Entao me diz Alguma coisa

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⁠Quando aqui cheguei não tinha nada
Hoje tenho a posse precária de alguma coisa
Que tomo conta para pessoas que nem conheço
Amanhã vou embora daqui e nada levarei
Por isso, não tenho apego de nada
Apenas vivo a cada amanhecer
Como se fosse o último dia de minha vida

Inserida por JBP2023

O amor não é coisa que se compra,é o que se conquista com o tempo,então não cobre uma coisa que você sabe que nunca terá,espere alguém chegar para dizer "eu quero somente te amar"

Inserida por Poemas_para_Apollo

Todo mundo sabe alguma coisa, mesmo quando diz não saber!

Inserida por ClaudioMaestro

Se, após a escrita, um autor diz alguma coisa sobre o que escreveu, nada mais está fazendo do que um novo escrever.

Inserida por autran1956

É preciso perceber que AMAR é acção ativa.
Então quem ama DÁ amor, transmite amor, oferece amor.
É diferente de ser amado.
Quem é amado, recebe amor.
Então quando você ama não é a outra pessoa que é especial. Quando você ama, quem é especial é você.

O sol saiu

Então o sol saiu assim mesmo?
Com toda a sua tristeza, com todos os seus problemas,
a vida prossegue!
O rio segue o seu curso, as plantas crescem,
pessoas continuam lutando, amando, trabalhando,
passando por você.
E você ainda parado?
Esperando o quê?
Esperando por quem?
Esperando, esperando, esperando…

Não é hora de mudar os hábitos que só te fazem mal?
Que história é essa de comer as mesmas coisas que queimam o estômago?
Que maneira é essa de amar com tamanha possessividade que assusta?

Que história é essa de cercar a vida dos filhos, até dos que já casaram?
Que tanto você reclama da escola, do emprego, dos amigos?
Será que ninguém presta, nada presta, só você?
O erro, o problema, a questão está mesmo nos outros?

Perguntas, perguntas e mais perguntas.
Parece que a vida é feita só de perguntas,
e você quer apenas uma resposta:
-Como ser feliz sendo exatamente do jeitinho que você quer ser.

Note que as pessoas não querem mudar nada, nem aquilo que é visivelmente nocivo.

Drogados continuam se enganando dizendo que não são viciados,
alcoólatras não assumem a doença nem com “reza brava”.
Pessoas ciumentas ao extremo acreditam que os “outros” exageram!
Mentirosos contumazes, já se esqueceram até o que é verdade…

E ainda assim,
a Vida, segue seu ritmo, passando por cima daqueles que insistem nas mesmas desculpas, nos mesmos argumentos, e vão ficando parados, para trás, no tempo das promessas vazias.

Se você quer ou precisa mudar,
hoje é o dia certo para começar uma pequena revolução na sua história.
Não é preciso esperar mais nada, é determinar e começar.
Parar com o cigarro, com a bebida, com a mentira,
com a hipocrisia, com a falsidade,
com a vergonha da sua origem, com a incerteza que incapacita,
com a falsa modéstia, com qualquer coisa que te deixe assim,
sem vontade de agir, de sair dessa “casca de infelicidade”
e ser feliz.

Infelizmente, nem eu, nem Jesus Cristo podemos fazer qualquer coisa por você além de vibrar, de torcer muito pela sua vitória, pois conquistas pessoais não se transferem.

“A glória de vencer a si mesmo é o seu maior troféu.”
Lembre-se:
ninguém, absolutamente ninguém pode sentir a dor que você sente.

Pense nisso e reaja!
É tempo de vencer!

Eu acredito na sua vitória

Se você nunca se contradisse,
então você nunca mudou.
E se mudança é sinal de inteligência...
que tal você estudar mais um pouquinho? :)

A menina apressa os dias para ser vista como Mulher,
e quando então isto acontece
ela quer que voltem os dias
para tornar a ser menina...

Então quando se está morta se conserva a consciência? (...)
Em menos de dois segundos pode-se viver uma vida e uma morte e uma vida de novo. (...)
A viver desse modo, prefiro a morte. (...)
Sou um feroz entre os ferozes seres humanos.

Clarice Lispector
A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

Nota: Trechos da crônica Morte de uma baleia.

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Eu acho então que se escrever te dá um sentido para estar viva (ou a ilusão de um sentido, que importa?), então vai e escreve e diz tudo e rasga o coração, as vísceras expõe tudo, grita, esperneia - no papel.

