Dizer Sim ou Não
Submissão em demasia não quer dizer amor incondicional, mas sim insegurança, assim como obediência, sem contestar; você pode ter se permitido cegar...
Quando além de não somarmos nossos desejos ainda permitimos que sejam anulados, fazendo assim com que somente o do outro seja priorizado, tá na hora de respirar e rever os conceitos.
MOMENTOS DE DESABAFO
Tem horas que que o coração quer dizer sim e a boca diz não.
Tem horas que o pensamento prende-se só em algo.
Tem horas que a vontade se eleva ao extremo e o corpo suporta pressões que nem a pessoa mais equilibrada do mundo suportaria.
Tem horas que os sentimentos vibram o corpo todo e modifica todo o raciocínio, nos deixa tão frágeis e amargurados, que mente paralisa e as lágrimas descem e correm sobre o rosto e o sentir dessas lágrimas correrem na pele e aumenta mais a vontade de chorar, é como se elas fossem o próprio sentimento vivo saindo em forma de água e evaporando no ar.
Tem horas que da vontade de nunca ter nascido para não passar por tudo isso.
Tem horas assim como essa que a única forma de aliviar a dor é criando uma mensagem.
ESPERANÇA
Pra mim não existe desistir mais sim esperar, nunca perder a esperança, nunca dizer que não vai dar certo, pois aquilo que parece impossível hoje amanha pode ser visto como algo simples e fácil.
Enquanto o tempo passa vou observando as coisas e as pessoas, a vida e as suas mudanças, sempre com pensamento positivo focado e intuitivo esperando o momento certo de fazer, dizer ou até mesmo receber.
Ser assim não é fácil, mais só pra quem é fraco. A esperança não morre é nós que abandonamos fácil.
Amar é fácil, difícil mesmo é respeitar, ser companheiro em todos os momentos, saber dizer sim e não, admitir erros e o mais difícil, não se acomodar e tentar conquistar seu amor todos os dias.
Já disse o quanto ama hoje?
Amo pessoa que sabem dizer sempre sim para as pessoas que sempre lhe disseram não, como forma crescimento pessoal. Pois estas pessoas ainda não conhecem o prazer do amor fraternal. Saúde e Paz!
RIVAL
O papai sempre gostava de dizer que “doido não tem juízo.” Eu, já digo que tem sim: apenas, em muitos momentos, “lhes faltam alguns parafusos.”
Há muitas histórias envolvendo esses personagens, com sofrimento mental; nas cidades grandes e pequenas, nesse mundão sem fim. Muitas delas, tristes; outras, engraçadas... Outras, nem tanto.
Em Campos Belos, conheci Rival; forte, de estatura mediana, usava cabelos longos, que nunca viam água. Ainda não totalmente brancos, afinal de contas ele só tinha cinqüenta anos; com uma pequena margem de erro, para mais ou para menos. E, uma imensa barba fechada.
Andava calmamente pelas ruas da cidade, sempre mastigando alguma coisa que a gente não sabia o que era. Andava e parava, ao longo de qualquer percurso que viesse a fazer.
Nessas paradas que fazia, geralmente eram para observar algo que lhes chamava à atenção; e sempre tinha uma coisa ou outra. Olhava os mínimos detalhes de tudo, com muito critério. - Como se tivesse mesmo fazendo uma vistoria minuciosa. E, em muitos casos, parecia discordar de algumas irregularidades que via: ao coçar, e balançar a cabeça negativamente, quando o objeto da observação não atendesse suas expectativas.
Morava num quartinho isolado na residência de um parente de primeiro grau, na Rua Sete de Setembro, próximo do açougue do Juá.
No final dos anos setenta e início dos anos oitenta, houve uma exploração de Aroeira muito intensa na região. Tempos depois, eu soube que a aroeira fora extinta no Nordeste goiano.
