Desespero
Chama o Samu
Não sinto, transbordo; não sofro; dilacero. Sangro pelos poros todos mas não dá pra ver. Dá?
Quase morri, e tipo Brás Cubas, no primeiro dia pensei em me matar, no segundo virei padre, no terceiro escrevi uma carta pra Marcela... aquela coisa toda. Não sei se nessa ordem. Um caos.
E referenciando de novo algum brasileiro de alma rasgada: Ei Renato Russo: se minha voz tivesse força igual a imensa dor que sinto, meu grito acordaria não só minha casa, mas uma galáxia inteira.
Sei lá!?... Quero conversar e ao mesmo tempo eu não quero ver ninguém. Quero me encontrar mas parece que eu sou mais de cem. Quis você por perto. Quis o teu amor por inteiro. Quero sentir pelo menos uma vez que eu estou no caminho certo. Mas eu sei que eu não sou nem o último e nem o primeiro a andar desesperado por esse imenso deserto...chamado ilusão!
Meu silêncio é um grito de socorro
Minhas lágrimas são solidão
Meus sonhos são feitos de espinhos
Minha realidade é só escuridão.
Me tornei folha ao vento,
sem rumo e sem destino.
Que desatino - de homem a menino
No endereço de todos os perdidos:
Avenida dos Desesperados,
número zero à esquerda.
Uma estrela suspensa no ar. Uma outra estrela flutuando no mar. Estrelas cadentes encravadas no peito... Estrelas doentes apagadas no leito... Uma estrela emersa na água com olhos inertes e abertos cheios de mágoas. No éter - uma última mensagem. Nas águas - uma triste e dolorosa imagem. Uma estrela suspensa no ar pairando em perfeita harmonia. Uma outra estrela flutuando no mar em meio as águas escuras e frias. Uma linda estrela que se deixou levar ao encanto susurrante que veio do mar. A bela e jovem estrela em desespero entregou-se a sorte! - Causa da morte: Viu uma pequena estrela suspensa no ar!...
Era uma poesia muito encantada. Não tinha rima. Não tinha nada. Ninguém podia ler ela não por que aquela poesia destruía qualquer coração. Ninguém dormia após sonhar com ela por que era lúdica e bela. Ninguém podia tocar nela não. Pois ao tocá-la virava um borrão. Ela foi feita com muito esmero no dia da saudade e com muitas lágrimas de desespero!...(Versão de JWBONATTI do Original de Vinícius de Moraes:A casa)
Ninguém é covarde ou enganador porque quer ser. Todos nós ficamos desesperados e fazemos escolhas por nossas próprias razões.
Sinto-me pútrido e dificilmente vou mudar isso
Eu só queria caminhar além desse mundo
Não tenho caminho correto e estou preso nos meus pensamentos
Sinto que a qualquer momento vou ter outra crise de confusão
Por que nascer? Apenas para sofrer ao lado dos nossos progenitores?
Eu não sei o que dizer, estou-me sentindo mal, eu preciso de ajuda, eu preciso de muita ajuda! E não! Eu não quero um psicólogo! Eu não quero deus, eu não quero hobbies eu não quero nada desse mundo desgraçado, eu quero sair desse planeta, desse lugar maldito cheio de maldades incontestáveise injustiças.
Se aqui nesse mundo já vejo muita maldade feita por nós mesmos, então imagina o que tem fora desse planeta, pois há um universo inteiro, imagina quanto horror e maldades absolutas se encontram nesse nosso cosmos infinito, eu não quero nem imaginar, pois, se eu imaginar eu vou enlouquecer, eu não assisto aos filmes de terror ou qualquer coisa que representa e extinção humana ou alguma maldade e crueldade, estou farto desse mundo e desejo do fundo do meu coração ser capaz de mudar todo esse universo cósmico rodeado de injustiças, maldades e crueldades, eu preciso fazer algo! e precisa ser urgente!
Existem situações tão tristes e estressantes em que ansiamos nos refugiar em algum canto, mesmo um banheiro e damos graças a Deus se tiver uma toalha para sufocar nossas lágrimas e o grito desesperado que sai da garganta.
O medo que impomos direta ou indiretamente aos nossos inimigos é bom quando gera respeito pelo poder que acreditam que temos, mas torna-se perigoso quando este medo é excessivo, porque pode gerar ataques altamente perigosos e até mesmo mortais e inesperados quando chegam ao desespero e aí aqueles tidos como pequenos inimigos ou desafetos podem se tornar mais perigosos que aqueles que detém grande poder e riquezas.
