Despertador
Despertador
Ah, maldito despertador!
Quando quer me desperta
Quando não me inquieta
Mas quer e não me desperta…
Ah, maldito!
Pra que tu presta senão pra isso?
Perdi a hora do ofício
Como haveria de saber,
Um despertador que não vê,
Que perdi a hora?
Que não vou achá-la na gaveta,
Debaixo da cama
Ou na caderneta?
Despertador besta!
Trabalha toda hora
Se não trabalha te jogam fora
Hoje vai ficar a toa
Ninguém se importa ou sente dó
Desperta cedo e vive só
Quando atrasa vai pra sarjeta
Não importa qual motivo
Seu atraso ofereça
Se não tá bem mandam funcionar:
“Te vira, vá trabalhar.”
Vai indo dando tranco
Encolhido como sempre
Tão em si e engrenado
Tão coitado e tão quebrado
Despertador danado!
Faz parte boa da vida, acordar sem despertador
com alguns planos de nada para fazer,
lembrar que o caos sempre passa e sorrir sem motivo,
e agradecer por estar vivo.
Faz parte boa da vida,
sentir aquele arrepio emocional,
ouvir música e cantar, mesmo sem saber a letra.
Lembrar de assistir os céus enquanto
eles te assistem lutar e recomeçar todos os dias.
Faz parte boa da vida ouvir ela gargalhar e assim
aprender traduzir a felicidade sem mesmo usar palavras.
Lembrar que sou rico por ter aquele sorriso
acordando comigo.
Faz parte boa da vida
você fazer parte da minha.
Despertador quebrado
O trabalhador chegou cansado
O trabalhador olhou seu despertador
O trabalhador tomou banho e se vestiu
O trabalhador programou o seu despertador
O trabalhador dormiu
As horas passaram
O despertador não despertou
O trabalhador perdeu hora
O despertador quebrou
Pergunte ao tempo, quanto tempo ele ainda tem e mexa-se.
Chega de colocar o despertador na função soneca, deixar tarefas para depois.
Chega de ser solitário, solidarize-se.
Chega de ser rancoroso, ancore-se.
Chega de ser vítima de um sistema, de uma sociedade, de um país, evolua.
Não chore, ore...
Não pire, inspire...
Não exclua, inclua...
Opte pelo bom, pelo positivo, pelo que faz o coração vibrar.
Opte também pelos bons costumes, pela educação.
Opte por ser e nao por ter.
Agradeça, torça, se esforce.
Se o tempo te perguntar quanto tempo voce deseja ter, apenas viva, movimente-se, saia do lugar.
Você sempre dará pra sua vida a vida que ela precisa ter.
A minha versão da gente é a seguinte,
Antes do despertador tocar,
Levanto sorrateiro da cama, sem te acordar
Escolho o café especial, seu preferido
Daquele dia tão bonito,
Tarde de domingo
Ligo o rádio na estação romântica,
Sua mente vai despertando,
Ouvindo, sentindo se eufórica
Abrindo os olhos então me enxergando,
Abrindo a porta vou me aproximando,
Dando um sorriso digo Bom dia linda,
Toma aqui seu café,
Abaixo e beijo sua testa,
É nesta versão da história que você mora, Brenda `
doando um desperta(DOR)
porque já perdi tempo demais
despertando as dores
agora eu quero mais
é perder a hora e a cabeça
de vez em quando
e também quero perder o juizo
e sair do prejuizo
quero viver
pois ainda há tempo para tudo
e talvez outro tempo para nada!
falou a (des)entendida do assunto
Fernanda de Paula
Instagram: fernanda.depaula.56679
Novo Instagram: mentepoetica2020
Cedo, cedinho,
Olhos remelosos, e corpo ainda cansado,
Resmungo com o despertador,
Levanto sem saber onde estou,
Efeito de um porre, um apagão no cérebro ou morri?
Todo esse tempo de descanço, o despertador lembrou que é hora de acordar o coração;
Sonolento, percebesse que o amor espera para adentrar em um coração que foge da solidão... Com lúcidez, gritava em silêncio querendo me encontrar! Eu falo: Venha que eu deixarei o amor entrar;
Tocou o despertador. Levantou.