Paulo (in memoriam), o genro do Seu Farina (o italiano do Restaurante), trabalhava no transporte e comercialização dessa nobre madeira; e geralmente o fazia no Sul do Estado de Goiás; Minas Gerais e São Paulo. Em forma de mourões e laxas, muito usados em currais e cercas; pela sua potencial resistência em se decompor, na natureza.
Um belo dia...
Como de costume, Rival, subiu a Rua BH Foreman, atravessou a Av. Desembargador Rivadávia, e chegou ao calçadão em frente à Prefeitura Municipal.
Parou, e colocou a mão direita atrás da orelha, em forma de concha, para ouvir melhor o sino repicando a sua frente, na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição.
Era o sacristão chamando os fiéis, para a “encomendação de um corpo.”
O curioso é que, naquele dia, ele não atendeu o apelo religioso, apesar de nunca ter perdido um enterro na cidade (tinha essa boa fama); mas, aproximou-se da Paróquia, e tomou a benção ao Seu Vigário, que estava posicionado à frente do Templo, recebendo o povo, para a cerimônia fúnebre.
Riscou o dedo polegar direito na testa, três vezes, e inclinou-se levemente para frente, em sinal de respeito ao Pároco, ao Santuário e ao falecido. Beijou um enorme crucifixo metálico, preso num cordão feito de argolas, de lacres de latinhas de alumínio; confeccionados artesanalmente, pelos presos da cadeia púbica local;
Olhava ao longe, o esquife num ataúde com a Bandeira do Brasil sobre ele, próximo ao altar; era um filho ilustre que havia “partido antes do combinado.”
Rogou a Deus por ele em silêncio, estendendo as mãos unidas,uma a outra, e levantadas verticalmente, rumo ao céus.
Deu as costas ao Reverendo, sem se despedir, e desceu a Rua do Comércio, enxugando com a manga da camisa, algumas lágrimas que insistiam em descer, lentamente dos seus olhos castanhos, se escondendo no emaranhado de sua barba; resultante do impacto da perda irreparável. – O Pároco lhe dissera o nome do falecido anteriormente.
Teve fome...
Já era meio dia e ele ainda não havia forrado o estomago.
Entrou na padaria de Zé Padeiro. Pediu um lanche, sem dinheiro. – “Não preciso de dinheiro: tudo o que vocês vêem, são meus...” deixava isso bem claro nas poucas conversas que tinha com as pessoas,digamos,normais.
A atendente lhe deu um pão dormido, sem manteiga mesmo - como sempre o fazia, e um café num copo descartável.
- “Capricha senhora!... É para dois tomar.” A moça colocou mais um pouquinho.
E ficou sem entender: pois não o viu acompanhado de mais ninguém!...
Ao retornar a sua casa, pelas mesmas pisadas, parou diante do caminhão em que Paulo trabalhava; que estava encostado junto ao meio fio, logo à frente; e conversava seriamente com ele. Sim! Com o caminhão.
Que estava cheio de laxas de Aroeira. Com uma ponta de eixo quebrado. Na porta do Armazém de Seu Natã.
O proprietário do caminhão, já havia pedido ao papai que desse uma olhada no mesmo; pois, teria que se deslocar até a Capital Federal, para comprar a referida peça. Pois não a encontrava na região, para repô-la.
Ainda que as faculdades mentais de Rival não funcionasse cem por cento; ele tinha um coração piedoso. Com certeza, aquilo era um Reflexo da criação que recebera de seus pais. Que por sua vez, eram pessoas muito religiosas e bondosas.
O sol estava a pino e não havia uma nuvem sequer, nos céus, para atenuar a sua intensidade.
Rival, por sua vez, continuava parado em frente ao caminhão, dando andamento na prosa...
Depois de ter observado por muito tempo aquela situação; de todos os ângulos possíveis. Continuava olhando, olhando,olhando... E, balançava a cabeça de um lado para o outro. Como quem não concordando com aquela situação.
