Desilusão
Sentada na areia.
As ondas vão....
As ondas veem..
Ondas .. levem minhas lembranças para onde elas não possam mais me sufocar.
A brisa suave toca de leve meu rosto.
O sol ardente faz a realidade cortar a minha alma.
As ondas veem...
As ondas vão...
O tempo passa.. e o vazio continua a me atormentar sem perdão.
Sonhos e desesperanças:
Desacreditada de poemas românticos, forçada a viver a doçe ilusão de um quase algo que quase me matou.
Sonhando alto pelo impossível que de possível só tinha a dor.
destinada a sofrer por amar, abandonada pela própria esperança e fadada a morte sem a mansa sensação do amor.
A dúvida que corrói os ossos e abala a mente, nos trás brevemente a sensação de esperança, que morre logo após a quebra de confiança.
Assim se desenterra toda a sede...
Todo o amor...
Todas as noites...
Uma a uma...
Toda a luz de cada dia...
E o meu coração que a ti espera...
Se alegra enquanto definha...
Vejo coisas que nunca antes tinha visto...
Coisas que sempre soube mas que nunca quis olhar...
Tão certo que me aperto...
Que meu mal tanto me dura...
Vou mais fora de caminho...
Sem ti vou tão deserto...
Recantos escuros, em segredo...
Atrás das sombras que me procuram...
Desiludido ainda me iludo...
No que meus olhos mais indagam...
Pelas palavras que nunca disse...
Pelos gestos que me pediste...
E com este cuidado todo...
Perco de vista o meu ser verdadeiro...
E bem sabes...
Que até me ignorando...
Sou teu...
Por inteiro...
Sandro Paschoal Nogueira
Não deu, a sorte me enganou
A mulher que eu queria da noite pro dia arrumou um amor
Lê minha mão de novo, eu preciso saber
Diga se vou ter sorte, cigana, sorte pra esquecer
Amor perdido
Inquieto coração.
Sabor e dissabor.
Conflitos... ilusão.
Paixão secreta.
Razão e emoção.
Ah esse amor que existe...
Não, não é o acaso que insiste.
Amor quase desesperado...
Por tanto tempo tão esperado.
Razões desperdiçadas.
Amor que deu em nada.
Coração partido...
Amor que não era pra ter sido.
Guilhotina
Eu sei o quanto tudo pode ser difícil,
Para uma mulher e para um homem,
Entendo que o Amor tem muitos artifícios,
E tenho medo que essa pressa assim se torne,
Este movimento que faz da vida acelerada,
Que conturbada, dos sonhos afiada navalha.
Declaração
Sento-me na calçada e acendo um cigarro
Atrás de mim, a festa
Ao meu lado, a bebida
Ante a mim, a sarjeta
Me vê de costas e se aproxima
Senta-se ao meu lado e me pergunta como estou
“triste”, respondo
E me pergunta o que me aconteceu
“ora!” exclamo
“não sabes? Foi tu”
“tu me aconteceste, inconveniente”
Me pergunta que mal me fez
“mal? Não, não, isso seria o de menos”
“quando já estava desistindo das pessoas, tu me apareceste”
“descendendo dos céus como a chuva que molha uma lavoura”
“com esses cabelos negros enrolados, esse carisma”
“seu sorriso de mármore branco”
“e esses olhos, ah os seus olhos...”
“olhos acesos de curiosidade e inteligência, pretos negros feito breu”
“um olhar marcante e tão único que até em fotografia não é possível capturar”
“oh, quantas vezes joguei fora desenhos de ti”
“por não sentir verdade nos teus olhos de papel”
“é evidente que te quero por mais do que um momento”
“mas você insiste em ser perfeita demais e interessada de menos”
Olha-me nos olhos e não me responde
Levanta-se sem expressão
Calada sai
Estraguei nossa amizade
Eu finjo que entendi.
Que passou, que superei, que nem doeu tanto assim.
Mas no fundo, eu sei…
Meu corpo trava, minha voz falha, e eu paro.
Não é falta de força,
é medo de lembrar o quanto me importei.
De ter sido escolha,
e de repente, ser só mais um entre tantos.
A verdade?
É que fingir que não dói é mais fácil
do que admitir que ainda dói pra caralho.
E o que me trava não é o vazio —
é tudo o que ainda tá cheio aqui dentro,
e que eu finjo não ver pra continuar andando.
Ser
Não sou
Queria ser
Queria ser mas não sou
Não sou, eu sei
Mas não sei se sou
Você quem sabe
Talvez eu seja
Não sou
Tento ser, mas não posso
Quero ser, continuo não sendo
Mas não sou
Seria bom se fosse
Seria bom ser
Seria bom se fosse
Mas não sou
Quero ser, continuo não sendo
Tento ser, mas não posso
Não sou
Talvez eu seja
Você quem sabe
Mas não sei se sou
Não sou, eu sei
Queria ser mas não sou
Queria ser
Não sou
Você perdeu alguém na sua vida e reconhece que se VOCÊ tivesse tomado outra ação e não tivesse deixado sua intempestividade te dominar o fim seria diferente, que vc não teria perdido a pessoa!
Porque agora age da mesma forma e continua errando por orgulho e imaturidade? Vai continuar perdendo as pessoas por desprezar as falas que dizem fazer doer suas atitudes! Pq fazes sofres a quem ama!? Que amor é esse que machuca ao invés de ceder a briga e ignora o sofrimento alheio! A vida nos ensina muito, cabe a nós querer aprender! Se não muda e pq nunca existiu amor!
Chega. Estou Farta.
Estou farta.
Farta de sofrer por causa da minha própria família.
Farta de me sentir sozinha no meio de quem devia ser abrigo.
Em vez de apoio, recebo julgamentos e silêncio.
