Época
Mal cheguei neste mundo e já percebo que nasci na época errada. Queria ter nascido na geração do meu pai!
Meu pai jogava pião e ainda rodando o jogava na mão. Ele brincava no chão, do dedo do pé saía o tampão. Tinha chuva, tinha alegria e tinha emoção.
O pique se esconde era demorado e divertido...era a distância, eles se escondiam tão longe que quem estava procurando, as vezes pegava carona nos ônibus.
Quando a noite caía e eles já em suas casas prontos para o repouso obrigatório, eis que, inesperadamente, a luz se faltava. E com os olhos cheios de brilho, corriam para capturar os vagalumes da rua.
Nas férias soltavam pipas, e eram eles mesmos que produziam, com plásticos e jornais...arroz ou macarrão para a colagem.
A melhor parte ainda estava por vir, a hora do futebol. Golzinho de praia, um toque, mata e cascudinho. Queria ter nascido na geração do meu pai!
Meu pai até tenta fazer essas brincadeiras comigo, até o agradeço. Mas, eu queria ter os amigos que ele teve. Como não foi possível tê-los, tento fazer com que os meus amigos brinquem comigo. Mas eles não querem brincar como meu pai brincava. Optaram por jogos eletrônicos em vez de um bom futebol na chuva. Optaram por amigos imaginários em vez de mim.
Queria ter nascido na geração do meu pai!
Houve uma época que acreditei 
No amor para toda vida 
Na canção de ninar 
No colo que ganhava 
Confiei que o mundo era bom 
Onde todos eram iguais 
Que meu par de chinelos 
Seria o mesmo que o seu 
Andaríamos de mãos dadas 
Juntos o mundo seria de todos
Mas acordei de um sonho 
Sonho roubado
Uma fantasia que não pode ser 
Desfeitos num andar 
De amadurecimento 
Cresci 
Entendi que o belo adormeceu 
Que tempestades aparecem 
A todo momento 
Querem-te levar 
Levam minha esperança 
Minha ilusão
É 10 tarefa de melancia doidcha vea
Era época de fartura no sertão da Bahia, o recém inaugurado Perímetro de Irrigação de Mirorós em Ibipeba trazia ar de esperança aos sertanejos e a melancia era a fruta da vez. Enquanto irrigada, era grande, doce e o melhor, tinha preço bom.
É nessa condição que um velho trabalhador rural arrisca e investe tudo que tinha em 10 tarefas de melancia em um lote irrigado.
Começa o plantio... plantação verde que é uma beleza, os “coco de melancia” se apresentavam logo depois e o vei era só animação. E para completar, “tome subir” o preço da melancia.
Todo canto que chegava esse vei falava dessas “10 tarefa de melancia”. Alegre e satisfeito com a situação.
O tempo foi passando e o ciclo da produção foi chegando “na metade”. O plantio era uma beleza, mas o preço... a partir daí começa a despencar como umbu maduro em época de “inverno bom”.
Como dizem que “incutido é pior que doido”, o vei começa a “incucar” com a situação quando ver o preço da melancia baixar e todo canto que chegava falava como uma matraca: 
_ É 10 tarefa de melancia, é 10 tarefa... é 10 tarefa! 
A situação piorou quando o vei percebeu que a colheita das melancias não dava nem para pagar as despesas. Ai o vei endoidou de vez!
_ Ô jesus, tenha piedade de mim, é 10 tarefa jesus, é 10 tarefa de melancia.
No meio desse “muído”, com tanta “incutição”, o vei travou e num deu mais nada com sua vea. Uma impotência daquelas.
E ai o tempo foi passando e a vea foi coçando, coçando e o vei nada, nem futucar, futucava mais. Ai chegou um dia que a vea num aguentou na madrugada, futucou o vei, alisou e disse no pé do seu cangote com todo carinho.
_ Ô vei, nem uma chupadinha vei? Nem uma chupadinha?
O vei incutido, doidcho e bruto, saltou no meio da noite e respondeu.
_ Ô DOIDCHA VEA, É 10 TAREFA DOIDCHA VEA, É 10 TAREFA DE MELANCIA DOIDCHA!
