Esconder atrás das cortinas
Floresta de Farsas
A última vez que eu a vi, ela estava escondida por atrás daquela
Cortinas de setin branco do seu quarto, ela estava chorando.
A última vez que você chorou, era possível olhar
Por aquela janela suja, frascos para quardar as lágrimas
Contidas, no criado mudo havia um bilhete sobre a última vez
Que te vi chorar.
Era um dia frio e chuvoso, em que o vi
Repousando sobre um pátio vazio e molhado
No palco de grandes tristezas lembra o drama
Daquela noite silenciosa.
Estou com saudades do verão
Porque ele aquece o meu coração, frio e quebrado
Faço as minhas orações, porque estou em uma floresta de farsas
Seguro o meu ar para não ser percebido entre a escuridão.
“Mas eles não resistiram todos sufocaram e isto não é justo”
Não podemos nos punir de forma tão súbito o nosso amor
Porque não aquentaram por muito tempo
Desculpe-me por tudo que causaste com todas minhas inseguranças ameaçadoras.
O admirador observador esconde-se discretamente atrás das cortinas transparentes da imaginação a seguir os passos da mulher amada,querida e intensamente almejada.
Ontem
Escondido atrás das cortinas
Eu observava a Lua
Escondida atrás das nuvens
Que também me observava
Eu a olhava apaixonado
Quando, de repente
Ela
Que possuia o infinito
e podia olhar o Universo sem fim
Achou bonito olhar pra mim
Olhava-me timidamente
Acreditando-se escondida
Atrás das nuvens transparentes
E ria de mim
Que através de uma atmosfera tão fina
Me via também escondido
Protegido pela cortina
Que sumia à luz do luar
Foi sumindo também
a timidez da gente
Com coragem eu abri a janela
As nuves se afastaram
Era a Lua que também
Abria as cortinas dela
E então nos encaramos
Conversando abertamente
Ignorando a distância
Que nem de longe
Afasta a gente
A Lua ligou o rádio
E ouvindo a canção do vento
Dançamos, então
Mentalmente
Ela me garantiu
Que hoje à noite
Eu posso esperar
E Ela estará lá novamente
Me disse que, se eu viesse
Eu a deixaria muito,
Muito contente
No frio e silêncio da madrugada
Não há e nem há de haver
Mais nada
Além da nossa conversa
Que o vento não leva
Muito menos o tempo dispersa
Trancado no meu quarto a beira das cortinas num olhar de uma cortina esta escondido todo o meu sofrimento e odio trancado em uma porta,que se fecha e abre aos poucos.
Nubla
Hoje o sol não apareceu
Solidário as minhas cortinas embutidas.
Escondendo as lembranças que não estavam prontas para abandonar a casa do sentimento.
O lugar onde a alegria se mantinha.
Me sinto uma sombra distorcida.
Chuva íntima que não deságua.
Flor ressequida
que se despetala
dia a dia
Despertada pelas noites mal dormidas
Por já compor a sina
mais um dia
sem sol
sem cor
sem nada
sem mim.
Quando as cortinas podem se fechar
Para eu desabar meu pranto?
Onde a gente pode esconder
Aquela tristeza
Que aparece de quando em quando?
É...
Nos bastidores da vida, ninguém
É feliz todo o tempo,
Mas sorrimos, esperançosos,
Contagiando toda a gente, e...
O que queremos mesmo
É ser contagiados.
Quando as cortinas se fecham?
Quando fecham-se as cortinas, minha alma esconde sorrisos; meus olhos derramam jatos de água. É no vazio do silêncio que minha boca se entrega aos prantos!
"A Bíblia não tece cortinas para esconder a realidade, mas sim lentes para enxergá-la
com clareza e esperança."
Liberdade
Teu templo é o teu mundo
Eis que a vida se esconde entre as paredes invisíveis
Eis que o tempo não para
As correntes presas em teus pés
Simbolizam a prisão que criastes
A liberdade convoca os fortes
As cortinas se abrem quando elevamos
O pensamento ao mais alto nível.
As tempestades cobrem o céu e a vida se retraí.