Elegia de um Tucano Morto
Não acredito
Embora fosse o que sempre quis;
Me deitar no seu corpo como morto
Desfalecendo os meus músculos virís
E ressuscita-los no aconchego do seu porto
Embarquei na loucura de dissuadi-la
Organizei mil dúzias de caprichados versos
E os recitei docemente para comove-la
E se uniram em mim sentimentos dispersos
Para a minha espantosa alegria, me aceitaste
Não acreditei! Era um sonho ouvir de ti um “sim”
Quase enfartei quando amorosamente me osculaste
Na hora esqueci da vida, por conseguinte, de mim
Estou infinitamente feliz por tê-la ao meu lado
Alegras-me os momentos e viabilizas-me os sonhos
Embora não acredite, mesmo por ti sendo desejado
A verdade é que os meus dias já não são tristonhos
O DARDEJAMENTO D’ALMA
São Sebastião com suas setas, morto!
Mesmo amando estou sem conforto.
Maldito cupido que uso só um dardo,
Deixando o amor para mim como fardo.
Em Jesus na cruz usaram nele uma lança.
O amor tem que ser provado numa aliança?
Se for por que vale toda a atitude,
E na cama os momentos de plenitude?
Minha alma esta tão ferida agora,
Que queria para lugar ir embora.
Seria um problema entre gerações,
Ou seria algo de nossas criações?
Venha para o meu lado negra menina
Dissipa de minha alma toda a neblina,
Tira os dardos que feriu o meu coração
E vamos viver juntos para sempre nossa canção.
André Zanarella 31-10-2012
Dardejamento = Ação ou efeito de dardejar.
Arremessar ou ferir com dardos.
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4577011
SOBRE O ESCREVER
Escrever me traz conforto,
Se não fosse isso estaria morto.
Escrevo riscos como quem planta flores,
Falo de minhas mazelas e de meus amores.
Escrevo mesmo que ninguém leia,
Tenho agendas que já estão cheias.
Muito do que escrevi foi para fogueira,
Pois achava que tudo era bobeira
Hoje jogo tudo na escrivaninha do recanto,
Às vezes eu posso até causar espanto;
Mas ali mostro um pedaço de mim que é minha alma
E em muitas situações me impediu de perder a calma.
André Zanarella 04-12-2012
NÃO VEIO A BALHA A PALAVRA
Na partilha a palavra não veio a balha,
Sentia-me morto dentro de uma mortalha.
Apenas ouvia a minha e a tua respiração
Todo o resto seria a mais pura imaginação.
No adeus a recordação não veio a balha,
Talvez isso tenha isso nossa grande falha.
Nossos anjos choraram na nossa despedida,
Pois você deixará de ser a minha prometida.
Chorei pelo sentimento que não veio a balha,
Pois a vendo partir me senti mais do que canalha.
Restou a certeza que eu fiz o melhor a sua felicidade,
Trago ainda a certeza de um reencontro na eternidade.
André Zanarella 05-01-2013
Balha= vir à balha, ser citado, ser falado, vir a propósito.
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4102669
sou um vampiro
o ódio move meu coração,
vivemos em mundo morto,
todos sentimentos são apenas ambições,
delírios infintos de consumismo,
então estou morto para mundo,
a luxuria meu pecado,
então vagarei eternamente,
desejando belos corações,
vivendo cada momento como ultimo,
mesmo assim sou um vampiro,
sinta as janelas do meus coração,
morremos a todos momentos,
mesmo assim ainda estamos vivos.
por celso roberto nadilo
Rebeldia- Renato Bertoletti. (Musica)
Tenho me sentido sozinho, me sentido morto.
Parece que a qualquer momento vou cair
Tenho a leve impressão de estar existindo e deixando de agir
O medo está tomando conta de mim, isso não quer parar.
A dor está grande dentro de mim, faça isso parar.
Meus braços estão explodindo, minhas veias estão saltando.
Não sei explicar oque esta acontecendo
Oque está havendo¿
O ódio toma conta de mim a cada segundo que passa
Essa rebeldia dentro de mim não passa, não para, não a controlo mais.
Preciso beber algo para me controlar
Acho que devia me internar
Em um lugar para loucos, porque estou ficando crazy
Não posso me enterrar para descansar sozinho
Eu imploro ajuda pela mor de Deus
Ajudem-me.
Oque está havendo¿
O ódio toma conta de mim a cada segundo que passa
Essa rebeldia dentro de mim não passa, não para, não a controlo mais.
Não a controlo mais ..
A alma que peca é um peso morto para o corpo, um curto circuito para a mente e um veneno para o coração.
A ruiva é má
Tem olhos azuis da cor do mar morto
e um mau humor encantador...
Costuma reclamar dos palavrões, das coisas que digo
mas reclama mais das que eu não digo.
Tem a pele incrivelmente branca, porém
suja de sardas alaranjadas e veias aparentes.
Raramente sorri,quando acontece fica com as bochechas vermelhas. Tem vergonha de sorrir.
Seu sutiã preferido é de renda preta
com fundo cor vermelho magenta
Passo horas reparando todos os detalhes e contrastes.
Nunca foi sentimental, não assiste comédias românticas,
Gosta de ler Nietzsche e Dostoiévski.
Sabe que nunca pertencerei a ela e jura não se importar.
A ruiva é do blues,tem gosto de Vinho branco.
A morena é a louca,
tem olhos de cigana oblíqua e dissimulada como os de Capitu.
Está sempre rindo, consegue de fazer piada de tudo
seu sorriso parece muito grande para uma pessoa só
é impossível ficar triste perto dela.
Quando falo demais, me puxa pela cintura,
põe seus lábios tão próximos aos meus
que me sujo de batom sem tocá-la.
Enlaça suas pernas negras sobre as minhas pálidas
ri e diz que parecemos "Casadinho", seu doce preferido.
A morena é do samba, tem sabor de café.
Não posso pensar em escolher entre as duas,
temo que esse dia chegue.
Uma é extremo da outra, preciso viver no equilíbrio.
Aprecio o cobertor quente quando está frio demais,
aprecio a brisa fria quando está quente.
Gosto do blues e do vinho branco gelado de noite,
mas também preciso do café quente de manhã ouvindo samba.
sou um vazio completo de sonhos e dores de um mundo morto
toscamente sob um sol de chuva de fuligem e poeira radio-terápica
por ruas inundadas de rostos uniformes, passos que se afastam da vida
o corpo é tedioso, fatiado cirurgicamente para se esconder das luzes públicas
mentes, por fim...
acolho meus verbos instintivamente num copo raso de rum e um cigarro vagabundo.
a vida somente nos permite pequenos momentos de lucidez.
O Lago Morto
O lago morto, o céu cinzento ao luar;
Pálida, lutando, coberta pelas nuvens,
A lua;
O murmúrio obstinado que cochicha e passa
(Dir-se-ia que tem medo de falar em alta voz).
Tão tristes agora,
Recaem sobre meu coração,
Onde a alegria morre como um rio deserto.
Minhas pobres alegrias...
Não as toqueis,
Floridas e sorridentes.
Lentamente, a raiz acaba de morrer.
Lembrar que estarei morto em alguns anos é a ferramenta mais importante que já encontrei para me ajudar a tomar grandes decisões.
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