Em Busca do Amor
Do som inefável das esferas se projetam raios de luzes multicoloridas, que preenche o espaço com a sua musicalidade e nos harmoniza e acolhe, numa aureola que leva nos a contemplar a plenitude da paz e do amor.
Na profundidade da mente,
Encontram-se portas que nunca foram abertas antes,
E não se sabe o que há lá,
Mas nunca... é nunca uma opção.
Agradece o que vem.
Agradece pelo o bem.
(mesmo quando esse bem trás sua ausência, seu oposto)
Na limitação da vida...
Agradece pela imperfeição.
(porque é justamente nas faltas que se constrói)
É na ausência que se completa o que não se seria capaz.
Agradece aqueles que...
a vida deram
a luz acenderam
a mão estenderam.
Saiu e procurou.
Não é que encontrou dentro de si?
As respostas das perguntas que fazia.
As dúvidas preenchidas pelo vazio do nada.
Na tentativa de me ver
Vejo o outro em mim
Se tenho todos dentro de mim
Sou um pouco de tudo
De tudo... um pouco.
Cores
Vivi nesse meu mundo cinza a muito tempo, precisei sair para buscar um pouco de vida. Saí em busca de algumas cores, encontrei uma ou duas mas não achei muita graça nelas. Procurei e procurei, até que um dia te encontrei, eu me aproximei e gostei do que vi, você carregava várias cores e por você, eu me encantei... Te trouxe para o meu mundo e com muito carinho nós dois colorimos tudo, trabalhamos sem parar e deixamos as coisas cheias de vida. Quando enfim terminamos, eu quis admirar o que fizemos, mas com todas essas suas explosões de cores você não conseguiu ficar para admirar comigo, você teve que partir para fazer outras obras...
Você coloriu meu mundo e foi embora. Me deixou aqui pensando... Não seria melhor ter deixado tudo preto e branco?
Slá, só mais um café.
Ia na balada, beijava a boca de algumas pessoas, voltava para casa, ligava para o Tarólogo e perguntava com qual deles ia se casar, formar família e filhos. E o padrão se repetia semanalmente por anos e anos. A busca implacável por um relacionamento sério, contudo, não encontrava sucesso, porque além de procurar no lugar menos favorável, a pessoa queria ter o controle absoluto de tudo, milimetricamente. Um dia, ela soltou e entregou. E só então aconteceu.
Há no cristão uma busca constante pela vigilância espiritual, pela firmeza na fé, e pelo agir resoluto e baseado no amor.
O que é o tempo?
Diante da intensidade de um abraço apertado,
De um beijo sonhado,
Diante de um encontro esperado,
De um amor sonhado.
Que possamos entender que o tempo é relativo e que só podemos controlar o agora, a dadiva do presente.
Que tenhamos coragem de perdoar, de amar, se declarar, abraçar, sorrir, simplesmente viver, lembrando sempre
que amanhã pode ser tarde demais.
Se você tivesse que partir hoje, partiria feliz? Ou arrependido? O tempo não volta e ele cobra caro pra quem espera.
Com quantas dores forma-se uma alma, madura, experienciada?
Quando de caráter se precisa ter para não se contaminar com tanto caos?
Quantas madrugadas em claro, repensando uma vida estagnada, cansada?
Quantos amores perdidos para que se chegue ao êxtase da solidão?
A vida, condenada por não passar de um mar de interrogações…
Os que pensam, respeitam e valorizam, afogados em um mar de negligenciações…
Em qual momento da vida torno-me sombras, vagando uma débil existência?
FE LI CI DA DE existe? Certamente não. Instantes apenas. Procurá-la é vão.
Somos seres blindados, fugindo da entrega, num círculo vicioso de incertezas.
Almas marcadas, manchadas, feridas, que insistem na histeria de sonhar…
Que insiste ferozmente no desejo de cuidar, de viver, de amar.
No fundo, temos medo de findar a vida sem memórias de quando o tempo pára…
De quando a alma vibra e agradece. Vivemos em prol de instantes…
Vivemos (ou vagamos) em busca do que faz pulsar, vibrar, amar…
Um eterno doar-se, por que, no fundo, só o amor faz sentido!
O que seca as relações é a busca. A busca por respostas ou qual parte está disposta. A busca fastidiosa por afirmação e reciprocidade. A inquietude se está gostando demais ou se gostam de menos. A busca infindável no outro por aquilo que não é cultivado primeiro em si mesmo.
Sou um inconcluso receoso, atinando a coragem, um tolo em busca de consciência, que conhece o pecado do desAmor, e ainda não sabe o que é amar. Sou humano.
Enquanto minha alma necessita de liberdade o meu um coração anseia por dominação.
Sou um ser que encontra na dualidade a sua melhor versão.
BUSCA
Ó soneto, ó cântico, sonoro, tão amoroso
Ó toada d’alma que cantarola apaixonada
Encantada, de doce sentido a tanta soada
Sede, num poema tão desejoso e formoso
Socorre a inspiração sem pouso, o penoso
Fado desenfreado do trovador e a vexada
Sensação ao dispor da dor. Sê camarada
Dê asas a ilusão, e o sentimento calmoso
Cadê aquela rosa poetada, agora perdida
Dantes sentida, sonhada, plena de ternura
Quero a textura daquele amor com poesia
Traga alegria, alegoria inteira com fartura
Tangendo no peito uma compassada via
Coberto de emoção e poética com doçura.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
29 maio de 2024, 15’50” – Araguari, MG
MINHA BUSCA
Corro os olhos por almas, na cata dum olhar,
ou talvez apenas aquele sorriso roubado.
Então vou num serelepe agreste caminhar,
pelos abraços, laços, dum algo desejado.
E no afã dum afago, um riso, outro chorar,
aqui, ali, lá, vou tentando ter um agrado.
O vazio que me devora, implora, põe a orar,
vem do coração, que quer amor denodado.
Corro os olhos no fado, vejo o tempo passar,
o peito sofredor, e já com o fim tão cansado.
Sem sequer ter uma estória pra poder poetar,
se acostumou com uma solidão, está calado.
Quer versejar a rima perfeita com o tal amar,
ainda busca, não consegui estar parado...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, 11 de agosto
Cerrado goiano
Estiquei o braço e só encontrei o vazio,
Acordei sobressaltado, não era sonho,
Rolei para o teu lugar, busquei teu vestígio,
Fechei os olhos, para no sonho te encontrar.
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