Escrita

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⁠Acho que quando escrevo não vejo as palavras, vejo as coisas.

Annie Ernaux
A escrita como faca e outros textos. São Paulo: Fósforo Editora, 2023.

⁠Escrevo para não perecer, para não sucumbir à indiferença. Rabisco as letras, para dar traços ao caminho e cinzeladas às pedras da estrada. Registro minhas dores, defeitos, labutas, deleites ou lampejos de luz, para que nunca me esqueça da minha humanidade.

⁠Não tenho medo de me repetir, porque o que escrevo, o que eu digo, não atende às exigências da literatura, mas às da necessidade e da urgência, às do fogo.

Édouard Louis
Quem matou meu pai. São Paulo: Todavia, 2023.

⁠O tumblr me ensinou sobre respeitar a diversidade do mundo.
A comunicação me ensinou que o silêncio e a observação são armas irrevogáveis no excercício do verbo.
E de fato, escrever é perigoso.

⁠Enquanto a vida se limita a uma sobrevivência constante perante o vazio existencial, escrevo poemas de salvação, meros aperitivos para o vazio que me cerca profundamente enquanto luto para marcar a minha existência sábia e inocente diante das possibilidades que apenas me enlouquecem, assim escrevo poemas, de salvação.

Todas as coisas que segurei


Dentro de mim, segurei tantas coisas…Abstratas, pequenas, grandes, confortantes.
Desenvolvi barreiras para guardar todas essas coisas que segurei, constantemente, estava ali comigo, independente do que houvesse, elas haviam se tornado atemporais, o tempo não transcorria, nada poderia apagá-las na nitidez em que se mantinham firme dentro de mim.
Um desejo incansável de controlar o incontrolável e por ego, não reconhecer a beleza da liberdade. Havia tanto em mim, que pesou. Pesou nas profundezas do interior que já nem era mais meu, entretanto, estava se tornando propriedade daquilo que eu guardava em mim e estava me moldando aos poucos.
No nascer do dia e no fim dele, percebo repetidamente que a vida são fases, ciclos, estações. E tudo de intenso que há no meu peito jamais transformaria-se em concreto eternamente. Não posso guardar, tocar, manter sempre dentro de mim. É preciso soltar, libertar, encontrar o equilíbrio, pois tudo o que realmente nos pertence, jamais vai embora, apenas ressurge em sensações melhores.

⁠Escrever é falar consigo mesmo. Eu tenho feito isso por toda a minha vida.

⁠O verde sempre foi meu sentimento favorito!
O verde está em toda parte, como se fosse o modo de Deus dizer “Sim”.
A maioria das coisas vivas é verde. A relva, a árvore, o caule, o início.
É por isso que é a cor mais cheia de possibilidades.
Quando o sinal está verde, é porque há caminho.
O verde é a cor da vida que segue.
Talvez, seja por isso que Deus tenha escolhido o verde para cobrir a maior parte do planeta.
Para lembrar, sem palavras, que podemos viver.
Que temos permissão para crescer, para seguir, para recomeçar.
O verde está no campo, mas também na cidade, nos sinais.
Está no meio do caos, dizendo: ainda dá.
E talvez viver bem seja isso: reconhecer os verdes do caminho.
E aceitar o convite silencioso do Criador que, com essa cor, nos autoriza a ser.

Sou uma eterna estudante,
amante da literatura e das artes...
adoro escrever crônicas
como me aventurar pelo mundo dos contos
e me perder e me encontrar na doçura da poesia.

Eu nunca tive medo de ser sozinho, mas hoje pela primeira vez na vida eu estou com medo de não ter ninguém aqui.

Quando sinto desinteresse da parte de alguém, simplesmente me retiro. Não vale a pena insistir em quem é tão pouco. Afinal, não sabem a pessoa incrível que estão deixando ir embora.

Minhas noites andam conturbadas. Daquelas que te amarra uma cara feia no rosto, te traz lembranças e saudades antigas.

Lealdade

Sê, ó amigo, como a cama
Que com a alta lealdade
Espera todos os dias sua ama

Sê, ó caro, como o nobre cão
Que mesmo maltratado
Tira seus donos da solidão

Age como o tronco caído
Mesmo sabendo que morrerá
É leal ao machado que o fará

Mas não sê como o fraco
Que chora quando sofre
E não cumpre seu trato

Ou o traidor imundo
Das palavras em vão
Do escárnio profundo

Cultiva a tua lealdade
E abre teu coração
Para a alma da bondade.

Escrever é um ato solitário, é colocar-se em palavras.
Palavras são como folhas de plátino soltas ao vento... em direção aos novos horizontes.
Deixá-las voando irreverentes, sem cordas para serem puxadas e sem lugar determinado para pousarem, sempre a favor do vento.
Assim é o ato da escrita, deixar fluirem palavras que, voando devagar, ao cair, adubarão terras distantes.

Aprendi que ninguém se torna poeta, a menos que nasça com o coração de um. Aprendi que não desperdicei meu tempo estudando latim. Aprendi que alma e espírito diferem um do outro. Aprendi que o amanhecer é uma ilusão, é só o crepúsculo de baixo pra cima - ou não? Aprendi ocultismo, embora pouco tenha praticado. Aprendi que a obra de Fernando Pessoa não deve ser lida em um instante - entenda por "um instante" a contagem de tempo que preferir - mas sim no decorrer de uma vida. Aprendi, da pior maneira, que depressão não é apenas uma fase, e que hora ou outra ela passa, e fica. Aprendi que amores passageiros são os mais gostosos e que quem jura amor eterno mente descaradamente. Aprendi a não negar os prazeres da vida, a vida é curta para que eu o faça. Aprendi que professoras são os primeiros amores da infância - as bonitas. Aprendi a desapegar do que antes - com apego - me fazia mal. Aprendi que as virtudes transforma-se em vícios se não as ponderarmos e, com Shakespeare, aprendi que nossas dádivas são traidoras. Aprendi que "mais" é antônimo de menos e "mas" é conjunção adversativa. Aprendi que amigos e família são importantíssimos em nossas vidas. Aprendi a adorar os superlativos. Aprendi que escrever logo pela manhã, enquanto o sol nasce, é delicioso. Aprendi que café é bom, mas fazer amor pela manhã é melhor ainda. Aprendi quê: “SÓ O QUE ESTÁ MORTO NÃO MUDA!”.

- E que mudo a cada palavra escrita!

'EM BRANCO'

Não quero passar a vida
como uma página em branco.
Não!

Quero escrever e pintar a minha história
usando das cores que eu tenho direito.

E ter o direito de criar outros personagens,
e até resgatar os que ficaram no passado.

Passados a limpo também serão os meus rascunhos,
que tanto me ajudaram a planejar cada parágrafo.

Traçando o risco,
virando a página
e arriscando um novo rabisco.

Sem apagar nada
pois a borracha eu não usarei.

Deixarei que as letras borradas sinalizem:
posso reescrever qualquer linha, qualquer traço.

As vírgulas? Eu vou usar e abusar delas.

Para que todo o instante seja um sopro de vida
e em cada curva eu tenha a certeza
de que o ponto final do meu livro
está longe de chegar.

Se for só isso
Então não vai ser
Só vivo se for tudo
Pouco não é viver.

Tem frase que flui naturalmente, outras levam tempo para amadurecer. Há aquelas elaboradas, mas as que eu prefiro, são as que trilharam o caminho do coração.

Estórias, tal como a comida, perdem seu sabor se cozinhadas com pressa.

De todas as atividades, amo ler e escrever. As outras eu suporto.

✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.

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