Era
Enquanto eu dormia, vocês esqueciam de como era possível viver. Hoje eu luto no intuito de fazê-los acordar dos pesadelos.
Pois é claro que não é a anjos que ele ajuda, mas aos descendentes de Abraão.
Por essa razão era necessário que ele se tornasse semelhante a seus irmãos em todos os aspectos, para se tornar sumo sacerdote misericordioso e fiel com relação a Deus e fazer propiciação pelos pecados do povo.
Porque, tendo em vista o que ele mesmo sofreu quando tentado, ele é capaz de socorrer aqueles que também estão sendo tentados.
Vou para o caminho errado,ver se lá encontro alguém certo,porque esse que eu achava que era certo,só tem gente errada achando que é o tal!
Quando me dei conta da onde eu saí e do que abri mão.
Percebi o quanto era soberbo, arrogante e infeliz.
Ano Novo
Minha alma é antiga.
Do tempo em que virada de ano era mais esperança
e menos expectativa...
A fortaleza já existia, mas eu era muito ingênua, acreditava em qualquer conversa fiada. Tem que ser forte para ser boba
Era uma vez um papagaio...
Os papagaios estão entre os poucos animais que conseguem imitar de forma espontânea, seres de outras espécies. E o lorinho fazia isso bem e alto como se fosse o Pavarotti da Vila Torquato, mas exatamente hoje, antes do sol sair, ele se foi no primeiro raio de sol dessa manhã. Hoje, ele não acordou os pássaros no seu cotidiano, e desde ontem, ensaiava sua entrada no céu do Vô e da Vó que ele amou tanto. , Se despediu do Seu Silvino em quem ele confiava e o qual dedicava aqui na terra seus afagos e carinhos. Tinha até irmãos, primos humanos q ele chamava nominalmente pelos nomes, se repetindo como uma cantaria, engatava a primeira e não tinha hora pra parar Sônia, Leda, Danilo, Catarina, Silvino etc,... Ele encarava alguns amigos, abrindo suas asas, encarando quem ele não sentia vamos chamar de afinidade, atração plumácea.
Ele ontem estava se preparando pra dar seu último voo...
Suas asas verdes brilhantes, enormes abertas pro banho de chuva: ele adorava água, chuva e brincava com as palavras como quem brinca com bola. Só que as bolas se gastam de tanto brincar, já as palavras não. Quanto mais se brinca com elas, mais novas ficam. Loirinho, você chegou filhote, sem pena, não sabia nem comer, era só um filhote de papagaio, pequeno e já tão sábio, pq conquistou quem deveria. Suas penas camuflavam a sua solidão papagaia, vivia solto, apesar do endereço residencial ser gaiola primeiro andar. Vivia ali dentro, solitário… até que chegou a Dona Maritaca que logo botou pra correr. “_Esta área é minha, tá pensando o quê?” Pensou ele, o nosso papagaio falante, papagaio Pavarotti cantor se foi, voou pro céu, deve está pedindo café pra Vó, que ele tanto amou na terra, pq qdo eles amam é pra sempre. Até depois Lorinho, fica aí bonitinho, nesta sua Amazônia celestial, faz seu ninho no céu, fica pq agora é pra sempre. Aqui restam as fotografias de tanto anos, pq foram muitos… desde a infância, adolescência, que não é fácil, até sua vida adulta. Não quis esperar a velhice...saiu de cena, deixando saudades...
NP
Recordações daquele tempo.
Era uma vez...
Era uma rua no centro da cidade, no Ponto Cem Réis, perto da Bodega do seu Aluísio e seu Antônio, perto da Feira Central, da escola Solon de Lucena, do colégio Anitta Cabral, dos empregos…pq pra chegar em qq lugar era só uma caminhada. Nos domingos a Maciel Pinheiro era a rua Augusta de Campina Grande, conhecida como a princesinha da Paraíba, onde íamos desfilar com as amigas ...
A rua Redentor, era sem saída, no final da rua tinha Árvores de Eucalipto gigantescas fechando a rua, era um conjunto de casinhas conjugadas e coloridas, com porta e janela, geralmente com uma árvore na frente da casa, um cachorro chamado "Relte" na estrada deitado na calçada, e minhas memórias, minhas lembranças espalhadas, despejadas nas calçadas e ruas do Alto Branco, ruas de paralepipedos...
