Descoberta de Si Mesmo
Muitos escondem os perigos que sua alma e seu coração oferecem e acabam por nos convencer a chamá-los de amigos.
Quando um corpo estático sente falta de outro, que já foi quente, não é que alguém esteja errado. É que algo está ausente.
Não me subestimo com a grandeza nem me envaideço sobre a simplicidade. Tento oferecer exatamente aquilo que procuro receber.
Não somos mais inteligentes, se temos mais conhecimentos. Somos mais inteligentes se, conhecendo mais, respeitamos o outro e o seu direito de não saber, ainda, o que já sabemos.
Quando a gente vem ao mundo destinado a amar alguém, só passa a viver realmente depois do encontro com o ser amado.
REVOLTA
Passou por mim
Como um vento ao relento.
Soprou. Acariciou.
E, suavemente, ar no meu peito jogou.
Exaltei. Vibrei.
De alegria cantei.
E, de tão macia a brisa,
Não enxerguei a ferida
Que em meu peito se abria.
Chorei. Causei.
Foi para trás que eu fiquei.
Parada. Estática.
Eu fui a folha que voa.
Eu fui a folha que passa.
Seca. Murcha. Despedaça,
Mas que, virando semente,
Em nova folha se acha.
A vida não acaba para quem fica,
Mas para quem passa.
Babaca!!!
SINGULAR. SINGULAR. PLURAL.
O tempo.
O contento.
O relento.
Ele vem.
Ele traz.
Ele leva.
Ele vai.
Vontade.
Encontro.
Desejo.
Saudade.
Eu.
Singular.
Você.
Singular.
Nós.
Plural.
Você.
Singular.
Eu.
Singular.
Não mais.
Singular.
Ímpar.
Par.
AS ESTAÇÕES
A alegria é a nossa companheira, pois tem que ser, sem ela, jamais teríamos vivido a felicidade, durante toda a vida, desde a hora em que nascemos...
Passando pela infância, juventude e chegando, na fase adulta, ultrapassamos a porta da rua, sem medo de enfrentar a vida com seus percalços...
Nascemos, na primavera da vida. Por essa estação, só pensávamos em brincar. Para nós, não havia o futuro, depositávamos esperança, no verão, que seria a juventude...Ah... como gostaríamos que o verão chegasse logo, para podermos curtir essa estação...
Adentrando na juventude, ou seja, no verão da vida, depositávamos, ali, a espera de que a fase adulta logo chegasse; o outono da vida, em nós...
Pensávamos, como toda jovem pensa, que a fase do outono vai chegar e iríamos nos casar...
Somente imaginávamos, adentrando a nave de uma igreja, com aquela marcha nupcial linda tocando... As pétalas de rosas sendo jogadas e os convidados a nos admirar...Esquecemos de pensar é que poderíamos tropeçar no véu de noiva e irmos ao chão...
Não gostaríamos que houvesse aquelas promessas todas, pois, se o amor é autêntico, adoraríamos, se só existisse a festa, tanto na igreja, como no buffet, sem aquele acordo todo, recheado de promessas, que, muitas vezes, não são cumpridas...
Os sacerdotes só esquecem de fazer-nos prometer que, depois que a vida terminar, continuaremos a amar por toda a eternidade...Deveriam incluir isso...
Iríamos nos divertir muito mais... Os convidados não ficariam cansados à espera da cerimônia terminar... Riríamos muito e nos tornaríamos, dali, para a frente, casadas e realizadas, para sempre...
Seguiríamos pelos caminhos das estações da vida, retirando os espinhos das rosas e enfeitando nossos caminhos, apenas com suas pétalas perfumadas...
Não permitindo que os espinhos ferissem os nossos pés, e, portanto, caminharíamos tranquilas...
E de tal modo, prosseguiríamos, até que a velhice chegasse, ou seja, o inverno da vida, mas, já maduras e sabendo o que queríamos da vida, aproveitaríamos, muito mais, essa estação gostosa...
É a síntese da mulher, que soube construir, ao longo dos anos, fases nas estações da existência...
É a substância, que fica, em nossa essência, depois que passamos por todas as estações da vivência...
Amantes e esposas do homem a quem amamos durante toda a nossa vida e até a eternidade...
Marilina Baccarat no livro "É Mais Ou Menos Assim" página22
O Soldado à Espera de Seu Rei
A janela permanecia aberta, por sua fenda quadrada, ele continuava a observar o mundo lá fora.
“Muitos anos passaram, desde então, tolos fizeram suas falsas profecias, outros continuaram vivendo em seus próprios interesses, outros ainda, afogando-se no cálice de seus próprios pecados, rejeitaram o Rei”, o soldado pensava consigo mesmo.
O sol estava à levantar-se, os primeiros raios de luz beijavam o céu.
Ele continuava sem dormir, seus olhos pesavam como cargas de ferro.
“Eu não posso descansar nem por um instante, minha vigília deve continuar, um flash de momento perdido, e toda a minha vida perder-se-á, afinal, quem dorme se torna vulnerável aos inimigos”.
