Dói
TEM DOR...
Tem dor que dói pra valer
Tem dor que passa rapidamente
As que te fazem outro querer
E as que ficam n'alma da gente
Sempre com marcas no viver
E nunca para o âmago mente
Tem vario tipo de dor há ter
Nunca as que duram eternamente...
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Mês de maio, 2017
Cerrado goiano
TOCAIA (soneto)
Dói-me esta constante tal espera
do que já não mais tem donde vir
que o desejo insiste em querer ir
aguardando na ravina da quimera
Doí-me uma dor insana, há existir
a cada alvorecer duma primavera
da ausência, da saudade, sem era
e do que não se tem, e quer pedir
Dói! O tempo a passar, eu quisera
poder nele estar e ali então devir
chorar, alegrar... ah! se eu pudera!
Como eu não sei como conseguir
a tocaia no peito se torna megera
e a alma romântica se põe a fingir
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, 15 de julho
Cerrado goiano
Dói
Dói tudo o que já era
Tudo que não mais está
A dor que um dia não quisera
A saudade que permanecerá
O ontem no hoje não se espera
Cada dor doida lacera a poesia
Após o inverno, a primavera
Amanheceu, já é outro dia!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Maio de 2019
Cerrado goiano
paráfrase Fernando Pessoa
TUDO TEM JEITO
Soneto, tens nos versos desventuras
Que dói n’alma, ao sentido imploras
Que tudo sente e que tudo ignoras
Deixando a prosa com duras agruras
Assim, obscura e extraviada as horas
Vão as rimas com infinitas amarguras
Num poetizar com tristonhas leituras
Ditas com lágrimas que dá dor choras
Das coisas mais avarentas, as preces
Falsificando o sentimento desafinado
Que escava, trava, intriga, aborreces
Ó inquietude de impiedoso inverno
Não faça de meu versejar saturado
Não há bem que dure e mal eterno.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
30/09/2024, 15’05” – Araguari, MG
Silêncio
Silêncio o mais rude dos tormentos
O que mais dói na emoção da gente
O que sente o vazio, tristes lamentos
A imensidão do sentimento ausente
Silêncio é viver sem os momentos
É privação, é ter uma dor ardente
Deixar-se levar pelos aflitos ventos
Da solidão, ir morrendo lentamente
O silêncio, inquieto numa despedida
É uma alvorada de clarões diversos
Um misto entre os suspiros da vida!
Ele tem tudo... reunido, e nada tem!
E não há se quer poética nos versos
Que suavize a alma, sem um porém!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
03 novembro, 2023, 13’03” – Araguari, MG
O MUNDO DOS LOBOS FAMINTOS
O que me dói é o medo
Medo do mundo
O que me trava é o peito
Esse peito fechado
O que me cega é o dia
Quando não abro meus olhos
Simplesmente porque…
Porquê não quero mais ver
Nem ver nem sentir
Esse medo do mundo
Que trava meu peito e tira meu ar
O que me cansa é a vida
Vida onde, não vejo justiça
Num mundo tão desigual
O que me cega é o dia
Quando não abro meus olhos
Pois sei que lá fora os lobos devoram
Devoram todo um povo
Enquanto cá dentro eu fecho meus olhos
Pois sei que não quero
Não quero rever-me
Num mundo tão desigual
Mas quer, eu queira ou não
O cerco se feche e me leva
O tempo não para, as horas consomem
O templo dos servos
Servos dos lobos
Vou ter que sair, não posso fugir
Mas sei, vou ter ver
O mundo dos lobos famintos
Que juram um povo bem governar
Porém a verdade é mais crua
Pois tudo o que querem é poder
Uma vez chegados ao poleiro
Despem a pele, enquanto assistimos
máscaras e máscaras que caem
Olho espantado e constato
Afinal, nenhum era lobo!
Os lobos protegem a matilha
A minha visão era utópica
Porque avistava políticos
Avarentos - mentirosos - manipuladores
Então acordei
Depois disso, aprendi
Que raros são os políticos
Em quem podemos votar
Contudo depois do dever
Não nos podemos esquecer
de manifestar ao poder
Que o mundo foi dado a todos
Se mentem e traem seu povo
Devemos nos defender
Arq: BNP
Sabe o que dói? Que, devido às novas circunstâncias, percebo que o pouco que eu aceitava e recebia era, para mim, o suficiente para ser feliz. Muitas vezes, nos apegamos ao mínimo porque acreditamos que é tudo o que merecemos ou tudo o que podemos ter. Mas a vida tem um jeito de nos mostrar que, talvez, estávamos nos contentando com menos do que realmente precisávamos.
A felicidade é uma dor insuportável. Um grão de areia dentro da ostra. Machuca, dói, arranha, mas quando a encontramos, torna-se suportavelmente bela.
Eu sabia que um dia ela iria,
eu só não sabia do vazio que
ia ficar em mim.
O coração dói tanto que parece
até diminuir de tamanho.
Essa lembrança constante traz de volta
o tempo todo o que os olhos não mais vêem.
Me descem dos olhos teimosas lágrimas...
Custa seguir em frente sem
esse pedaço tão meu...
Eu sempre soube que nessa vida tudo tem prazo de validade, eu só não sabia que seria assim congelado para sempre na memória.
Mamãe, és minha raiz e eu sua semente.
Haredita Angel
10.05.24
Dói. Quando você sente falta de algo. Ti mata por dentro, mas aí você tem que fingir que isso não afeta em você.
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