Disputar uma Pessoa

Mais do que uma disputa eleitoral, e uma disputa de intelecto, casual, vivemos uma disputa irracional.

A verdade tem sido tratada como uma inimiga da sociedade, bem como um vírus a ser detido para não se tornar epidêmico.

Nem sempre fazemos escolhas acertadas, mas jamais devemos estabelecer uma parceria fiel com as escolhas erradas.

O "tarde demais" começa a se manifestar no exato momento que construímos uma situação a qual seja fundamental a sua reversão, porém o seu êxito não dispõe de tempo.

Há quem prefira desbravar o mundo e há quem fique confortável no seu mundinho, tudo é uma questão de expectativa sobre os próprios limites, sobre a capacidade de sonhar e acreditar, bem como da dose de insubordinação frente às imposições do comodismo e dos que torcem contra às descobertas que libertam.

Posicionamento sobre assuntos polêmicos, ou não, é uma marca de quem não está preocupado em agradar todo mundo com as suas opiniões, apenas tê-las para não se sentir alienado, nem pertencer à turma dos omissos, muito menos pensar igual para ser integrado à grupos específicos.

Não basta movimentar o corpo e manter o intelecto inativo, o resultado é chocante, uma vez que o contrário disto é admiravelmente mais belo.

Um dia com a alma leve é como uma vida de aventuras onde até os obstáculos são prazerosos.

Ser saudável é ter vida dupla, uma na rede, outra na real. Doente é quem vive da mesma forma nos dois ambientes.

Percebam que há uma diferença entre agregar conhecimento e agregar informação. O efeito deles no nosso comportamento e na nossa visão de vida é bem distinto um do outro.

Quem precisa se autopromover divulgando que possui uma alma iluminada, pode apostar que está furtando energia de alguém. É gato!

Iniciar uma semana é mais do que recontar esta pequena fatia do Tempo, é perceber que o Tempo está nos oferecendo uma nova recontagem de possibilidades para buscarmos realizar, por hora, uma fatia do nosso grande objetivo. Mãos à obra, porque o Tempo não para, justamente, para não nos paralisar, porque Ele, se quisesse, pelo tempo, já podia descansar.

Por um instante achei que fostes real, mas sois, apenas, uma memória materializada do que um dia a existência concretizou. És a miragem de uma lembrança secular que me faz concluir que mesmo sendo uma viajante do Tempo carrego bagagens inúteis.

A energia que faz acontecer exala da alma, se esta for uma alma hipócrita o movimento é falso e, consequentemente, instável. Sintonia autêntica flui em mão dupla, bem como na contramão, e gera resultado.

Se a vida te der um limão, faça uma sobremesa com cobertura de merengue e polvilhe com raspas do limão, fica uma delícia. Ah, e quanto à limonada que você tem a obrigação de fazer dele - capricha no açúcar, glicose ajuda na digestão do amargo.

Ter uma companhia deveria ser uma recreação na vida e não uma solução pra vida, afinal, somos solitários e não só de nascimento, especialmente de ventre, com poucas exceções.

Não quero uma vida, aqui no azul debaixo, pautada no eterno, uma vez que sou ciente de que não sou eterna na vida. Quero muitas e longas experiências provisórias, porque são elas que me preparam para a vida que ainda tenho que viver antes da vida no azul de cima.

Notas secretas sobre mim.

Sou uma companheira completa, inclusive, além dos defeitos, tenho qualidades.

Tudo que a gente passa, seja de bom ou ruim, na vida, tem uma razão de ser e quando não somos capazes de identificar os motivos, em especial dos ruins, porque os bons, equivocadamente, nos limitamos à usufruir sem refletir sobre o ensinamento embutido neles, nos resta reconhecer que, no mínimo, a experiência vai nos servir de aprendizado, de amadurecimento e, especialmente, e está
nos proporcionando a oportunidade de nos tornarmos mais fortes e mais bem preparados para as próximas experiências similares, porque a vida é isso - altos e baixos, luz e breu, paz e tormenta, sorrisos e lágrimas, prazer e dor. A vida só não é para ser desprezada, pois ela é a nossa maior fonte de esperança na continuidade dos bons momentos, e na passagem rápida dos maus.

Nesta altura da minha vida, raramente chego a formalizar com um ponto final uma história que vivo. Abuso, no seu decorrer, das vírgulas, dos dois pontos, das interrogações, das exclamações, dos pontos e vírgulas, dos travessões e das reticências o que faz com que o ponto final se manifeste de forma espontânea quando não há mais parágrafos para serem compartilhados com prazer comum às partes, então, no fim, só cabe o meu silêncio.