Diálogo
Diálogo com Fernando Pessoa.
Mote
Quanto do sal que há no mar
São lágrimas de Portugal?
Voltas
Pessoa li o teu versar
Da quantidade de sal
Que há nas águas do mar.
Um pouco era natural
Um pouco era lacrimejar.
Era dor, saudade e tal.
Quanto do sal que há no mar
São lágrimas de Portugal?
Porque é preciso lembrar
Do negro a chorar na nau.
Da viúva em pranto a fitar
Seu homem arrancado do local.
Podemos então concordar
Nesta questão crucial
Que nem todo o sal do mar
São lágrimas de Portugal.
Fernando é preciso falar
Do indígena tropical.
Que muito esteve a prantear
Por ser tratado tão mal.
Então se pode afirmar
De modo justo e imparcial
Muito pouco do sal do mar
São lágrimas de Portugal.
Diálogo
Pra conversar...
Não necessito;
Emitir Palavras,
Escrever a você.
Piscar pra você.
Esta do seu Lado...
Preciso Sim.
Em algum momento.
Esta no seu Pensamento.
O calibre mais potente que existe é o diálogo, com ele há vencedores e há vencidos, porém, não há feridos.
Dialogo em uma terrinha diferente
- Dr. Hamondo, espero ver você em minha festa de formatura, Eu estarei lá com Busffa e nós estaremos concretizando dezoito anos inteiros de muito estudo - Falei alegremente já sabendo da resposta - Estamos ansiosos para começar os trabalhos.
- Sim! Eu imagino dezoito anos estudando Ciências Psiquiátricas gramaticais do desenvolvimento Socio-econome-cológico não é para qualquer um, creio que você será um Pes-sótimo profissional. Mas não sei se devo aparecer em sua formatura meu caro jovem, ultimamente tenho estado muito ocupado com o caso de Milar, aquela cega que não ouve, é bem complicado.
- Nossa ainda? Achei que já havia resolvido esta enxaqueca.
- Não, não, o caso é bem grave, e além do mais, Milar é uma doçura, sinto-me feliz em ajudá-la. Creio que no sol quente do próximo inverno ela voltará a ouvir bem e será capaz de enxergar. Eu só preciso desenvolver mais um xarope com uvas passas e tudo estará prontinho.
- Que assim seja então, boa sorte Dr. Hamondo!
- Até mais jovem, mande um peteleco na orelha de Busffa. E olha vê se sai de regata em, com esse friozinho de verão, não quero ninguém doente em meu consultório.
- Claro! Farei isso, e tomarei suco de carambola bem gelado para complementar.
- To certo! Até mais!
Eu sempre serei a favor do diálogo, em qualquer circunstância. Silêncio pra mim não é resposta de nada, é fuga! Tem gente que ao ouvir o que temos pra dizer, põe as duas mãos no ouvidos. No fundo, não suporta o fato de ter de sair do centro de um universo paralelo chamado: seu próprio umbigo! Não ouvir o que o outro tem pra dizer é de um egoísmo sem tamanho! E de uma soberba maior ainda! Mesmo que nos desagrade, ouvir outros pontos de vistas sempre será essencial...sempre!
Quando o contexto do seu diálogo é forte e verdadeiros é certo que você não precisará alterar a sua voz.
Diálogo incompleto
Sabe de uma coisa? Eu já escrevi esse nosso diálogo.
Não com as mesmas palavras ou vozes, mas o sentido.
Com certeza está perdido em algum caderno dos muitos que eu tenho, talvez em até mais do que apenas um deles, entre os textos filosóficos, os estudos musicais, os desenhos abstratos, os sonetos incompletos.
Talvez até mesmo esse diálogo esteja incompleto...e talvez sempre se incomplete*.
Que seja assim!
É preciso que haja algo a se dizer.
***
Você está muito bonita! Você é muito bonita. Inevitavelmente. Mais do que antes, ontem ou no início da frase, mais do que eu possa perceber.
Que sorte a minha! Que triste eu sou!
Não vá! Não dessa vez, esqueça a distância.
Será muito arriscado? O que você faria?
Obrigado! Que feliz eu sou!
Posso contar com você.
Pode contar comigo!
Nosso amor é um diálogo mudo, um ato de telepatia, um encontro mágico, uma tempestade de sonhos, no meio da qual me descobri toda tua.
FOTOGRAFIA
O diálogo
Que arranha na garganta
E como conjugues, a celebrar
Eis a questão,
Do mesmo hexágono,
E ao decair a tarde
Quão lindamente
Nos devora lado a lado
A focalizar que vindes,
Eu vi, que vinhas!,
Repreendo o vento,
E sobre a palma da mão,
O suor, a se tornar um orvalho
Que colherdes das hortelãs
3 cubos de açúcar,
E um chá para nos dois.
Livro: 1.205 F: 251.
A pobreza não é só falta de dinheiro: na maioria das vezes, é a falta de compreensão, de diálogo, falta de otimismo, de entusiasmo, falta de uma palavra de conforto e/ou encorajamento, falta de uma gentileza, falta de bondade e/ou de senso de justiça, falta de afeto e/ou amor pela vida pulsando dentro de si, etc.
Porque quando existe um verdadeiro encontro com alguém, no diálogo, na amizade, no amor, deixamos de ser mera embalagem e passamos à categoria de verdadeiros presentes.
Nestas ocasiões, acontecem coisas muito comoventes e essenciais: mutuamente, as pessoas vão se revelando. Você já experimentou essa alegria?
É um prazer profundo, que vem da alma, quando duas pessoas se abrem virando presente uma para a outra.
Ter conteúdo é o segredo para quem deseja tornar-se "presente" e não apenas embalagem.
Por tudo isso, seja pessoa, e não apenas embalagem bonita.
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