CATAMORA
Amor sazonal,
Chega em qualquer época,
Enferma e demora.
Amor, se pega mais de uma vez;
O que não se pega
É catapora.
Para comemorar não precisa esperar época de festa pois viver já é uma festa quando se sabe viver. É Tempo de alegria. Tempo de Viver com alegria e sabedoria não pode ser só em datas festivas. Tem que ser todo dia.A gente sente saudade de quem se foi e não está mais entre a gente como das outras vezes mas a vida precisa continuar e antes que a cortina se feche para nós também, sejamos protagonistas e coadjuvantes do espetáculo da vida.
A mangueira
Era uma vez uma mangueira.
Essa mangueira era muito boa.
Pois em toda época de manga, ela se enchia de mangas de qualidade.
Esse pé de manga dava muita sombra. Porque era muito grande. A mangueira era muito famosa,
Pois estava localizada, em um lugar onde passavam muitas pessoas.
As crianças voltando da escola paravam para apanhar mangas. Os casais de namorados, falavam: Eu te amo, embaixo dessa mangueira.
Essa mangueira incentivou muitos namoros. Realizando alguns casamentos.
Descansou muitos corpos cansados,
Que embaixo da mangueira, deitavam.
Ficou sabendo de muitas conversas,
De muitos segredos.
Ela era um confessionário,
Era uma aliada,
Um ombro amigo.
Tinha trinta e poucos anos de idade, era experiente, Mas nunca solitária,
Pois era rodeada de pessoas, todos os dias.
Inspirava poetas e pensadores.
Que ali, debaixo de sua sombra, escreviam os seus pensamentos. Abrigavam os passarinhos, que ali faziam os seus ninhos e cantavam as suas melodias.
Ela era útil, quando era tempo de manga e também quando não era. Porque além das mangas, ela dava sombra.
E a mangueira ficava no meio de uma rua.
E decidiram asfaltar essa rua.
Para asfaltar essa rua, era necessário cortar a mangueira.
Cortaram a mangueira.
Mas não cortaram simplesmente uma mangueira! Mataram uma história.
O fracasso já foi para mim uma opção. Na mesma época em que qualquer coisa podia ser uma opção, todas elas eram razoáveis. Agora não mais. Fracasso não é opção. Não mais.
Sinto saudades de uma época em que tudo era mais simples, em que havia amigos verdadeiros, sem preocupações com falsidade. Quando enfrentamos dificuldades a vida esfrega na nossa cara quem são os verdadeiros.
E a verdade da vida é que ninguém se importa com você ou com os problemas que você está vivendo... Mas não deixe de ser você, ame de verdade, seja fiel, mesmo quando não forem com você, dê o seu melhor às pessoas, abra seu coração... Siga o seu coração, viva a vida como se não houvesse amanhã. Não espere nada de ninguém, sofra, chore, sinta.
Não me importo com o que pensam de mim, na verdade eu só quero ser feliz e viver uma vida tranquila.
Então ame de verdade, seja um amigo fiel e verdadeiro, curta cada momento bom que a vida te proporciona, porque tudo isso um dia vai acabar...
Reflexão diária 10/08 
Vivemos em uma época na qual precisamos de muita serenidade para distinguir o lícito do ilícito.
Que época mais chata! 
Os jovens não pensam mais em revolução, as canções já não emocionam nem fazem pensar, os filmes mais legais são os que retratam  histórias antigas, há um exagero de humor na TV que já perdeu a graça, no futebol um a zero é goleada e drible virou provocação, as roupas são caras e feias, os sapatos não duram muito,  pede - se nudes ao invés de se mandar flores, os grandes nomes da literatura se foram... Uma época sem definição, de uma certa insensibilidade com ar de tudo perfeito e bom.
Nossa época está perdida, mas, se recusarmos toda cumplicidade com a demissão geral das inteligências e insistirmos em continuar compreendendo com realismo implacável tudo o que acontece, por feio e monstruoso que seja, conservaremos as sementes da sanidade espiritual intactas para poderem ser replantadas numa época vindoura. Essa é a nossa única obrigação.
Naquela época tudo ficou mais claro e iluminado, as estrelas caíram aos pés dos príncipes.