E conversava baixinho, de maneira que só o caminhão ouvia:
- “Isso que estão fazendo com você é um absurdo, é uma desumanidade muito grande! Como é que pode tanto descaso, com um ser tão indefeso!”...
Falava com sigo mesmo:
- “Coitadinho!... quanta judiação!... Quanto tempo sem comer e sem beber; já cheirando mal, e cheio de poeira, com esse calor tremendo que está fazendo, não pôde até agora, tomar um banho para refrescar; como tem sofrido!”...
“Não tenho mais tempo a perder: tenho mesmo de fazer alguma coisa.” Pensava ele.
E, lhe sobreveio uma iluminura, procedente do seu coração grandioso: então, deu o seu lanche para o caminhão comer.
Antes de despedir-se, balbuciou quase imperceptivelmente, algumas palavras:
- “Tenha um bom apetite! Voltarei amanhã para ti ver.” E, foi-se embora balançando a cabeça, desaprovando aquele estado de coisas.
Repetiu o gesto de alimentá-lo, durante mais de quinze dias.
Todos os dias, sempre nos mesmos horários, ele deixava próximo à placa, um pão e um cafezinho, para o aquele pobre e faminto caminhão, alimentar-se; porque a “fome é negra”.
- 13.04.16
Não se pode ir a um teatro sem precisar dizer se gostou ou não, e porque sim e porque não. Aprendi a dizer “não sei”, o que é um orgulho, uma defesa e um mau hábito porque termina-se mesmo não querendo pensar, além de não querendo dizer.
quando alguém te diz não, vá em frente e leve como experiencia
mais quando alguem te dizer sim, leve com sabedoria
CONTRADIGENTE
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Falo não pra dizer sim;
um oposto equivalente;
atiro as pedras do rim
em coração transparente...
Desinibido e decente,
visto nada, palha e brim,
sigo atrás, retorno à frente
ou termino de onde vim...
Meu começo envolve o fim,
fico frio enquanto quente,
tomo santa ceia e gim
feito bom pagão e crente...
Semelhante ao diferente,
sou de fato e de festim;
precisas gostar de gente
para gostares de mim...
Quando for dizer um sim, que seja de coração, pois um sim de coração não terá o interesse da troca de favores, não irá trazer arrependimentos, não fará cobranças, ou seja, um sim de coração é o sim da presença de DEUS.
Quando sua mãe pergunta “Quer um conselho?” é mera formalidade. Não faz diferença dizer sim ou não, você vai recebê-lo de qualquer jeito.
Defina-se, nunca fique em cima do muro. Não fale 'sim' querendo dizer 'não' apenas para agradar os outros.Indecisão denota falta de firmeza de caráter e personalidade fraca. O maior bem que uma pessoa deve ter é autenticidade, seja sempre você mesmo em toda e qualquer situação.
Ninguém sabe o que estou sentindo
Dói, sim. Mas eu decido que não vou dizer a ninguém o que se passa, porque nesse momento sinto a dor quase como plena companhia. Ela fica e, enquanto eu sei que não pode passar, busco ao menos a boa convivência com ela. Mas talvez seja invisível a todos os outros. E eu não consigo entender nenhum dos porquês. Mas, falando bastante a verdade, talvez seja porque só eu a sinta tão intensamente, ao ponto de não ir embora. Não é aliada, mas não me ajuda a progredir. Só me deixa no mesmo espaço, com as confidências que só me atrevo a dividir comigo mesma. Ninguém sabe o quanto de dor vem cabendo em meu peito.
Penso que dizer NÃO pra uns é dizer SIM pra outros... Portanto se faz ineficaz... Portanto não há rebeldia... Rebelde é aquele que induz... Porque ser rebelde?
melhor dizer sim, ainda que não.
senão não entenderias
ainda que voltasses a nascer
ou quem sabe, eu morreria
antes que pudesses entender...
porque não é falta de inteligência
é pior(muito pior): é falta de poesia...