1x0 pra você.
Trocou de roupa e foi malhar.
2x0 pra você.
Leu 10 páginas de um livro.
3x0 pra você.
Planejou seu dia e começou a trabalhar.
10x0 pra você.
Independente do placar ao final do dia, o primeiro ponto tem que ser seu.
Devaneios
Eu fico sozinho no quarto
Desligo o despertador
Não quero acordar amanhã
Me leve para onde for
E se eu acordar
Você vai vir me buscar ?
E me levar daqui
E me levar daqui
E esse mar vermelho
Eu vejo pelo espelho
No limiar da dor
Dos cortes e devaneios
E o que me segura
Já não é suficiente
Já não consigo mais
Me manter consciente
Entorpecido, reflexo pálido
No sonho que sonhei
Nossas almas não estavam nesse estado
Mas já que se encontra aqui
O que decidiremos
Melhor ficar acordado
Ou dormir durante um milênio
E o mesmo mar vermelho
Calmo como o sereno
Se ficar agitado
Eu me afogo com seu veneno
E esse mar vermelho
Eu vejo pelo espelho
No limiar da dor
Dos cortes e desvaneios
E o que me segura
Já não é suficiente
Já não consigo mais
Me manter consciente
Ao ligarmos o despertador para o dia seguinte nós estamos a ter esperança de que vamos estar vivos para acordar, levantarmos e desligar.
PRA QUE TANTA IGNORÂNCIA?
Acordou de manhã cedo, bufando com o despertador. Levantou com o pé esquerdo e aí seu dia começou... Bom dia, por quê? Só se for pra você! Não enche meu saco! Não me atormenta, não! Patada tomou, o tempo fechou, olha que situação.
Hoje tá nervosa e isso nem se mensura. Pois todo dia é assim, qualquer vento bobo abala essa estrutura. Descansa essa mente meu bem, toma uma água com açúcar. Não desconta em mim toda essa ira, sai pra lá loucura.
Fora o constrangimento de quem tomou a patada, a cara vai chão, aí que decepção de falar com estourada. Ignorância não vai te levar a nada. Só a inimizades e maledicência.
A vida é assim, dias bons e ruins, tenha mais paciência. O sorriso faz bem a você e todos a sua volta. Trate com educação, tenha compaixão, assim ninguém se revolta.
Pra que tanta ignorância, meu Deus? Pra que tanta reclamação? Relaxa um pouquinho, dá um sorrisinho e acalma esse coração. Toma cuidado que esse cão morde, toma cuidado que essa cobra pica. Não sei se é raiva, não sei se é veneno, ninguém diagnostica.
Madrugadas Melancólicas
Às 5h30min, o despertador é acionado.
Ela, como de costume, levanta e vai preparar seu café expresso.
Aquele era seu melhor –e único- passatempo nessa vida. Sentar-se na cadeira de balanço, no segundo piso do apartamento com uma cobertura incrível do jardim místico de sua casa, e deliciar-se de uma boa xícara de café.
Para ela, o café era muito mais do que uma simples bebida. Era o seu retiro matinal, sua fonte de inspirações, seu melhor vício.
O aroma fresco, à lembrava das mais impactantes reminiscências de sua vida.
O gosto, levemente adocicado, estava relacionado às lembranças mais saborosas; como aquele bolo de morango que sua mãe fazia todos os domingos, ou o cheiro de terra molhada que tinha na sua cidade...
O peso da xícara em suas mãos, à lembrava do peso das palavras que carregava todo santo dia em suas costas, o peso das lágrimas, angústias, dores, e principalmente o peso do que deveria ter dito para alguém, no momento certo, e não disse.
A fina espessura da xícara, lembra-a de quão frágil aquela xícara –e ela- é. Que aquela xícara poderia quebrar a qualquer momento, da mesma forma que a garota poderia desabar, repentinamente.
E por fim, quando segurava a alça da xícara, se recordava das vezes que seus amigos a seguraram, e não a deixaram cair por nada nesse mundo.
E, naquela milésima fração de tempo, ela sorria.
Hoje acordei sorridente
Nem briguei com o despertador
Depois da noite de ontem
Alguma coisa em mim mudou