Dá muita pena dessas pessoas de mente limitada que fica seguindo deuses falsos… o pior é que eu já fui assim, eu era extremo religioso cristão, sinto repudia quando chamam deus de santo, é tão nojento a forma que os religiosos ficam salivando as partes baixas de um "deus" que literalmente está na imaginação deles, e como eu disse antes, é possível que deus exista, mas ele não é o conto de fadas que os cristãos imaginam, simplesmente eles continuam dobrando seus joelhos para um monstro que não levanta um dedo para ajudar a humanidade e ainda exige adoração por não fazer nada mesmo sendo como eles dizem "onipotente", mas ao mesmo tempo, não, não impede um estr** e muito menos cura câncer, nascemos no mundo sem saber o por que e ainda somos obrigados a abaixar as nossas cabeças para um monstro narcisista e tirano, é difícil descrever o que eu quero dizer, mas nós humanos não temos culpa pelos erros do passado e muito menos culpa dos pecados, vivemos tão pouco, logo envelhecemos e tudo e todos que conhecemos morrem e putrificam abaixo do solo, eu sinto muito ódio, sinto ódio da forma que as pessoas estão agindo, das guerras que matam inocentes, das pessoas idolatrando monstros vestido de luz, to cansado de tanta ignorância, eu vou dizer uma coisa, acho que seria melhor se um meteoro atingisse a terra e destruísse tudo, é claro que isso me deixa triste, mas se for levar em consideração o fato que muitos continuarão sofrendo repetindo o mesmo ciclo de erros, crueldades e maldade, então sim!.é melhor que mundo seja destruído, é melhor que nada existe por que se existir é sentir esse vazio no peito, então prefiro não existir.
Como queiras amor...
Como queiras...
Entrego a ti todo o meu abandono...
Tudo quanto espero...
Tudo quanto sonho e desejo...
Toda minha loucura...
Todo meu desespero...
A chama estremece...
No momento em que os deuses invejam e concedem...
A ventura e o castigo...
Por tudo que vivemos e sentimos...
Ao amor que tomou posse...
De coração que já não mais sossega...
Há um fogo que devora…
Que me devora a mim...
Rendido pela paixão...
Tendo começo...
Não tendo fim...
A paixão traz a dor...
Quem é que se acalma nessa estranha brincadeira de gato e rato?
Nesses pensamentos e gestos todos emaranhados?
O teu tempo ao meu se seguirá...
Encontrarás aqui o amor tranquilo?
Tão triste estou na noite escura...
Sem levar nos olhos meus...
O teu derradeiro olhar...
Sandro Paschoal Nogueira
Arrependimento
Não se escolhe arrepender-se;
arrependimento é um sentimento.
Manifesta-se na alma,
na inquietação do espírito,
na angústia que sufoca o peito
e esmaga nossos corações.
O arrependimento ecoa no choro,
represado na garganta,
na dor, no desespero pelo perdão,
no desgosto nos olhos de quem nos ama,
no remorso incontrolável
pelo passado que não se desfaz.
Arrependimento não se escolhe;
é algo sentido.
Sinto muito que você esteja passando por um momento difícil. Não sei quais decisões você está enfrentando, mas penso que você deve ser intuitivo e brincalhão em suas escolhas e determinado em sua aplicação. Estamos sempre preocupados até iniciarmos a tarefa, mas descobri que, no final, as coisas tendem a encontrar o seu caminho. Confie em suas intuições, elas são os sussurros de Deus, a força justa e indutora, que nos leva sempre adiante.
Estranho, muito estranho!
O que mais me assusta neste momento é a possibilidade de um mundo sombrio onde você nunca mais falará comigo, e se eu falar você demonstrará pouca ou nenhuma importância, se eu mostrar importância você mostrará desprezo e se eu desprezar será pura falsidade minha porque nada mais há aqui comigo que eu não preze mais que um contato estreito, singelo, límpido e sem maldade alguma com você.
Mas eu não mendigarei nada, seu afeto, a sua atenção, o seu olá de todos os dias ou mesmo o seu bom dia. Não o farei, mas sentirei a sua falta por entre as distâncias e por entre os tempos, eu não sei como farei isso, mas eu farei.
Deserto
Perdido no deserto, carrego minha cegueira,
onde a solidão se expande em cada grão,
e as miragens dançam como oásis,
promessas escuto com anseio,
tecendo a mente em redes de delírio.
O chão arde sob meus pés, cada passo é um fardo,
a verdade oculta se revela, queimando os olhos,
ao enxergar além, tropeço no desespero;
a liberdade resplandece, mas a esperança se evapora,
como a carta funesta que ela deixou.
Caminho por este deserto de ilusões,
traços de luz que acentuam a dor.
E, ao final, pergunto-me com pesar:
sou eu o autor da minha narrativa,
ou mero espectador, à mercê de um show de Truman,
aprisionado na cena de uma vida encenada?
Há uma sombra no palco,
os olhos vazios, o corpo de pedra,
repete as palavras como quem mastiga silêncio,
e a multidão segue, sem ver o caminho.
Há música no ar,
não de flautas,
mas de cordas gastas que rangem,
e eles dançam,
dançam como folhas no vento,
sem perguntar para onde os leva a corrente.
O abismo espera.
As bocas sorriem, as mãos caem,
há corpos que já se foram,
mas ainda seguem os outros,
com o brilho de uma fé cega
ou de um desespero antigo.
Quem os ouve, quem os vê?
Só o vento, que leva tudo
antes da queda final.
