Em meio a Fumaça
A mentira é como um fogo que começacomo se fosse fumaça, mas vai se alastrando cada vez mais, podendo virar um incêndio devastador na vida das pessoas.
A vida pode ser comparada a uma fumaça que perfuma a felicidade efêmera, desprovida de substância eterna, e que é repentinamente dissipada pelo vento do esquecimento, conduzida pelo sopro do julgamento divino.
AGROPOETA
O Sol se transformou em Lua,
E a Lua, com fumaça, sumiu.
Aquele homem, tão culto e astuto,
Esconde sua misoginia,
Ainda se diz um machista extremista.
Seu brilho apagou, como a Lua,
O que era nobre se empobreceu.
Um fantasma a vagar no céu,
E eu, que era apenas mais uma,
Emergi como poeta engajada.
Já o agropoeta jamais me esqueceu.
Alucinógeno como o THC da fumaça,
a consequência da trapaça,
o efeito da cachaça, maldita raça
que quer cuidar da minha vida,
uma passagem só de ida, pensamento suicida.
-Inglês
Se a fumaça que saia a cada trago daquele velho cigarro de palha, desenhasse o sorriso dela, nem que o vento levasse em questão de segundos, fariam com que minha noite fosse melhor.
Quando uma pessoa acredita em outra e sofre traição é algo que desaparece igual fumaça sumindo no ar.
O fogo eterno é o maior riso contra risadas riscadas.
A fumaça é densa e infinita em enxofre de eternidade.
Eu estava em um caminho desconhecido
Uma mão me segurava
E a fumaça era tão escura que eu não podia enxergar nada.
Onde estou?
Vivi tanto tempo
Tanto tempo
Tanto tempo na escuridão
Quando ouvi dizer que tinha algo
Algo que não era escuridão
Meu coração palpitou.
Existe a luz? Se ela existir
É oque eu mais desejo..
.
.
Existi em busca dessa luz
Só tinha vozes e mãos me guiando
Uma mão me segurava e me dizia o caminho
E eu apenas andava
Enquanto outra mão me segurava estava assegurando que eu não estaria só
Um dia
Uma das mãos que me seguravam
Desapareceu
Me vi perdida
Me vi sem rumo
Só restou uma mão
Mas ela eu não conseguia ouvir
Para onde vou?
Oque vou fazer?
.
.
Um cheiro de flor me encantou
No meio desta angústia
No meio desse caos
Uma flor
Essa flor me aconchegava
Eu sentia seu cheiro
E um desejo imenso de estar com ela
Procurei ela
Por todos
Todos
Os cantos....
Nunca consegui alcançar esta flor.
De repente uma mão agarrou meu braço
E decidiu que iria me guiar
Pois eu não tinha rumo.
Sem uma mão para me guiar
Para onde vou?
Eu sei que quero ir para a luz
Esse lugar que dizem ser maravilhoso
Onde não há essa escuridão
Onde eu posso viver sem essas vendas em meus olhos.
Essa mão me afastava e afastava dessa flor
Que tanto me acolhia
Meu coração entrou em desespero
Estava cansada de tanta loucura.
Tanta melancolia
Senti falta daquela mão quente que se foi
E que nunca vai voltar
O caminho era desconhecido
E eu não enxergava nada
Eu só queria um feixe
Um raio
Uma linha
Alguma coisa
Luz?
Onde está você?
Te procurei
Procurei
Procurei
E....
Onde está?
Agora não sei para onde vou
Só me resta seguir essa mão
Não enxergo nada.
.
.
Flor? Seu cheiro?
Onde está?
Meu pior medo é estar longe de ti
Você jurou
Que estaria comigo até o fim.
Estou cansada
Cansada de andar
Rumo ao desconhecido
Escuto promessas de encontrar o fim dessa escuridão.
Mas...
E agora?
Um raio
Um raio
Preciso de uma prova
Será que a luz realmente existe?
Ou foi um sonho de algum lunático?
Me vi perdida.
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De ébano eu me reduzo em pedaços, pra fazer fumaça e te aquecer.Na ausência da luz eu estou, na presença da luz eu imitou você.
Me perdi muito tempo
Entre fumaça de cigarro e esquecimento
Músicas que não escolhi
E olhares
A muito tempo não penso ou choro
Curei bebedeiras com mais bebedeiras
E solidão com álcool
Beijei garrafas de mais
Pessoas de menos
Sonhei ...
Mas meu coração continua partido
Pouca castidade
E mais whisky
Uma luz!
Por que isso arde?
De onde vem toda essa fumaça?
Por que não consigo respirar?
Foi então que me dei conta, tudo estava em chamas!
Não havia mais nada que pudesse ser feito.
O fogo foi destruindo as paredes, desmoronando as estruturas
acabando com todo alicerce
Ah se essa casa pudesse ser mais forte!
Quem dera se tivesse sido construída com o melhor material
Se tivesse sido apreciada, zelada... Descuido e desprezo, isso é
o que ela conhece.
O fogo está diminuindo!
Alguém o apagou? Não!
Ela queimou até não restar nada
Ardeu até virar cinzas
Já não há mais nada para se salvar.
Foi então que me dei conta
Eu era a casa!
O que é aquilo brilhando? A luz da esperança?
Era outra chama!
Fumo que sobes, espetáculo divino,
Um vício antigo, um prazer passageiro.
Entre voltas de fumaça, eu me perco,
E por um instante, esqueço.
Mas, será que faz bem, essa paixão?
Ou é apenas ilusão?
Meu corpo clama por ar puro,
Mas minha alma pede um pouco mais.
Nas profundezas do meu ser,
Uma voz sussurra: "Pare!"
Mas a outra responde: "Sigo!"
E o ciclo continua.
Fumo, meu amigo e inimigo,
Meu prazer e meu castigo.
Um paradoxo que eu não entendo,
Um vício que eu não abandono
Há os que vendem sonhos; há os que vendem fumaça; há aqueles que vendem ilusões; há inocentes que acreditam; há iludidos que batem palmas.
