Despedida da Mãe
EXÍLIO TRISTONHO
Lourdes Duarte
Sempre há um amanhã na confusa vida terrena
Alguém parte, ou se vai, sem o canto de adeus
A saudade e a esperança de um reencontro
Alimente a alma, de quem destroçado ficou.
Se tens que partir olha-me- ás um instante.
Deixa-me ser feliz mais uma vez, meu amor.
Foram dias contigo, que desejei não ter fim,
Para longe de mim partirás, meu querubim.
Deixa-me sentir o teu cheiro mais uma vez,
Inebriar-me nos teus braços e abraços,
Sei que a passos cansados caminharei
Longe de ti, até que nos encontre outra vez.
Do fundo do exílio tristonho e saudoso
Gritarei teu nome e lembrarei teu sorriso
Em busca da felicidade irei seguindo
Esperando o dia do nosso reencontro.
Ontem eu me despedi do teu abraço
E nem sabia.
Mal a rosa chega e logo ela se entristece pela ida obrigatória.
Eu poderia ter te olhado mais,
Sentindo mais o teu cheiro.
Agora eu me pego tentando segurar esse teu perfume dentro de mim.
Queríamos que fosse fácil...
Um violão, as nossas vozes ou sussurros, risos...tanto faz.
Queríamos que fosse apenas a gente no banquinho da praça, criando coragem pra se beijar e não se apaixonar perdidamente um pelo outro.
Rindo dos nossos pulsadores dentro do peito, nos fazendo correr perigo por causa de um beijo.
Neste planeta enorme...o que é um beijo?
Universo deve mesmo conspirar pra tomar de nós o que sentimos.
É perigoso o que sentimos.
É gostoso o que sentimos.
É especial e todo mundo quer sentir o mesmo.
Porque se ninguém tomar, vamos incediar praças, espocar planetas, como aquele cara engraçado disse. (Risos)
Vamos despertar muita inveja...só pelo simples fato de ninguém conseguir nos trancafiar à 7 chaves ou até mesmo nos proibir.
Dizem que o amor é cego...mas o que ficou claro, é que quem cega o amor, a paixão...somos nós.
...E tudo isso é por causa de um beijo...Imagina se fosse as nossas almas ali na praça?
O que está atrás da porta
Não importa...
O que está na escuridão
Não incomoda... nem razão, nem coração.
O que escondem as nuvens.
O que vem ao se virar a esquina.
O que deixa a onda que da praia volta pro mar..
Nada disso é coisa pra minha cabeça ocupar.
O teu silêncio.
O teu muito falar.
O teu olhar (des)interessado
se estou ou não ao seu lado.
Por que eu iria com isso me incomodar?
Te amo como nunca amei alguém nesta vida...
Mas já está escrito nosso momento da despedida.
I don't care! I don't care! I don't care!
Era um momento de tranquilidade e descanso, aproveitavam um dia ensolarado com o céu abençoando nossa terra. Surgiu um beijo que fora de costume, mas com sabor indescritível... os amantes se assustaram e as afirmativas foram unânimes referente ao sentimento do contato das bocas. Como num conto, surge mais uma peripécia do amor e o melhor beijo do casal deixou um grande gosto de despedida.
Carta Aberta: Cansei, Lutei Até Meu Limite
A quem ainda se importa,
Eu lutei. Lutei com tudo o que tinha, com tudo o que restava de mim. Dia após dia, me levantei quando queria ficar no chão, sorri quando minha vontade era desmoronar, fui forte até quando a força me abandonou. Mas agora, cansei.
Cansei de fingir que estou bem para não incomodar, de carregar um peso que ninguém vê, de gritar sem que ninguém ouça. Cansei de ouvir que tudo é fase, que vai passar, que basta ter fé. Porque não é assim tão simples. Nunca foi.
Não peço que me entendam. Apenas que saibam que eu tentei. Tentei ser quem esperavam, tentei encontrar um lugar no mundo, tentei carregar minha dor sem transbordar. Mas há batalhas que não se vencem, há cansaços que não se curam com descanso.
Se eu partir, saibam que foi depois de uma longa guerra, não de um único dia ruim. Se eu ficar, saibam que estou além do limite, e só preciso que alguém perceba sem que eu precise explicar.