Não tenho uma palavra a dizer. Por que não me calo, então? Mas se eu não forçar a palavra a mudez me engolfará para sempre em ondas. A palavra e a forma serão a tábua onde boiarei sobre vagalhões de mudez.
E se estou adiando começar é também porque não tenho guia. O relato de outros viajantes poucos fatos me oferecem a respeito da viagem: todas as informações são terrivelmente incompletas.
Sinto que uma primeira liberdade está pouco a pouco me tomando... Pois nunca até hoje temi tão pouco a falta de bom-gosto: escrevi “vagalhões de mudez”, o que antes eu não diria porque sempre respeitei a beleza e a sua moderação intrínseca. Disse “vagalhões de mudez”, meu coração se inclina humilde, e eu aceito. Terei enfim perdido todo um sistema de bom Mas será este o meu ganho único? Quanto eu devia ter vivido presa para sentir-me agora mais livre somente por não recear mais a falta de estética... Ainda não pressinto o que mais terei ganho. Aos poucos, quem sabe, irei percebendo. Por enquanto o primeiro prazer tímido que estou tendo é o de constatar que perdi o medo do feio. E essa perda é de uma tal bondade. É uma doçura.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

"O padre ergueu-se para pegar no crucifixo; então ela estendeu o pescoço, como quem tem sede, e, colando os lábios ao corpo do Homem-Deus, depôs nele, com toda a sua força expirante, o maior beijo de amor que jamais dera. Depois o padre recitou o Miseratur e o Indulgentiam, molhou o polegar direito no óleo e começou a unção; primeiro sobre os olhos, que tanto tinham cobiçado todas as suntuosidades mundanas; depois sobre as narinas, gulosas de brisas tépidas e de perfumes amorosos; depois sobre a boca, que tanto se abrira para a mentira, que tanto gemera de orgulho e gritara de luxúria; depois sobre as mãos, que se deleitavam com os contatos suaves, e, finalmente, na planta dos pés, outrora tão velozes quando corriam a saciar os desejos e que agora nunca mais tornariam a caminhar."

Madame Bovary

Entendi então que, de qualquer modo, viver é uma grande bondade para com os outros. Basta viver, e por si mesmo isto resulta na grande bondade. Quem vive totalmente está vivendo para os outros, quem vive a própria largueza está fazendo uma dádiva, mesmo que sua vida se passe dentro da incomunicabilidade de uma cela. Viver é dádiva tão grande que milhares de pessoas se beneficiam com cada vida vivida.

Clarice Lispector
A paixão segundo G. H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Com a ponta do dedo indicador, então, sobre a vidraça embaçada, você risca um traço, aparentemente à toa. Como na infância, nos dias de tempestade. Depois você desenha outro, e outro.

... volta que eu cuido de ti e dou um jeito qualquer de tu ficares bom e então nós podemos ir embora (...) qualquer outro lugar onde tu possas ficar completamente bom do meu lado e para sempre, volta que eu te cuido e não te deixo morrer nunca.

mas havia escutado comentários de que o QUIDAM era ainda melhor, então me dirigi ao Cirque du Soleil com bastante expectativa, o que é preocupante, já que expectativa é o caminho mais curto para a frustração. Mas a expectativa não só se cumpriu como deu diversas piruetas sobre si mesma.

Tudo isso me perturbava porque eu pensara até então que, de certa forma, toda minha evolução conduzira lentamente a uma espécie de não-precisar-de-ninguém. Até então aceitara todas as ausências e dizia muitas vezes para os outros que me sentia um pouco como um álbum de retratos. Carregava centenas de fotografias amarelecidas em páginas que folheava detidamente durante a insônia e dentro dos ônibus olhando pelas janelas e nos elevadores de edifícios altos e em todos os lugares onde de repente ficava sozinho comigo mesmo. Virava as páginas lentamente, há muito tempo antes, e não me surpreendia nem me atemorizava pensar que muito tempo depois estaria da mesma forma de mãos dadas com um outro eu amortecido — da mesma forma — revendo antigas fotografias. Mas o que me doía, agora, era um passado próximo.

E de novo então me vens e me chegas e me invades e me tomas e me pedes e me perdes e te derramas sobre mim com teus olhos sempre fugitivos e abres a boca para libertar novas histórias e outra vez me completo assim, sem urgências, e me concentro inteiro nas coisas que me contas, e assim calado, e assim submisso, te mastigo dentro de mim enquanto me apunhalas com lenta delicadeza deixando claro em cada promessa que jamais será cumprida, que nada devo esperar além dessa máscara colorida, que me queres assim porque é assim que és e unicamente assim é que me queres e me utilizas todos os dias, e nos usamos honestamente assim, eu digerindo faminto o que o teu corpo rejeita, bebendo teu mágico veneno porco que me ilumina e anoitece a cada dia, e passo a passo afundo nesse charco que não sei se é o grande conhecimento de nós ou o imenso engano de ti e de mim, nos afastamos depois cautelosos ao entardecer, e na solidão de cada um, sei que tecemos lentos nossa próxima mentira, tão bem urdida que na manhã seguinte será como verdade pura e sorriremos amenos...

É porque ainda não sou eu mesma, e então o castigo é amar um mundo que não é ele. É também porque eu me ofendo à toa. É porque talvez eu precise que me digam com brutalidade, pois sou muito teimosa.

Clarice Lispector
Felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Rocco. 1998.

Nota: Trecho do conto Perdoando Deus.

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Então, por favor, não permita que tudo isso se perca, não permita que eu acorde amanhã buscando outro sentido pra minha vida, buscando qualquer outra coisa que não seja você.