Era
"porque não me esforcei mais, ela era tudo o que eu queria"
eu sei, eu sei que vou falar essa mesma frase daqui alguns anos.
Os sete anões eram felizes porque cuidavam da vida deles, a rainha má era infeliz porque se preocupava com a vida dos outros.
Qual a cor
Adão era Negro.
Eva branca.
O fruto amarelo.
A serpente vermelha.
A arvore parda.
A terra índio.
Qual a cor da geração?
O pecado tá misturado?
Uma raça de bênção e outra maldição?
Qual a cor da lei.
Qual a cor de Moisés e Abraão.
A cruz é transparente?
Qual a cor do perdão?
Qual a cor da ciência tecnológica?
Qual a cor da religião?
Sete é verde esperança?
Qual a cor de cada geração?
A vida moderna escarlate ardente.
A cor laranja predominante entre a gente.
Qual a cor do engano, dos olhos invisíveis que vigia o presente.
Quem são, qual o tom do coração daqueles inocentes.
Deus tem cor, ou é um coral, um arco iris que sinaliza?
A cor suja, a natureza desumana que viraliza?
Qual a cor artificial.
Que ofusca o natural, um a opaca cinza.
Afinal, porque o sangue nobre dos imperadores e reis é azul.
Tanto sangue vermelho derramado de Norte e Sul.
Tanta cor.
E o amor.
Dizem ser galego ou negro aquecido pelo calor.
Kkkkkkkkk
Já sabem a cor da fé.
A cor do primeiro cão.
Sem conto que cor é.
Giovane Silva Santos
Era para continuar...
ter lutado, ser maior, mas as notas do destino
é tênue e frágil ao coração.Adeus!
frívola, vaidosa e passageira;
Eis aí, a beleza do existir.
Adeus!
A luz da noite, Era teus olhos
Sem flores, sem luz no poste
Sempre contando com o amor
E não com a sorte
Leal, firme e forte
Foi lembrando de tu que fiz esse corri
LAGOAS SECAS
Urandi era rico em água,
com fortes nascentes;
lagoas transbordando,
tinha grandes enchentes.
Elas todas secaram
causando impactos;
onde viviam os peixes,
hoje nascem cactos.
Tinha muito peixe,
também jacaré;
onde andava de canoa,
hoje andam a pé.
A lagoa da Capa
era de árvores ornada,
virou um deserto
e foi toda aterrada.
A lagoa da Tiririca
não foi diferente,
era grande e profunda,
lembrada por muita gente.
Drenar a lagoa Grande
foi um desastre ambiental,
causando aos quilombolas
e à natureza um grande mal.
A lagoa do Departamento
era lagoa artificial;
hoje tem Estreito e Cova de Mandioca,
mas não compensa a que era natural.
VILLA URANDY
Saudoso era o tempo
do pequeno arraial,
com casarões e sobrados
no estilo colonial.
A praça era um largo
de terra arenosa e grama.
Só tinha um tamarindeiro,
quando chovia só virava lama.
As ruas eram poucas,
pareciam mais com vielas.
As pontes de madeira
pareciam mais com pinguelas.
As casas coladas nas outras
eram de influência portuguesa.
A pobreza morava no casebre;
os casarões eram da classe burguesa.
Pegavam água no rio
com lata ou com pote;
buscavam lenha no mato
e enchia de água o corote.
URANDI-PIONEIRO EM EDUCAÇÃO
Estudar antigamente
era uma dificuldade;
não tinha ensino público
e professor era raridade.
Quem tinha condição
contratava professor
pra ensinar dentro de casa
e ainda pagava baixo valor.
A mulher urandiense
foi vítima do machismo.
Escola era só pra homem;
mulher aprendia catecismo.
Quando surgiu escola pública,
a mulher teve inclusão;
estudando na mesma escola,
mas mantinha a separação.
Quando criaram o Ginásio
foi uma grande revolução.
Urandi foi pioneiro
nesse nível de educação.
Era escola particular,
continuava elitista.
Pouca gente estudava,
mas era uma conquista.
A cantina de D. Edith e Anita
vale muito a pena lembrar,
mas D. Odília, Edson e Edi
também não pode apagar.
O acesso à educação básica
foi no fim do século passado.
Agora todo mundo estuda,
só basta estar interessado.
Urandi tem filho famoso,
tem muito filho graduado.
São frutos que colhemos
com nosso ensino ofertado.
O TOMBO DA IGREJA
A Igreja Matriz de Urandi
era uma obra muito antiga.
Era o marco da fundação,
mas pra isso ninguém liga.
Se falasse em tombamento,
você comprava muita briga.
A igreja era peculiar,
valia a pena manter.
A torre era no fundo,
tinha uma data pra ler.
Era a marca da fundação,
mas ninguém queria saber.
Ela sofreu muitos ataques,
desde quando era capela.
Derrubaram até o coro
e o sino ficava na janela.
Arrancaram todas as lápides
de quem foi sepultado nela.
A cidade quebrava o silêncio
no tempo que tocava o sino,
mas há muito tempo ele calou;
já era o começo do seu destino.
Nossa praça também alegrava
quando Dona Zelita tocava violino.
Nem o Cristo Redentor escapou,
teve que procurar outro lugar.
A esplanada invadiu a praça,
dificultando carro estacionar.
Fez um mercado debaixo do Cristo,
com barracas servindo de altar.
