Escrevo o que Sinto
Eu leio o que eu escrevo, vezes seguidas, em casa, no trabalho, na faculdade. Leio e releio pra tentar me entender um pouco. Normalmente não sou de muitas palavras nem simpatias (é diferente de educação), depende do que esteja sentindo e das pessoas a volta, mas quando são palavras escritas sempre me excedo na mania irritante de justificar tudo. Quero me assegurar de que tudo que falo foi entendido, pra que tenha companhia a solidão de meus pensamentos.
É inexplicável a sensação quando a impressão que há de que as palavras imaginadas em momentos diferentes que se juntaram até formar esses textos escritos abaixo e até mesmo esse não cumpriu seu objetivo. O que podemos pensar, fantasiar em declarações de amor, o que conseguimos definir de nossos sentimentos e coisas que sentimos não valerá de nada se nos acomodarmos ao que há dentro de nós e isso não for exposto de alguma maneira. Não existirá no mundo, só pra ti, no teu universo e se afogará com o tempo na indecisão de se expressar ou não ou na comodidade de "quem sabe um dia". E pode ser que perca o momento certo, quando há o sentimento inocente e novo, platônico que ignora defeitos notáveis, quando é paixão ainda. Esse receio corrói e destrói histórias que ficaram no quase ou apenas projetada em detalhes na mente de quem sentia amor, mas não sentia coragem.
Quantas vezes nos apaixonamos por quem mal falamos ou quem nunca tocamos? Amores ditos virtuais, totalmente impalpáveis, mas em palavras reais por corações solitários, talvez sangrando por um outro amor que se foi e não deixou explicação do porque.
E encontramos pessoas por aí, cada qual com diferentes histórias, mas que ao mesmo tempo são tão parecidas. Em todas o enredo de decepção, descrição da primeira sensação de amar que lhes foi arrancada. Resta o frio. O coração nunca mais é o mesmo. É irreversível as batidas em maior frequência quando quem gostamos se aproxima fisicamente ou mesmo em delírios. E nos esforçamos em esquecer como era sentir isso, mas o coração já não bate como antes. Nos jogamos de novo em encontros e desencontros tentando reproduzir essa sensação em outros corpos como nós, em vão, aumentando cada vez mais a sensação de que nada será nem parecido.
Indecisos, nos lançamos e caminhamos na multidão de prazeres apressados, físicos sem necessidade de compromisso como animais irracionais só por desejos instintivos, mas mentiria em dizer que isso seja ruim. De vez em quando detalhes diferentes reacendem esperanças ilusórias. Tentamos mais uma vez, e possa ser que agora vai, e se não for a mágoa vem e derruba, mas com menos força, na intensidade de sempre. É pior quando é nossa primeira vez. Sempre há o dia em que voltará pra casa chorando e não dormirá pensando, afinal, "não dizem que é bom esse amor, que é bom amar?" Esse impacto nos acorda ao que é o mundo e a sociedade que nem entederemos onde foi parar o tal amor. Podemos nos questionar disso, antes de sermos programados e robotizados ao cotidiano da vida chamada moderna. Aí não teremos tempo pra pensar em nada que não possam ser trocado por dinheiro, um dinheiro que nem existe.
Um amor de verdade será sempre amor, até mesmo quando o último ar de vida se for ele será enterrado com quem sentiu. O amor não te pertence se deres a alguém. Tua parte do coração que pulsa por outro é dele, se aceitar. Isso é a eternidade de que nunca acreditamos pela certeza de que aqui tudo passa, e tudo acaba. Se por acaso se foi, se o coração se enganou foi paixão, foi atração, carinho, não era amor em sua essência. No começo há confusão, a semelhança torna isso possível, mas a cada dia se ele acordar conosco vamos entender que não importa se são anos, não é importante com quem estamos, e essa pessoa possa realmente nos fazer bem e sermos felizes, mas em um canto escuro, congelado e trancado e proibido até nosso próprio acesso, ficam os restos e as lembranças de quando sentimos beleza até nas coisas feias porque nada importava e tudo era completamente ignorável ao ser comparado ao que sentimos ao estar com alguém que amamos.
Eu escrevo isso e finjo que acredito. Eu escrevo isso e choro por dentro. Eu escrevo isso e eu o amo mais ainda. Por não entender o motivo de mais nada, insisto. Por não saber na verdade o que me espera, eu quero. Por não saber se realmente um dia houve sentimentos, e eu o amo.
