Escrever
Acho necessário que a literatura seja poética. Pela formulação poética tento fazer com que o texto seja menos artificial, reflita a vida. Tento fazer com que as frases contenham mais do que as palavras que estão ali. É o que me motiva a escrever. O que quero contar sei de imediato. A questão é como contar.
Se escrevo romances é porque só através deles é possível dizer certas coisas que estão recalcadas. O romance desvela a realidade, põe a injustiça a nu, possibilitando a identificação e eternizando o universo que ele cria.
Um bom texto não é para ser especulado. O que faz um texto se diferenciar de bom ou ruim são as emoções que ele desperta. Escritores e pseudo escritores que escrevem por paixão são sempre postos contra a parede pelo que escrevem. Embora a leitura hoje em dia, seja bastante democrática alguns leitores deveriam ser “privados” de algumas palavras simplesmente por não terem maturidade suficiente para digeri-las. Antoine de Saint Exupéry em seu livro: O pequeno príncipe, já falava a respeito dessa falta de maturidade intelectual que alguns adultos costumam ter para as artes. Ele sabiamente começa seu livro relatando a história de um aviador que quando criança sonhava em seguir carreira como desenhista ou pintor, mas, fora desencorajado por comentários mesquinhos de pessoas grandes que ao invés de incentiva-lo, diziam que seu dom não seria bom o suficiente para ser mostrado. Não entendiam seus desenhos e por isso se sentiam aptos a julga-lo como alguém sem talento para as artes. O que as pessoas por vezes não entendem é que a pequenez não está nos outros, mas, nelas mesmas. Um quadro de Picasso não é simplesmente um monte de figuras geométricas como alguns dizem por aí. Assim como, Romeu e Julieta não eram apenas um casal apaixonado que teve seu amor interrompido precocemente. E a cada traço na pintura, em cada combinação de cor, em cada elemento colocado e até mesmo na falta deles existe algo a ser comunicado. Na literatura por sua vez é do mesmo jeito. Se quisessem ser objetivos os autores usariam a linguagem presente nas bulas de remédios e por certo o mundo seria muito mais chato. Cada palavra usada ou omitida, a construção de cada frase e principalmente cada personagem não são meros frutos do acaso e existem por algum motivo sejam eles quais forem. Na literatura assim como nas artes visuais o abstrativismo se faz presente e demanda muitas vezes uma sutileza para a interpretação dos textos propostos. A variedade de assuntos que podem ser abordados em um texto é infinito uma vez que se compreende a mesma extensão que apresenta a mente humana. Autores tem assim a liberdade de criação para dissertarem a respeito do que quiserem e da forma que lhes convierem.
Silêncio é estado de quem se cala ou se abstém de falar, privação, voluntária ou não, de falar, de publicar, de escrever, de pronunciar qualquer palavra ou som, de manifestar os próprios pensamentos. Quem bem me conhece sabe que sempre fui de interagir completamente e tagarela, mas quando algo não me contempla, não assimilo ou não concordo, seja lá qual o motivo, me calo. Tenho encontrado no ato de escrever uma forma de me comunicar, por isso escrevo, me faz bem, mas sem falar ou ministrar as palavras, prefiro não me ater ao convencimento, que por muitas vezes não será aceito. Para que? Fazer confusão sem merecer. Nessas horas, na maioria das vezes o silêncio diz mais, muito mais.
... E, não é filosofia de boteco de beira de estrada, aquele, por qual passamos diariamente, sendo-nos impossível não darmos uma paradinha depois de um dia estafante, para sairmos um pouco de dentro de nós, e repetirmos coisas que todo mundo sabe que não funciona, mas, puxa! Elas vêm embaladas em papel tão bonito, que torna impossível não crermos! Coisas do tipo: Acredito ainda na humanidade, sei que não estamos totalmente perdidos. Sei que o Bem vence o Mal em larga escala, só está espalhado... O Bem não sabe a força que tem... Porque ainda não a experimentou em conjunto...
Cansada de ver como predomina a intolerância no mundo! Agimos como se estivéssemos livres de qualquer impureza; como se fosse impossível encabeçarmos a lista da imperfeição...
Mesmo que a humanidade não mereça mais crédito algum, continuar acreditando é a melhor direção que podemos dar à nossa vida...
Tenho de tirar de minha cabeça tudo o que ela puder dar ao mundo, porque sou agradecido a este mundo e não posso perder um único minuto em minha vida. Sou feliz e gostaria de dividir minha alegria com todos os que se dispuserem a me ler.
A leitura assim como a ficção também vislumbra coisas futuras, no entanto a leitura se sobressai pois não existe tecnologia mais simples e ao mesmo tempo tão extraordinariamente futura quanto um livro, pois ali pensamentos foram criados por meio de impulsos elétricos movidos por uma personalidade moldada nas experiências da vida e de forma simples foi transferida para uma folha e transformado em tinta e precisou apenas de uma caneta e papel. Seja futurístico, leia e escreva!
Nada é eterno; nada dura para sempre. Não devemos pensar que, porque em alguns momentos as coisas boas se nos apresentam em abundância, um dia elas não irão nos fazer falta. Nesse dia, não quero estar em outra pele que não seja a minha, porque doei o que me era possível... E isso conforta? Não, não conforta; sei disso, porque o vazio permanece independente de qualquer plenitude...
Sobre os excessos que cometemos, podemos dizer que, a alma, esquecida da sabedoria que trouxe consigo deixou-se levar pelas coisas mundanas. Largou o discernimento jogado a um canto e saiu tentando compensar alguma falta que pensava ter... Daí os excessos!
Acorde e escreva. Não importa o que seja, apenas escreva o que vier à mente. Não se force a fazer isso, só deixe as palavras fluírem. À medida que pensar, registre suas palavras.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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