Nas casas as cercas de arame farpado que dividiam os quintais no início da rua, tinham muitas serventias, na rua crianças correndo, brincavam sem se importar com a hora, ou medo do bicho papão, crianças de pés nos chão.
O ato de estender roupas tem todo um ritual, assim como Michelângelo/Mozart, é uma obra de arte aberta, as roupas de brim, vestidos de chita, as anáguas da minha mãe e umas peças surradas de algodão, gabardine ou casimira, lençóis toalhas a voarem leves e suaves com o vento, criando imagens e símbolos, afinal éramos nove, na conta fechada 'onze', em uma casa de três quartos, duas salas e uma cozinha com panelas penduradas no suporte de alumínio, reluziam, brilhavam sem marcas ou manchas.
Todas as peças lavadas com sabão deueuela sebo e soda. Não existia sabão glicerinado nas minhas memórias afetivas. As lavadeiras de roupas, que passavam pra lavar roupas no rio, com trouxas de roupas na cabeça, nos remetia as antigas escravas, imortalizadas pelo Cândido Portinari. Ali se via a alma daqueles mulheres de pés no chão. As roupas estendidas em dias de sol, depois de quaradas nas bacias de alumínio, cintilantes, como os olhos marrons da minha mãe, seu rosto era emoldurado por cabelos ondulados, presos na nuca, traços fortes, bem marcados e inesquecíveis.
A minha irmã usava anáguas e combinação, como a minha mãe, as duas tinham muitas sintonia, qse espiritual.
As camisas e calças de linho de meu pai eram lavadas à parte. Calças de linho branco...imagine o desespero passar linho branco em um ferro de brasa.
Naquele varal, o que se via era uma obra de arte a céu aberto, o vento brincava com as peças, cuidadosamente presas em pegadores de madeiras. Como tinha poesia naqueles varais e nas cercas de arame farpado, envolvendo as casas, com plantas de cerca vida, dos avelós.
Minhas costas e pernas marcadas pelos arranhões para fugir para outros quintais, atrás de passarinhos, lagartixas, ou correr no canal que passava ao lado, a diversão era certa, caçar girino e atravessar o canal correndo, pagava os castigos maternos pela desobediência até pq não éramos "moleques de ruas", éramos sim, uma molecada feliz.
Debaixo dessas arapucas é que morava minha alegria, sorrisos despreocupadados, bola de gude, peões e brincadeira de se esconder, ou guerra coletiva entre corridas, rostos e cabelos sorridentes, com ataques de jurubeba, livros, revistas em quadrinhos, música, tudo estava em ebulição...
Quantos voos interrompidos para os sonhos do menino-alado, meu irmão mais velho fazia engenharia, o segundo na escala familiar, queria ir para as Agulhas Negras, mas não passou na seleção, fez medicina. Minha irmã passou em Química, mas se transferiu pra Odontologia. E assim, foi-se criando a cultura da profissionalização técnica de qualidade. Já não era segredo, dizer tanto de todos, dito: não conto nada além, como tem que ser. Aquele homem virtuoso, alto, magro, conversa franca, chapéu na cabeça , terno de linho branco- me permita sorrir pras suas lembranças amáveis.
A cidade é intrigante, fica numa serra: é quente, é fria. Polo intelectual importador e exportador, internacionalmente conhecido e respeitado.
Em tempo de chuva, as bicas das casas se prestavam às virtudes das águas, tecendo grinaldas transparentes e abundantes, era uma folia mágica.
O pecado não existia, nunca esteve naqueles olhos infantil, a espiar o mundo, tomando banho de bica, a "Redentor Trinta" era um mundo, que aos poucos foi diminuindo… qdo a gente cresce o mundo se apequena. As lembranças vivem guardadas, em minhas memórias afetivas, elas têm cheiro, cor e vive nos temperos da minha mãe, xaropes/lambedores de muçambê, colhidas no mato verde, curava de gripe a alergias pesadas, manipulados pela mãos daquela mulher serena e forte. Os cheiros, a essência, os costumes da minha casa, ainda posso ver e ouvir, os murmúrios, dos almoços aos domingos após a Igreja Congregacional da Treze de Maio, a ida a casa da Tia Maria, do Tio João, tinha até avó, por um tempo, em casa a mesa posta, feijão verde, arroz, salada verde, legumes, lasanha, frango assado, carne, bifes, mocotó, fígado bifado acebolado, temperados com ervas frescas, frutas da época, doces, bolos, pavê, com família reunida e amigos, era só chegar, em um tempo onde se comia um, comiam dez.