Escrevo tentando adivinhar o sofrimento futuro e até mesmo, escrevo para tentar encontrar alguma coisa atrás-de-outra-coisa. E é com essa magia de mistério que me faz querer continuar.
Por mais que eu queira demonstrar alguém forte, acabo mostrando a minha verdadeira personalidade. Olho para o pôr-do-sol lá fora e peço renovação. Não agüento mais a mesma coisa de sempre. Não agüento mais falar em silêncio, chorar em silêncio e até mesmo, amar em silêncio, pensar em silêncio. Só consigo falar pausadamente, só consigo falar sobre as dores que não sei nem ao menos se existem realmente
..não sou poeta e nem sou filho de profeta....escrevo as coisas como realmente é...e levo a vida num pedaço de papel...pedindo a Deus inspirações vindas do céu...
MINHA INSPIRAÇÃO
Escrevo...
Com o âmago do meu abandono
A entrega da tua lembrança.
Em cada verso, em cada jogo de palavras,
Entôo preces ao teu louvor.
Esquecendo-me quem de fato, sou!
Esqueço da minha realidade
Para pensar somente em ti
E em tua esplendorosa santidade.
Transmuto-me no mais puro lirismo abstrato
Condensando-me nas letras, no papel, nas rimas,
Esquecendo-me lentamente, adoravelmente,
De mim mesma...
Não briga por eu te mandar as "besteiras que escrevo'... È que só em saber que vc as ler parece que as" besteiras que escrevo "deixa de ser " besteiras" e passar a ser " verdades ditas por uma menina compreendida por um anjo"...
Até Sempre...
Escrevo com meus espelhos ao redor de mim mesmo. Assim, é possível sentir algo parecido com o que os outros sentem ao ler o que escrevo.
Duvidas que és para tu que escrevo com veemência? Não percebes em meus olhos quanta eloquência?
Sua insegurança, ende, é forte
mas serei seu suporte
te darei proteção
não temas, sabei
segura na minha mão!
Tudo que escrevo tem um destino certo, liberto
Feito por elaboração, da intuição
É que depois que escrevo, esqueço
Permanece apenas a emoção, no coração
ou será que na mente? (Depende!)
Não adianta olhar
e tentar decifrar
o que escrevo em versos
É que só vai encantar e euforizar
o destino, à quem me expresso.
Hoje estou cansado
bem pouco inspirado
pra rimas montar
É que poeta não sou
só escrevo com amor
pensando em você
Agora vou descansar
quem sabe sonhar
em um poeta ser
E quando acordar
vou enfim recitar
e frases tecer.
Em tudo que escrevo
verdades existem
por poeta vou passando
sem ter diretrizes
Por aqui vou expressando
com um único alanco
viver de amores
não morrer como santo.
Simples assim.
Eu escrevo contente
Muito contente
Um poema
Pode ser pequeno
Pode ser grande
Ser de qualquer tamanho
Ser de saudade
Ser de amor
De paixão
De amizade
De sonhos
De qualquer sentimento
Eu escrevo contente
Um simples poema.
Lucia 18/11/07
Escrevo teu nome na areia
a onda vem e leva...
escrevo a tua frase preferida
a sua música
o seu desenho
a onda vem e leva...
entro no mar, mergulho
canto para você
penso em você
limpo a minha alma
te sinto perto de mim
aqui; me sinto realizada
estou com você agora
não estarei por todo tempo
mas momentos felizes
guardamos para toda vida
e não tem onda
que possa levar
Perguntaram-me uma vez: “por que escreves, se ninguém a ler?”. Digo, não escrevo para ser lida, assim como a flor que brota no campo não desabrochou para ser posta em um vaso numa sala qualquer. Escrevo em nome do meu vício, que precisa sempre de uma overdose de palavras para não perder o controle. Minhas palavras são destinadas a mim, pois elas sempre são sobre mim. E mesmo se eu escrever sobre vós, ainda não será a ti que escrevi. Escrevo para me firmar, para sentir e para viver. E se nunca leu o que escrevo, como sabes que o faço? Então não digas novamente que ninguém ler, pois você leu.
E agora, tentando te esquecer, não sei mais nem o que eu escrevo, você era o motivo de tudo acontecer ... agora eu sou o motivo para tudo desabar.