@MabusEscrifans
Estamos numa época em que o bom senso não se sobrepõe por si mesmo. Ele se tornou tímido e envergonhado diante da jactância das crenças.(Walter Sasso)
Acho que nasci na época errada.
Me encanta o namoro do tempo dos meus avós, onde havia ternura, pureza, o beijo roubado, o apertar de mãos meio sem jeito.
Não existia tecnologia, a conversa era olho no olho, ou então através de bilhetes, e cartas com poesias que viravam declarações apaixonadas.
Era meu bem pra cá, minha querida pra lá, os gestos e as palavras tinham verdade e doçura.
O romantismo era bem clichê .Chegar com uma rosa nas mãos, num momento inesperado, tirava um sorriso bobo dos lábios.
O sorvete na pracinha, passear de mãos dadas, ouvir músicas cujas letras eram belíssimas, desfrutar da companhia um do outro, sem pressa, sentir no peito faltar o ar com abraço mais apertado.
Nos dias atuais o lance é visualizações, curtidas, comentários e selfies, demonstrando uma ilusória felicidade.
Deus me livre desse trem moderno, tenho um coração à moda antiga, quando ama, ama mesmo pra valer e pra sempre.
O amor é uma ilusão cuja definição sempre é modificada conforme a época de experiência do romancista.
"Existem amigos que se fazem por proximidade, outros por determinada época e existem aqueles que chegam sem esperar, em momentos difíceis, e fazem os dias cinzas como manhãs de verão. Há ainda aqueles que entram em nossa vida muito cedo e acompanham todos esses momentos e se tornam irmãos na vida, na fé e caminham juntos sempre e têm lugar cativo no coração ".
Não posso culpar os humanos de hoje por suas atitudes.
Heróis de uma época difícil, lutaram pra que deixasse o futuro fácil.
minha vida do interior!
O tempo passou, só o que não passaram foram as lembranças de uma época que, infelizmente, não volta mais.e que nem nossos filhos e nem os netos irão conhecer!
Eram tempos maravilhosos onde se tinha uma família unida!
diariamente se tinha a convivência ,as obrigações ,as brincadeiras,criança trabalhava sim,mas como nós nos divertíamos também!
Não tinha brinquedos comprados,mas tínhamos criatividade para fazer nossas bonecas de pano,de espigas de milhos,nosso fogão de barro e pauzinhos eram quase profissional! rsrsrs,
as panelas pratos copos tudo de barro,os meninos criavam suas armas de caça, estilingue,bodoque,arco e flecha!
Íamos para o meio das matas sem medo de ser feliz,enquanto cumpríamos a obrigação de pegar lenha, arrumávamos tempo para caçar,montar armadilhas para tatu,arapucas eram tantos as animais que tinha naquelas matas!
E as brincadeiras...nossa como era bão, voávamos nos cipos,e nem sabíamos que Tarzan existia!
Pulamos dos barrancos nos rios,como os melhores atletas fazem hoje!
Pescávamos de peneiras,competíamos para ver quem colhia a fruta nos galhos mais altos!
nos dias de reza a casa enchia de gente,e mais crianças para se divertir,não tínhamos roupas novas ,mas a vovó fazia remendos como ninguém,colocávamos a melhor roupa aquela que os remendos combinavam e lá íamos nós !todos faziam as pernas de pau,ou bambu e andávamos como se pernas nossas fossem!
Não podia faltar as cantiga de roda,pega pega,escode esconde,passa lencinho,essa brincadeira era só para passar as nossas mãos nas mãos do menino que sonhávamos namorar e se ele também queria ele dava uma leve apertadinha em nossas mãos,nossa... como era emocionante! rsrsrs
Eramos bichos livres ,mas sabíamos ler e respeitar os olhares repreensivos dos pais e avós nunca jamais nos atrevíamos a ficar ouvindo conversa de adultos,a não ser escondidos embaixo da grande mesa que tinha na sala! Kkkkk
e as noites maravilhosas ao lado do fogão a lenha,todos reunidos,muitos causos,queijos assados na brasa, pinguinha queimada,pipoca de milho pontudinho,rapadura com farinha de mandioca!
Meu DEUS como eramos felizes!
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