom humor prevaleça.
Que a sua coragem surpreenda.
Sonhe alto, voe no céu das suas possibilidades.
Viva o agora, seja feliz!

Inserida por lanna_borges

⁠às vezes um avanço no espaço ondeme despejo,
noutras estranho a confusão de tantas coisas onde sempre me disperso,
pontes e becos, estalos ao redor,fuga em doses e descompasso.
fecho os olhos e desperto

Inserida por Machadisses_ac

⁠Pobre da mente que precisa de um líder ocupando o espaço que deveria ser da consciência. Pobre do coração que dependa de um salvador para agir como deveria. Pobre do cidadão que precise de vigilância para não fazer aquilo que faz quando não tem ninguém olhando. Pobre do homem cuja lisura dependa de que outros a exaltem.

Inserida por bodstein

⁠As vzs queria por um curto espaço no tempo entender o porquê amar se faz tão nescessário na vida de alguém se doe tanto, se você não ama você se sente só, e infeliz, e ao mesmo tempo quando você ama muitas vezes a pessoa errada embora ainda acredite que em algum lugar exista a pessoa certa você tbm sofre porque você acaba se contentando e se acomodando com o pouco que recebe e isso vai te consumindo até chegar a uma determinada situação que o fim e duro cruel e trágico, e você se depara juntando seus cacos, juntando os pedaços do mau que vc mesmo se deixou causar, e lá está você mais uma vez infeliz por ter amado, e por estar só, agora me diz quem entende...Porque amar e ser amado é tão necessario, e porque as pessoas são tão cruéis umas as outras...

Inserida por _good_angel_

⁠O Homem que não aprimora o discernimento diariamente é como um planeta perdido no espaço...

Inserida por PoetaFernandoMatos

⁠⁠Não há espaço para a sabedoria, na vida daqueles que não praticam a empatia.

Inserida por RochaTrader

⁠MESCLAS

Sonhos, fantasias enleiam-se no espaço
Onde a poética consente a inconstância
E o olor se confunde com tal fragrância
Do agrado, se atando em um compasso
É o cerrado que persiste na exuberância
Nos dando o belo como fonte de regaço
Em um multifário dum variegado espaço
Nos mostrando a sua total significância

Se de pronto não se percebe essa beleza
Um dia verá ainda a importância e riqueza
Que tem o vário sertão e sua circunstância
O encanto, agigantado e peculiar sentido
Vestido do mais diverso e do belo colorido
Que a todo momento é valente instância...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
16/02/2022, 12:00 – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠A vida segue seu curso como tem de ser. O que fazemos neste curto espaço de tempo que estamos nela será nos cobrado. Não reclame, não pragueje.
Muitas vezes apenas estamos recebendo o que plantamos e não temos consciência disto.

Inserida por marcelo-martins

⁠Quanto vale a sua vida?
Nesse espaço vital onde seres sobrepõe-se aos outros em busca de ambientes onde cabe-lhe conforto, lazer ou apenas viver, nesse ponto onde todos se contrapõe a propósitos e ideias criadas pelos próprios, talvez nunca ou jamais descobriremos o real sentido da vida no entanto viver e sobreviver é de fato a maior liberdade em que um ser pode ter para descobrir-se e encontrar todas as respostas; o preço dessa liberdade não se precifica, mas valora o quanto podemos viver tornando as nossas experiências de vida incrivelmente sem preço!

Inserida por HallysonMiranda

⁠A arte é um espaço onde nossos sentimentos encontram um refúgio para existir.

Inserida por wesleydiniz

⁠Primeiro deixe o cliente liberar o ódio do seu coração, assim dará espaço pra entrar o amor, sua solução, e consequentemente florescer uma venda.

Inserida por raphacba

22.02.2022
Chamei teu nome
Por todos os cantos, todo espaço
Gritei, urrei, meu ódio, dor, asco
Só existo sem rumo
Desfaleço e não me refaço
Vazio o todo, só dor e cansaço...

Inserida por gisele_filipowski

⁠Se em tua intenção não existir sinceridade, deixe espaço para quem almeje algo de verdade, não gaste o tempo de uma pessoa se não quer estar ao lado dela, pois ela poderia estar feliz ao lado de alguém que a valoriza de verdade. Tenha responsabilidade, não seja egoísta ao oferecer a alguém somente incertezas e achar que ela gostar de você será o suficiente para mantê-la ao seu lado, uma hora até quem é persistente cansa.

Inserida por thalita_andrade

⁠Para o seu bem e para o bem comum, todo o sábio precisa dar um certo espaço para o louco passar; no trânsito, nas inter-relações, ou em qualquer outro lugar.

Inserida por meirinhopensa1949

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