Um universo enorme de recordações, a minha rua tem memória, a minha casa tem imagens, os móveis tem lugar, as recordações vivem para além do esquecimento da morte...
Nina Pilar
Hoje eu tenho consciência de que não sou um cara legal, eu pensava que ter prudência era ser genial, mas a verdade é que para viver é preciso se aventurar.
As vezes me desprendo das redes pra lembrar que a vida vai além. Retorno ao que era, necessito do erro pra lembrar das minhas fraquezas, construí fortalezas que prendem meus sentimentos, procuro em argumentos recuperar o que foi com o vento, me livro do tormento de viver pelo sentimento. A vida é jogo, ganha quem entende e está posicionado a frente, mente livre ê aquela que brilha, raciocínio retilíneo, metafísico, respiração transcendental, abolição espiritual, vida cotidiana prisão do astral,vivência de uma vida no mundo carnal, momento bibividos aonde vivência não passa de de lembranças, esperança na vida igual criança, todas as memórias se apagam, momentos se interrogam, vida que se renova, o tempo no mundo é curto e profundo, vivências do reino absoluto.
Hoje tudo que eu queria era teu abraço!
Deitar-se em teu colo,
E aconchegar em teus braços,
Te fazer um carinho e cafuné.
QUEM NÃO QUER!
Era só um abraço..
Era só um amasso...
Era só um carinho..
E acabou virando amor pra vida inteira...
Eu e minha solidão desenfreada.. eu e meu apego desesperado...
Eu e meus sentimentos bandidos ... atropelaram tudo né...agora aguentem!!!
"Em plena era do Consumismo, quase tudo é feito para não durar muito! Tudo é frágil, sensível, racionado e finito... inclusive o amor." (16/12/22)
Me parecia que minha vida não era diferente da de qualquer outra pessoa. Éramos como peixes sendo educados em grupos, inconscientes da água e indiferentes a qualquer coisa fora de nossas próprias cabeças egoístas.
Servi dois copos de margarita, era um brinde com a tristeza. Fizemos um trato, nunca mais que iria doar meu coração. Me arrependi depois do ato de apertar as mãos. Ela me disse: - Eu até cuspi para selar o acordo! Dei de costas. Seria injusto deixar de pregar amor por apenas nove disparo de uma arma, ou melhor, alma vazia.
Era tarde demais pra voltar atrás, e pouco tempo me restava, eu a deixei ir mesmo sabendo que era ela quem eu realmente amava.
Cansei de ter que me explicar. Tive momentos em que sonhar era minha única fuga, me senti como uma bola de sinuca prestes a ser encaçapada; sorriso em um olhar que me permitia viver; foi na escrita
que comecei a me conhecer, no invisível se encontra a identidade do ser; conselhos de um amigo que se preocupa comigo, lembretes de uma mente que tem se esquecido, viagens as quais nunca teria vivido. Me preocupo comigo quando me preocupo contigo, quando me preocupo com tudo; o todo que me insere em realidade emprestada. Se sou o dono do mundo me tiraram esse direito. Recebi um aviso de dentro do peito, me aceito como um infeliz que responde aos outros que está tudo bem.
AO COMEÇO DE TUDO
Eu era apenas uma menina
Inocente, doce e carente.
Carente pelo carinho que nunca recebi
A vida começou a brincar,
A me julgar, a me condenar
A aquilo que nunca imaginei
Nem sonhei, nunca quis, mas sempre desejei.
A vida foi dificultando meu caminho
Colocando pedras ou até mesmo espinhos
A vida me derrubou e me fez
Sentir a areia que poucas crianças pisou
O pecado às vezes era meu amparo
Não sabia as consequências desse doce amargo
E agora me peguei pensando no passado
Que deixou nada menos ou nada mais
que um coração despedaçado
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