Em vez de amor, recebo desconfiança.
Sinto que dou tudo, sempre, mas não recebo nada de volta.
Fui sempre aquela que deu, que se sacrificou, que engoliu mágoas só para manter a paz. Aquela que tentou compreender as falhas dos outros, que perdoou sem ouvir um pedido de desculpas, que ficou quando o mais fácil era ir embora. Mas agora… chega.
A dor que carrego em silêncio já não cabe dentro de mim.
Já tentei compreender, aguentar, calar… mas chega.
A família devia ser amor, mas no meu caso tem sido dor.
Só queria paz.
Só queria, por uma vez, ser cuidada sem ter de fingir que está tudo bem.
Só queria que me vissem. Que me ouvissem. Que acreditassem em mim.
Mas não vou esperar mais.
Agora quero viver por mim e pelos meus filhos.
Quero quebrar o ciclo, quero libertar-me desta prisão invisível feita de expectativas e desilusões.
Quero escolher-me, sem culpa, porque mereço ser feliz.
Este é o meu momento de mudança.
De deixar para trás o que me prende.
De finalmente aceitar que, no final, a única pessoa que me pode salvar sou eu mesma.
Não é fácil… mas estou pronta.
Porque ao me escolher, estou também a escolher o futuro dos meus filhos.
E esse futuro começa agora.
pela última flechada que levei nesse planeta,
por aquele dia: quero que você esqueça.
foi difícil me ver ir embora
para sempre, sem você.
acertou bem no peito,
mas esse dia já foi desfeito.
as sirenes ecoraram na cidade,
mas elas mais parecem
as trombetas do apocalipse.
não temos mais tempo,
por isso, esquece de quando me disse
que queria ver o próximo eclipse.
a lua só volta outro dia.
por todas flechadas, por todas mágoas
deixo aqui a minha estadia.
a pele incendeia nessa sexta-feira.
desvendando a vida pioneira.
deixo o pente deslizar na minha cabeleira.
ver minhas asas brilhando no céu,
nas nuvens, nas escadas que
subi para conversar com o anjo miguel.
cores se formam, mundos transformam.
recomeços, escolhas, desapegos.
em breve, chega o mundo novo.
é hora de mostrar para o povo
qual é a sensação de nascer de novo.
é o fim da aventura humana na terra.
armas, bombas e guerras.
se tudo não acabasse agora,
uma hora ou outra
já iria acontecer essa história.
de ti, eu não vou esquecer.
pois sempre lembre que de cima,
eu vou te ver.
mesmo que da pior forma.
me conformo que aqui, você não vai entrar
e não me importo de você não estar.
depois de me machucar,
você só me serviu de me aprendizado.
porque sempre foi melhor ver você atirar
do que doer quando me acertar.
Mais uma paixão não correspondida:
Você achou mesmo que, um dia, ele olharia pra você?
E, mais uma vez, você sonhou, o solitário, o sofrido.
Sonhou com um amor impossível.
Mais uma vez, se enganou.
Viu chances onde não existiam,
interpretou detalhes que não falavam com você.
Tua carência, tua alma pobre de afeto,
te faz criar ilusões ilusórias, sonhos que entram lisos e saem rasgados.
Sim, alma solitária, você se enganou de novo.
Se deixou enganar por si mesmo.
A carência acumulada há anos te faz buscar amor em qualquer olhar gentil,
em qualquer palavra dita com leveza,
em qualquer sorriso que dure mais que o necessário.
Você confunde humanidade com paixão,
gentileza com desejo,
atenção com afeto.
Oh, alma solitária… você não cansa?
Não cansa de causar sofrimento a si mesmo?
Mas eu entendo.
Você acredita, de verdade, que ainda há uma chance,
que sua hora vai chegar.
Você achou que a gentileza dele era sinal.
Achou que, dessa vez, seria diferente.
Mas, não era.
Era só mais uma fantasia.
Mais uma paixão efêmera,
um romance criado na sua cabeça, e só nela.
E agora, alma solitária, você volta pro seu quarto,
pra sua cabeça barulhenta e vazia.
Sangra calado por mais uma decepção.
E, mesmo assim, continua esperando.
A florada de outono.
Ah! Aquela flor, dentre todas foi a mais especial, com um aroma sem igual.
Quando não vejo ela dentre todas as outras, sinto um diferencial, diferencial que eu chamaria de algo sem igual, como uma coisa que me deixa passando mal, que, ao mesmo tempo faz-me sentir um líquido lacrimal.
Lembro-me de seu rosto perto do meu, de seus braços me aquecendo como uma mãe acaricia sua vida. Quando ela se foi, senti-me num breu e ao momento que fui percebendo dei-me conta que nada passou de uma lembrança atrevida.
Se fosse para eu descrever ela, diria que seria uma margarida, como daquelas que não vemos em qualquer lugar, afinal, ela carrega aquele aroma sem igual, lembrando-me sempre que quando não a vejo, dói me a ferida.
Neste momento, estou a lembrar-me deste grande amor, que por não tê-la dito o que eu sentia, deixei a ir. Quando me lembro do que deixei acontecer, só consigo sentir dor, porque afinal de contas, não é todo dia que perdemos uma flor que estava por florescer, essa flor só pode receber um nome, Amor.
"Por favor dois drinks, uma dose de amnésia e uma dose de desapego, vou pagar com um punhado de saudade e um cofre de desilusão."
Por onde anda o aquecimento global se meu coração está quase congelando e existe tantas pessoas fria pelo mundo? Se não conseguimos as vezes nem quebrar o gelo de uma conversa ou sentir um calor humano ?
Sabe? Naquela noite, eu jurei que fosse você...
Os olhares se encontraram, a química explodiu
E nos beijamos, sorrindo com um sorriso sincero
Pena que era apenas verão