Cansei, mas ainda estou aqui. Até quando, não sei.
[JB]
A Arte Secreta de Partir
Não ficaremos presos ao sofrimento para sempre. Haverá um momento em que o cansaço vencerá o choro, em que o silêncio será resposta, e a aceitação, descanso.
Aceitaremos que chegou ao fim. Que nada mais mudará.
Mas não partiremos de qualquer jeito. A despedida precisa de tempo, de rito, de memória.
Então, nos ergueremos. Nos arrumaremos. Sorriremos para que fiquem as melhores lembranças, para que até o perfume da pele se transforme em saudade boa.
Arrumaremos a casa. Veremos os amigos. Daremos abraços longos— daqueles que dizem, sem palavra alguma, que ali, naquele calor, se pudéssemos escolher, ficaríamos para sempre.
E talvez gargalhemos, para que o som ecoe na eternidade.
Antes de partir, a gente se deixa. Porque, embora a decisão já tenha sido tomada, o desejo é ficar.
Ficar no olhar de quem nos viu, no toque de quem nos sentiu, nas memórias de quem nos amou.
E ser lembrada da melhor forma possível.
Sorrindo.
SONETO DA PARTIDA
Ao despedir do cerrado, central sertão
na noite, eu deixarei a luz da lua acesa
a minha admiração posta, fica na mesa
e as lembranças largadas no árido chão
Os cuidados, ao pai, deixo minha certeza
que o bem é mais, mais que a ingratidão
que a vida com amor é repleta de razão
e que o sono só descansa com nobreza
Talvez sinta falta ou talvez só indagação
o que importa foi a história com clareza
e paz que carrego no adeus com emoção
E nesta canção de laço e fé no coração
a esperança na bagagem, única riqueza
se parto, também, fica a minha gratidão
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, maio
Cerrado goiano
O artista não morre se transforma em fração do infinito...
- Maestro Guilherme Vaz
POR AQUI PASSOU UM LOBO SOLITÁRIO
Quatro da tarde
O pranto indígena em prece
A dor açoita. O vento arde
O silêncio cresce, sem meça
Do choroso canto à parte...
Junta-se o coração em pedaços
Em sentidos lamentos à la carte
Gemidos partidos, sublinhados em traços
Do travador, mestre, da saudade em encarte.
“Por aqui passou um lobo solitário.”
Não foi mais um, foi um! Foi arte!
... foi vário.
“Ele está em todos lugares e em lugar nenhum.”
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
ao primo Guilherme Vaz.
TRISTE MENINA
Chora cá a tua morte pra eternidade
os soluços que assim a memoraram
as lágrimas arrancadas não secaram
nos carecentes campos da saudade
Aflitiva entre as aflitas a tua verdade
molesta por todos faltos que faltaram
as tuas consumições nunca cessaram
na tua meiga e agitada sensibilidade
Então, sonha aí, posta na conciliação
no teu moimento da campa santa
agora pode aquietar o teu coração
Dorme, na graça e na união Divina
dói n’alma o silêncio que agiganta
ide em paz, saudosa, triste menina!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/11/2020, 11’23” – Triângulo Mineiro
Sétimo dia da Páscoa da prima Flávia Magalhães Nogueira
O QUE FUI
O que fui, ficou parado na vida
Meu sorriso aberto, um dia chorou
A saudade de mim, em mim agora atordoa meu ser
O vazio me mata
Caí, e gravemente feri-me
O pesadelo acordou, já não sonho
Na cama vazia eu busco refúgio
Meu chão é meu hoje, não tenho amanhã…
Perdi ilusão
Hoje proclamo o dia da perda, não mais ouço meu grito
A vida é nefasta em mim, não creio em mais nada
A lua apagou lá no alto
O brilho do sol não volta amanhã aquecer meu viver
A cidade é vazia
O veneno não me consola, me isola e me salva do nada
Omitir pra viver, me disseram
Eu não quero
Quero ser livre, quero ser eu, e já não posso
No vento forte caí, queria poder levantar
Bater a poeira e voltar a viver
Mas…Já não posso fazer
O meu tempo foi ontem, o passado levou
Meu espelho já não mais pode me ver
Parti, fui embora de mim
No dia que a ti me dei por inteiro
E hoje por detrás dos trapos em que me escondo
Vivo estou, na letargia do tempo
Tempo que em mim parou
Nas profundezas do pântano
Que todo meu ser mergulhou
Como se mede a importância de alguém na nossa vida?
