Dizer adeus
E o último beijo não teria sido doce...
Não saberia dizer por que o adeus não cabe nos versos. A imensidão das palavras que eu levarei acorrentadas para que não saiam pelos meus olhos. O amor.
Enlaçados pelos dias de saudade eterna.
Sepultando um futuro com terra fervendo, queimando os sonhos, abortando os corações pela boca.
Deito em cacos de vidro esperando que alguém me veja e me socorra e me liberte e me cubra de sangue para a remissão dos meus pecados sem perdão.
Abrir mão do paraíso e voltar ao inferno por ter esquecido a senha. Dar de cara com o diabo que ri da minha e da tua fraqueza e me joga na cara todos os meus poemas ridículos. Faz escárnio, grita o teu nome e joga tuas fotos no fogo eterno.
Dê as costas, suplico!
E livra-me de todo o mal.
Amém.
De tantos dizeres.
De dizer disse tanto, e calou-se a voz do coração.
De dizer disse adeus, e a mágoa que trás a expressão.
De dizer, disse que amo, e a voz calou então.
De dizer disse que não. E então eu fui ao chão.
De tanto dizer, tornou-se fixa na mente.
De dizer, tanto que disse, que queria esquecer.
De dizer que foi perfeito, perfeitamente.
De dizer, que o sentimento, se fez nascer.
De dizer, então partiu. Só de dizer o que disse.
Dizer que te amei é fácil
Dizer que te perdi é meu fim
Isto tudo digo de mim
Disse-te adeus chorando
Mas de ti continuo murmurando
Tentei te esquecer
Mais estive a morrer
Penso e pensarei em ti
Estas dentro de mi
Saber que não te posso ter
Arrancou o meu ser
Tem algo que machuca mais do que dizer adeus: a vontade de não dizer adeus. A saudade. O amor. A alegria. A felicidade. E todas as outras coisas que aquela pessoa trouxe ou deixou.
E se ele partir. A única coisa que poderei dizer será adeus. Mesmo eu querendo continuar, não vou conseguir.. o amor em si é uma dependência. E nem todo mundo consegue lidar com ela, e eu particularmente, já lamentei demais.
SONETO DA PERDA
Nuca eu quisera desejado tal saber
Dizer com a dor um adeus querido
Erigindo com o dano choro balido
Fugindo com a harmonia do viver
Dó é arrancada do pesar instituído
Saudade deplorada de não mais ter
Que somente lembranças há de ver
E lágrimas no suspiro do vil contido
Some, e põe o amor tão triste... Ser
Sorriso suspenso, prazer em gemido
E a noite tão distante do amanhecer
Nunca ninguém pela perda ter podido
Dói tanto, tão dolorido, a permanecer
Que no sentido, o desalento é definido
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
Quisera eu,
Ter um dia marcado,
Para dizer adeus.
Me sentaria ao gramado,
E com uma xícara ao lado,
Assistiria o pôr do sol.
Assim seria...
Minha despedida!
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