Abriu uma gaveta de um móvel simples de madeira, pegou um livro de capa velha, verde, abriu-o e começou a observar palavras, enquanto sua mão divagava em sua barba escura.
“Porque nos dias que antecederam ao Dilúvio, o povo levava a vida comendo e bebendo, casando-se e oferecendo-se em matrimônio, até o dia em que Noé entrou na arca, e as pessoas nem notaram, até que chegou o Dilúvio e levou a todos. Assim ocorrerá na vinda do Filho do Homem...”,ele fitava aqueles dizeres com temor profundo no coração.
Seus olhos voltaram-se a fenda da janela, todo o mundo continuava como sempre foi, lá fora, nada mudava, corações como montanhas prevaleciam, alguns de carne continuavam em busca de algo maior, algo transcendente.
“Eu não posso voltar a dormir, eu continuo em minha grande e profunda espera, não posso parar ou descansar, sem retroceder ou olhar para trás, senão nunca se agradarás de mim; mantenha os meus olhos despertos em você mesmo, meu Rei, eis aqui um de seus soldados, neste caído campo de batalha, em sua espera, sempre nela, toda a minha esperança está no seu retorno e reinado, no dia em que a sua mão enxugará a lágrima em minha face e a justiça e honra prevalecerão como duas colunas eternas...
À flor da pele
eu desejo teu sentir
impregnando o perfume
que exala... aflora do teu corpo,
o cheiro doce do nosso amor,
a entrega dos nossos corpos
no ato chamado de amor
quando eu te sinto
e me sinto teu
à flor da pele,
nossa sintonia
se torna a mais bela
a mais cúmplice sinfonia
com acordes perfeitos
sons que ecoam pela casa
por todo o universo
provando assim, que somos
que estamos prontos para amar
Tudo parece fantasia
parecem apenas ser versos
e rimas, palavras soltas
de uma poesia
que o tempo não para de ecoar
(13/04/2019)
Quando será?!
O encaixe perfeito
quando as nossas mãos
as nossas bocas
aqueles desejos loucos
vão se tornar realidade
Quando será?!
que nos tocaremos
e uniremos nossas almas
pela primeira vez,
Imagino como será
Sei viajar nas minhas fantasias
logo acontecerá, eu sinto
minh’alma se entrelaçará,
como se fossemos feitos
predestinados um para o outro
Assim como almas gêmeas
apenas esperando para reencontrar
Quando será?! Quando?!
Será que somos
que fomos feitos um para o outro
Será?! Quando acontecerá?!
Este dia vai chegar!!!
(13/04/2019)
COMENDO SEM SOFRIMENTO
E agora, meu DEUS,
O que é que eu vou comer?
O que eu gosto não pode,
E, quase sempre, o que pode
É o que eu não vou querer!
Se tem verdura no meio,
Que mais parece ração,
Eu como com algum receio,
Mesmo com fome de leão!
Se tem doce ou chocolate,
Logo a gula me bate,
E, como não sou moderado,
Vejo a saúde no abate.
Macarronada, lasanha,
Refrigerante ou pudim,
Cada coisa dessa me ganha
E me faz comer "tudim",
Mas logo, em pouco tempo,
Eis que vem o resultado
E, porque foi tão gostoso,
Minha saúde foi pro ralo.
Quinua, gergelim ou gengibre,
Chia, aveia ou linhaça,
Eu como se é o jeito,
Mas de uma colher não passa.
Aí, escutando os mais velhos
E ouvindo os especialistas,
Vejo que essa é a comida
Pra comer por toda a vida.
E agora? O que fazer?
Será que eu tenho mesmo,
Mesmo, mesmo que escolher?
Não precisa sofrimento
Pra escolher o alimento
Que vai me fortalecer
E me ajudar a viver.
O que eu preciso, apenas,
É colocar na balança:
O que me cresce a saúde
E o que me alimenta a pança.
Depois de equilibrar
O que eu preciso e o meu gostar,
Vou vendo que as duas coisas
Eu posso reajustar.
Na maior parte do tempo
Que eu tenho na minha vida,
Vou comendo o que é devido
E, assim, evitando feridas.
Somente uma vez ou outra,
Naqueles dias festivos,
Dou vida aos meus desejos
Sem ficar enlouquecido,
Como somente o que quero,
Cheio de desejo e equilíbrio.
Tudo na vida é assim:
Um viver na corda bamba.
Se pende apenas prum lado,
A vida vira um fardo.
Se pende somente pro outro,
O futuro nos traz desgosto.
E assim eu vou convivendo
Com dois ritmos de um só samba,
Mas eu sei que isso tudo é preciso,
Senão minha vida desanda.
Agora o que eu preciso
Pra viver com dignidade,
É saber que nem tudo é devido
Pra que eu tenha felicidade.
Eu posso ser feliz
Comendo o que não suporto,
Como também assim o serei,
Controlando as comidas de que gosto.
Se assim eu vou fazendo,
Feliz é que eu vou vivendo,
Porque tudo o que me alimenta
Minha saúde vai mantendo.
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