Dizer Adeus com Vontade de Ficar
Quando eu decidi ir embora, sabia que não conseguiria falar com você. Olhar para você e dizer adeus. Mas imaginava escrever uma carta que explicasse tudo. Aí eu peguei a caneta e… e nada. A gente pensa que certas coisas são mais fáceis de escrever do que de dizer, mas isso é uma ilusão
SELO DO PECADO
Quando vou te ver de novo?
Você foi embora sem dizer adeus,
nem uma palavra sequer foi dita
Nenhum beijo final para selar algum pecado
Eu não fazia ideia de onde estávamos.
Eu sei que eu tenho um coração inconstante e deveras razoável
E um olho errante, e um peso em minha mente.
Será que você não se lembra?
A razão de coração
pela qual me amou antes?
Amor, lembre-se de mim mais uma vez.
Quando foi a última vez que você pensou em mim?
Ou você me apagou completamente da sua memória?
Eu frequentemente penso sobre onde eu errei
E quanto mais eu faço, menos eu sei
Mas eu sei que eu tenho um coração inconstante e razoável... Talvez instável
Eu te dei espaço para que você pudesse entrar
Eu me afastei para que você pudesse ser livre
E espero que você encontre a peça que falta
Para trazer você de volta para mim
Por que você não se lembra?
Você não se lembra mesmo?
A razão pela qual me amou antes?
Quando eu vou te ver de novo,
Para selar o nosso pecado?
_____________ Maria Izabel Sá Ribeiro
“Ela se sentou no cais, esperando o barco chegar.
Não a vi entrar, nem dizer adeus.
Só notei o vazio me invadir, e um rasgo se alojar em minha alma.
Ela não estará mais lá.”
Você pediu e eu já vou daqui
Nem espero pra dizer adeus
Escondendo sempre os olhos meus
Chorando eu vou, tentei lhe falar
Você nem ligou
Eu nunca consegui me explicar
Porque você não quis me ouvir falar
E deixo todo meu amor aqui
Jamais eu direi que me arrependi
Pelo amor que eu deixar
Mas da saudade eu tenho medo
Você não sabe, eu vou contar todo segredo
Esses caminhos eu conheço
Andar sozinho eu não mereço
E você há de entender
A gente tem que ter alguém pra viver
Se você quer, eu vou embora
Mas também sei que não demora
Você é criança e vai chorar
Só então vai compreender
Que muito amor eu dei
E eu quero ver
Você lamentando, meu nome chamar
E quando um dia isso acontecer
De você querer voltar pra mim
O meu perdão eu vou saber lhe dar
E jamais eu direi
Que um dia você conseguiu me magoar
Despediu-se sem dizer adeus
Naqueles olhos pude ver o motivo pelo qual batia em retirada
Poucos são aqueles que estão prontos para o amor e, por ausência de experiência, me deixou esperando sentada na calçada.
Quem sabe ela volte com mais sabedoria na bagagem. E, quem sabe, perceba que o mundo lá fora não tem os mesmos braços acolhedores e pacientes que os meus.
Vá minha querida, eu continuo aqui até o presente momento.
Só não sei se permanecerei.
Dizer adeus a alguém que amou por pouco tempo, mas com a sensação de ter durado anos de uma forma intensa, só não o suficiente para demonstrar todo o seu amor que havia lhe cativado aos poucos. Eis que o eterno se torna lembranças do passado. Numa lagrima caindo uma sensação de despedida desse sentimento para que outro possa nascer.
Uma despedida com texto etc.. é uma forma de dizer nos veremos em outra vida...Um Adeus é uma forma de falar ainda nós vamos nos surpreender...
É difícil! É difícil dizer adeus para alguém que você gosta. É ainda mais difícil quando esse alguém nunca gostou de você, e você precisa dizer adeus porque é o melhor a se fazer. Porque você não aguenta mais pensar nela 24 horas por dia, e sempre saber que nunca poderá ter um pedacinho dela. Mas é preciso dizer adeus, e tentar de todas as maneiras esquecê-la. É isso, ou ficar triste o resto da vida porque não tem a garota que gosta, e não consegue se apaixonar por outra.
POEMA DO ADEUS
por amor, e muito amor, venho dte dizer Adeus,
quero que sejas sempre muito feliz,
tua vida é um lindo sonho,
que vivas sempre sorrindo,
Adeus, por amor, adeus
Quando é necessário dizer adeus...
Elizabete Gilbert afirmou que em determinado momento do seu casamento frustrado, sentiu vontade de sair correndo de fininho e parar de correr somente quando chegasse na Groelândia. Confesso que também tive essa vontade no decorrer do meu casamento, ou melhor, no final dele. Eu simplesmente não queria ter que dizer adeus para algo que escolhi por livre e espontânea vontade para a minha vida. Como assim o meu sim dito aos pés do altar estava virando uma possibilidade de partida? Não era isso que eu tinha planejado, era pra ser pra sempre, mas a única coisa que insistia em permanecer era a infelicidade diária, era não ter vontade de voltar para a própria casa depois de um longo dia de trabalho, era perguntar pra Elizabete em quantos dias eu conseguiria chegar na Groelândia.
E o meu casamento tornou-se uma receita que desanda, como um pão que não cresce, algo que não sabia como consertar. Peguei-me diversas vezes a me perguntar se era possível resgatar a intimidade, procurei por um tipo de botão que a colocasse de volta no lugar, pois ela havia se perdido em alguma parte do caminho. E eu não queria nada demais, eu só queria que tudo voltasse a ser como era antes, simples assim. E a minha vontade de sumir só aumentava, até quando eu percebi que eu estava apenas evitando o inevitável e querendo me ausentar da responsabilidade de dizer a palavrinha que ninguém quer ouvir ou dizer. Eu precisava, mas não queria dizer “adeus”.
Finalmente criei coragem, percebi que a minha presença vazia era bem pior que a minha partida definitiva. Doeu dizer, doeu causar tanta tristeza, doeu de todas as formas que um adeus pode doer. Eu senti culpa, remorso, dor e todos os seus sinônimos. Nos momentos em que busquei por equilíbrio, todos esses sentimentos disfarçaram-se de um quase arrependimento, como quem quer voltar para o ninho que se desfez.
Hoje percebo de quantas formas o adeus tornou-se a melhor alternativa, pois foi ele que preservou o respeito e um pouco de dignidade, foi ele que impediu que gastássemos todas as impossibilidades de voltar a ser feliz juntos. Foi ele que permitiu que pudéssemos ser felizes novamente, embora tendo feitos outras escolhas.
Às vezes me lembro de quem partiu. Um, dois. Silenciosos, sem dizer adeus algum. Essa era a triste verdade, todos viraram pó na memória. Mas por fim, eu não saberia dizer se eles me procuraram, sentiram minha falta ou fingiram não precisar. Essas três verdades absolutas não explicavam grandes coisas. Aliás, não explicavam absolutamente nada. E eu? Eu tentando entender de tudo, sabendo de menos.