Quando a saudade já é enorme antes da despedida.
Respeitando...
Respeitando o outro
Respeitando pai e mãe
Respeitando os mais velhos sempre...
Respeitando se quiser ser respeitado
Respeitando as crianças para que elas sigam o exemplo
Respeitando os animais
Respeitando qualquer ser vivo...
jaz
teremos sempre
— de novo —
avós bisavós tios
mãe e pai
enquanto cultivarmos
nossos álbuns
de fotografias
Filha de uma mãe e vários pais,
Que tinham outros filhos em diversos cais,
A história se fazia, corrida diária,
Aquela sobrevida na zona portuária.
Mãe
Com você eu aprendi como desenhar, ou dedilhar um violão, com você eu aprendi que a melhor forma de amar não é só com coração,
aprendi olhando nos teus olhos e o sorriso amigo e até quando compõe uma canção
Que a melhor forma de amar é dedicar, é demonstrar, e também é gargalhar!
Gargalhar tanto até rolar no chão!
O teu amor é tão forte que traz sorte! Teu sorriso carrega energia, é combustível da alegria e move um caminhão!
Quero ser essa pessoa, merecer o teu carinho, o teu respeito, ser teu caçula, ser refugiado em teu peito! Você é minha salvação!
O homem tem três mulheres em sua vida. Sua mãe, sua esposa e sua filha. Te garanto que as duas primeiras não têm expectativas tão altas sobre você quanto a terceira.
Certa vez, lendo Manoel de Barros, me deparei com o trecho:
“A mãe reparou que o menino gostava mais do vazio do que do cheio. Falava que os vazios são maiores, até infinitos”.
Aquilo que havia lido ficou por dias na minha cabeça. E no meio de um turbilhão de emoções que me desconcertava, continuava a ecoar como uma mantra. Foi quando compreendi aquela mensagem do Universo. Ele só queria dizer para eu soltar, para eu me esvaziar de mim mesma, dizia que nem tudo precisa ser controlado, nem tudo precisa ser tão pesado. Que preciso desapegar de certas emoções, da auto cobrança. Silenciosamente fui percebendo o quanto eu mesma me boicotava. Repetindo padrões que estavam enraizados e mesmo depois de anos e tantos aprendizados, lá estava eu novamente lingando o “repeat” da sobrecarga emocional. Me julgando, me culpando, me cobrando. Sem perceber que enquanto não me esvaziasse daqueles milhões de pensamentos punitivos, não tomaria conta de quem realmente sou. Do que realmente sou capaz.
Respirando aliviada, fui largando muitas amarras, olhando para o meu interior que pode ser envolvido em coisas leves e harmoniosas. E, totalmente despida, enxerguei minha essência mais pura. E me dei conta... Eu tenho o infinito diante de mim! Agora posso ir além.
A minha mãe...
Ninguém nunca está preparado para ver um amor ir embora.
Não importa se é o certo, se é o melhor, ninguém está pronto ou disposto a partir o próprio coração.
Por que alguns amores tem raízes tão profundas que não podem se desvencilhar, e nunca, nenhum tempo, que não a eternidade será suficiente para que fiquem juntas.
Na verdade, alguns amores deveriam ser proibidos de se separarem, deveriam ter o direito de ficarem para sempre juntos.
Por que não importa quanto tempo passe, a saudade, a falta nunca irão desaparecer.
Por que algumas pessoas são únicas, algumas pessoas são tudo que somos.
Por que mães e filhas não deveriam nunca ficar longe, nunca deveriam ter que se despedir.
Não importa qual parta primeiro, uma nunca existirá sem a outra.
Dor !........
À todos os planos de um pai e mãe
inclui-se o filho ;
Á todos os planos de um filho exclui-se
o pai e mãe ;
Se houvesse retribuição "em mesma
moeda" ,poderíamos ao menos dizer
que houve um comercio sadio ,mas
nem a isso chegamos e o resíduo
disto é sempre a dor !.......
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