O altar era uma relíquia,
no Brasil não tinha igual.
Do tempo da colonização,
tinha o brasão de Portugal.
Era o nosso mais valioso
patrimônio material.
Tinha lustres, confessionário
e nichos de madeira entalhada.
Tudo precisava ser preservado,
mas era preciso ser tombada.
Como não quiseram fazer isso,
preferiram que fosse derrubada.
ADEUS AO MISTO
O trem chegou a Urandi,
Fazendo grande revolução;
Era a Segunda Guerra
E a cidade viveu a explosão.
A cidade viu o progresso,
Muita gente casou aqui;
Deixou grande legado
Ou radicaram em Urandi.
A estação do trem
Era muito peculiar;
Ficou longe da cidade,
Era difícil pra acessar.
A estação era bonita,
Valia a pena preservar.
Tinha um curral de trilho
Para o gado embarcar.
Muita gente trabalhou lá:
Abelardo, Antenor, Valtinho.
Recebia muita mercadoria
E tinha produto pra exportar.
De Urandi levava minério,
Mamona, ovo e frango.
Trazia cimento, sal e grãos.
O misto lotava de candango.
O trem de passageiro
Fez história no nosso lugar.
Começou com maria fumaça,
Depois veio o misto até acabar.
Ele descia pra Minas na sexta,
Dia de sábado ele retornava.
Vendia muita coisa no trem
Porque a parada demorava.
Era um transporte barato,
Favorecia muito a pobreza.
Fernando Henrique acabou,
Dando adeus essa riqueza.
PARALELEPÍPEDOS
Urandi era conhecida
pelo seu clima agradável;
com sua brisa incessante
e com um título inegável
de ser uma cidade verde,
mas hoje é contestável.
Foi a cidade do Brasil
onde o verde encolheu;
cortou tanta árvore,
que o clima adoeceu
e não plantou nenhuma,
onde o crime ocorreu.
O vestígio é encontrado
em toda rua da cidade.
Onde havia sombra,
hoje tem claridade.
Os tocos são as provas
da irresponsabilidade.
O calçamento era de pedra,
como tudo começou.
Dava um aspecto bucólico
de cidade do interior.
Deixava o clima ameno;
agora o calor aumentou.
Com ideias modernistas,
trouxe asfalto e jogou.
Com esse tapete preto
a temperatura aumentou;
sem ter mais infiltração
a cidade toda inundou.
Em nome do progresso
tanta coisa que acabou.
Surgiu o verde do semáforo,
mas o verde da árvore cortou.
O tapete preto serve de luto,
porque o calçamento o enterrou.
Era vez uma menina linda que morava no meu coração. Ela só me trouxe ilusão. Disse que ia me dar a chance de tocar seu coração, mas nunca realmente deixou passar de uma distração. Ainda estou aqui vivendo de emoção esperando o grande dia de pedir a sua mão.
Ela era forte superou tanto
Ela sorria a qualquer custo ou sem custo algum
E um dia a tristeza bateu em sua porta e disse posso entrar?
E ela sem conseguir respondeu!: É como superei ?fui traída, subestimada,humilhada,abandonada
Pois é tristeza você tem motivo pra estar aqui.
E daquele dia em diante ela foi tristeza
Foi lágrimas constantes,ansiedade e depressão
Não sabia sorrir esqueceu será?
Afastou quem queria ama-lá
E ela foi tristeza de novo
E la a tristeza fazendo morada
Aí um dia ela olhou pra tristeza e disse É hora de ir
A trizteza confusa disse por quê?
E eu respondi:No coração que só aprendeu amar não tem mais espaço pra chorar eu vou recomeçar
Na era da tecnologia os conflito de convivência são definidos pela tecla do delete, e o deleite financeiro nos normatiza em escolher nossos necessários familiares.
Era final de tarde, havia terminado o ensaio e sentei pra ver o por do sol.
Estava com um vestido curto, uma jaqueta e meus pés estavam sujos de areia. Vinha um vento frio devagarinho.
Olhava o céu, olhava a luz refletindo na água. Brilhando.
Uma luz de sonhos, de calma.
Coragem, pois o coração cansa, levanta e persiste.
O tom de azul lembrava os carros antigos. Era uma caminhonete bem conservada e os vidros estavam um pouco embaçados.
Olhei no relógio. Como as horas passaram rápido!
Os olhos estavam atentos, enquanto sentia a luz do sol, refletindo no rosto. Cheiro doce de pera e um pequeno bombom no bolso da jaqueta.
Sim, o por do sol está próximo e radiante...
Já estavam recolhendo os cavalos.
Acho que está esfriando um pouco.
Juntei as havaianas, juntei os sonhos, juntei as vontades e coloquei em uma bolsa.
Coragem, está logo ali.
Retalhos lesados
Era uma vez uma mulher sozinha.
Fechada em sua agonia ela escrevia.
Histórias de amor e fantasia,
e coisas que jamais vivia.
Um dia,percebeu que o tempo escorria
e resolveu se apaixonar.
Mas,em tudo e todos,punha defeito
sua alma não tinha mais jeito
machucada e com defeito.
Quando se apaixonava fugia
e o amor que queria ficava somente
nas páginas que riscava
linhas descaradas do ser complexo
que se tornara.
Mas dentro do peito sangrava
Sua vida era colcha de retalhos lesados
que ela tecia
Com fios de poesia costurados
sua alma era doente e ela nem sabia ...
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