Epígrafe de Livro

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⁠Quando

Quando vai passar?
Este desvario
Esta loucura
Deste encontro
Que provocou o desencontro
De todas nossas vidas.


Quando vai passar
Esta saudade
A sede de seu tocar
A minha
Avidez
Aflição
Pela sua presença


Quando vai passar
Este desespero, a secura
Que tinge meus dias
Minhas idéias
Esconde minha ansiedade
Em te tocar
Somente com o meu olhar


Não vai passar
Vai minar
Vai marcar
Não há tempo
Vai ficar
Morando neste tempo
Em que fiquei
Louca por você.


Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury


REVELAÇÃO
Vendo você
Meus olhos
Vendem meu ser.

Inserida por paulodilima

⁠A Parte e o Todo



Ela estava nua, e com ela todas as suas cicatrizes. Estava só, e com ela todos os pensamentos que nela moravam.
Puxou a noite e sua negritude para cobrir sua nudez e bafos da madrugada para perfumar sua embriaguez de desejos e ainda continuava nua.
A noite era passageira e o silêncio que nela morava, parecia indefinidamente profundo, como um “segredo apaixonado".
Onde guardaria a caixa dos segredos apaixonados, que se debatiam, querendo sair a toda hora?
Eram apenas segredos e segredos divididos não eram mais segredos e de companhia também guardou o silencio na mesma caixa.
Guardava todos na gaveta do lado esquerdo, no alto do armário que pertencia ao quarto, onde ninguém revirava seus devaneios.
Amanhecia, anoitecia e, dentro da caixa, o segredo e o silêncio começaram a se desentender e faziam a caixa vibrar e o armário começou a reclamar que não havia paz para que continuasse ereto, firme em sua envergadura.
Ela abriu a caixa do lado esquerdo dos seus seios, tirou a paixão e a guardou junto com o silêncio e o segredo.
Eles ficaram extasiados com a sua magia!
A paixão era morna seus cabelos sedosos e suas mãos mágicas, suaves e sua boca desenhada, seu olhar era uma viagem ao desconhecido.
Por dias a caixa se acomodou. Mas, lá dentro uma guerra se anunciava: o segredo e o silêncio disputavam a paixão.
Um dia, o armário novamente reclamou. Ela o abriu e ele rangeu e pediu que olhasse a caixa dos segredos apaixonados.
Deles, soava uma música triste, partida, como se os acordes vibrassem o último Si Bemol de um final de melodia.
Pegou a caixa dos segredos apaixonados, foi até ao rio, onde as águas navegam e passam somente uma vez. Abriu a caixa e lá estavam: o segredo apaixonado partido, o silêncio irritado e inconformado e a paixão mendiga e maltrapilha.
Despejou todos no rio e viu que a paixão é descortinada e encachoeirada, o segredo partiu em confissão e o silêncio se despediu em tranqüilidade, descobrindo que a paixão não é amor, mas simplesmente o lado partido e a parcialidade.
Ela somente conhecera e se apaixonara por uma parte de um todo desconhecido.


Livro: Não Cortem Meus Cabelos
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury

⁠Sentado em meu sofá com uma xícara de café quentinho na mão, o clima agradável e uma leve garoa caindo do lado de fora de minha janela me trazendo uma paz inexplicável. Um livro na mão e o silêncio como aliado a imensidão de palavras em que mergulhei a pouco tempo. Me faz pensar se minha companhia é tão boa para mim quanto está aparentando nesse exato momento, não sou de apreciar minha própria companhia mas as vezes ela se faz tão confortável e agradável que é impossível não aproveitá-la nesses momentos. Aprendi aos poucos a me entender e entender que algumas vezes necessito de mim e apenas de mim, aprender a ser agradável a mim mesmo é uma arte que ainda não domino completamente e acho que nunca conseguirei totalmente mas a cada dia se parece ainda mais deslumbrante que eu consiga deixar meus pensamentos se sobrepor ao silêncio, meus sentimentos correrem pelo ambiente e libertar a mim mesmo da prisão da vergonha.

Inserida por NathanaelLeal

Um homem de pouca fortuna e muito conhecimento está prestes a prosperar. Um homem de muita fortuna e pouco conhecimento está prestes a desmoronar.

Inserida por marcelo_benczarski

O peso da emoção é maior, mas a razão é leve e flutua; assim ela machuca menos

Inserida por brunah_goncalves

Não escrevo livros para ganhar a vida, menos ainda para viver disso. Escrevo porque minha alma deseja disseminar uma parte de mim a quem virá depois. É quase como plantar uma semente sem a pretensão de comer do seu fruto, mas sim, pelo prazer de saber que mais adiante, outros irmãos de humanidade poderão usufruir daquela árvore.

Inserida por admiradoresdotony

Eu sempre acabo aprendendo algo, e aplicando na escrita dos meus próprios livros, quando releio Um Girassol Na Janela, de Ganymédes José!

Inserida por RoseGleize

Crescer é também não seguir, enfrente.

Inserida por poeticos

Vou iniciado pelo amor,
lutei e venci a dor,
que encontrei pelo caminho,
em busca da virtude e da verdade,
conquistei a liberdade.
Mas ninguém nasceu
para viver sozinho.

Inserida por andrepesilva

Os jovens Liverpudlians
e aquela canção para a mãe;
deixe estar, com luz
apago a tristeza,
e deixe estar.

Inserida por andrepesilva

Queda é o que dá. O resto tira ou faz descobrir o que já estava.

Inserida por poeticos

Quero você sempre aqui: consigo.

Inserida por poeticos

Fiel como trilho e o trem.
Corro descalço
a caminho de ferro.

Inserida por andrepesilva

Por pior que seja a situação, tem solução, tudo se resolve, se não existe solução, solucionado já está. Quando estamos presos a uma situação ou a um momento muito difícil da nossa vida, não conseguimos enxergar "por cima" ter a visão do todo, então perdemos a esperança, e ficamos desesperados, amedrontados, mas mal sabemos que é apenas uma folha de uma grande história que está sendo contada, o livro termina com final feliz... Passe por essa folha ou talvez quem sabe, por até mesmo um capitulo ruim tendo um spoiler de que lá na frente as coisas vão melhorar, então você olhará para trás e saberá que valeu a pena ter suportado cada segundo de uma leitura ruim.

Inserida por williamcarvalhao

Ser prefeito é dedicar
seu tempo para a população durante todo o mandato.
Descansar quando der ou quando acabar o mandato.
Aí a gente tira um tempinho.

Inserida por oamoremumanovaveneza

Protelei a ligar, vinte e duas
chamadas perdidas,
logo retornei, linha muda:
A cor do tecido,
a vista do horizonte,
o trajeto do trem,
o destino de um homem.

Inserida por andrepesilva

Tem propaganda obrigatória e “gratuita”.
Tem futebol (ao vivo) na várzea.

Inserida por andrepesilva

As promessas não valem mais (nada) que:
A matéria da coluna fraturada.
Não valem mais que Construção de Chico Buarque.
Não valem mais que Um Sonho de Eugênio de Castro.
Não valem mais que um fio do bigode do Leminski.
Não valem mais que uma viagem para salvar a dor.
Não valem mais que um amigo que late e abana o rabo.
Mais que um espinho que nasce no pé da flor!

Inserida por andrepesilva

Mr. Dylan, não cale
as canções que nasceram
em meio ao calor
da Guerra Fria.
Reflexão que volta
na triste visão
da memória.

Inserida por andrepesilva