Depois
Não passe por cima de uma coisa ou problema sem resolver ele antes, porque depois ele volta e a situação será a mesma por não ter resolvido!
Cultura de massa
Amassa a massa, se não ela te devora
A massa amassada não te amola
Pisa na massa sem massa
Depois manda embora
Pois, massa amassada é tostão
Vale ouro na praça sem graça
Massa sem direção.
Norma
Seja Feliz
Hoje, amanhã, depois
Queria tanto abraçar te
Mas não o posso fazer
Assim sendo sim vão por mim
Estas palavras escritas e ofertadas de coração.
Luísa Zacarias
Ele sempre se sentia mal depois de gritar comigo e me machucar
Entrar em um relacionamento sem estar pronta mentalmente me fez acreditar em coisas inacreditáveis, como ser empurrada pelo namorado e ainda se sentir culpada e errada.
Permiti que ele me machucasse de forma que eu ainda não entendo, ele sentia prazer em me magoar, nada era bom, todo sentimento que sentia por ele ficou confuso.
Desenvolvi transtornos ansiosos, em certo sentido, minha mente estava mais sensível, custei a perceber esse “Amor é uma bosta”, poderia ser obsessão. Podemos tornar as coisas melhores eu dizia, cansada de estar sendo puxada para baixo.
Sinto uma necessidade imensa de me apaixonar de novo por outra pessoa, vivi dias destrutivos e por isso custei a querer me relacionar novamente, não sei se estou pronta para essa estratégia pessoal e flexível.
A gente aprende a não pensar no que poderia ter sido, eu vejo como aprendizado, até porque achava que jamais cairia nessa. No calor de uma discussão eu sempre ouvia que homem como ele nunca encontraria.
Agredir sem nenhuma educação pessoas que pensam diferentes era o seu perfil, ninguém prestava se não pensasse como ele, era bem imaturo para a sua idade, eu conseguia enxergar isso e talvez por essa justificativa, custei a perceber os abusos.
Ele conversava sem escutar o que realmente eu tinha a dizer, os hábitos dos momentos felizes atrapalham a percepção e você fica aguardando a sorte de nada de ruim te acontecer.
Aumentei minha autoestima quando alguém se encantou por mim, ele observando pasmado como passei a me cuidar mais, a sorrir mais, a parar de sofrer antecipadamente e até ser uma pessoa mais justa, com autoestima equilibrada até as tuas virtudes naturais e conquistadas se firmam.
Fiquei pensando em quantas vezes me senti vazia, com vontade de morrer ou muito brava com tudo, as consequências refletidas na minha vida era desastrosa, achei que nenhum homem do planeta seria capaz de fazer comigo o que ele fez e o pior disso é que eu via abusos e pensava: isso jamais vai acontecer comigo.
Nem sempre ter uma base sólida de amor e respeito por si mesmo te afasta de armadilhas, porque somos bondosas e acreditamos na evolução do ser humano, e no fim, achamos que foi só dessa vez, ele se arrependeu, ele vai mudar, tava de cabeça quente e eu o irritei.
Não importa as circunstâncias, tudo que ele dizia e fazia era inaceitável.
Talvez você não de valor agora, por ela não ser quem você quer, por ela não ter nada do que você gostaria de ter. Mas hoje ela é quem você gostaria de ter, é linda, inteligente e independente. Tem tudo o que você gostaria de ter. Mas agora ela não te quer mais, pois quando ela não tinha nada, você não deu valor. O objetivo dela estava traçado, ela só queria construir tudo ao seu lado. Hoje nem isso ela quer mais.
Por: Silvia Godoi
Os lábios de Bié
Os lábios de Bié não são para o doce de colher
Os lábios dela são para os meus lábios
Antes e depois do doce...
Finalmente assisti " Depois da Cuva", filme que se passa em Salvador. O filme mostra uma geração se descobrindo e aprendendo a viver com a liberdade logo após o fim da ditadura. No começo achei o filme sonolento, melancólico e até mesmo chato, mas depois notei que isso era o prato que foi servido para minha geração nos anos de 1990, mesmo que o filme se passe entre 1984 e 1985.
O filme é o espelho da minha geração, geração ressaca que sem alento acreditou em utopias caducas e que fora do Brasil fez merdas tão criminosas quanto a ditadura militar aqui dentro, mesmo quem não foi partidário foi influenciado pela cultura forjada entre Karl Marx e a queda do muro de Berlim.
A escola que aparece no filme não difere da escola que estudei meu segundo grau, chata, repetitiva e repressora que nos dava alento apenas pelos bons professores que se tinha, mas era castradora da liberdade que deveria-se desfrutar em um período de reencontro com a democracia.
O talento, criatividade que muitos da minha geração demostravam foram sumariamente abortados tão somente pela condição social ou política de cada um.
Minha geração foi melancólica, ébria e utópica. O sentimento é de ressaca, os socialistas e comunistas cultuados no filme foram os mesmos que cultuei e hoje no poder são conservadores ao extremo, parasitas do poder, acusam todos que não são como eles de conservadores, mas no fundo são adeptos do autoritarismo ideológico, fora do que acreditam não há "salvação", de suas bocas saem soberba e arrogância que apontam para ideia de um mundo único,não há nada neles que apontem para um mundo plural. Muitos da minha geração vestiram essa roupa sem constrangimento algum, no Brasil o grande intelectualismo é o do estômago.
Tudo isso pode ser discutido em " Depois da chuva", quem foi jovem na Salvador dos anos de 1990 ou melhor na Bahia desse período e não concordava com a ideia de monocultura afro-brasileira, que parecia mais uma caricatura do legado cultural dos países africanos foi asfixiado , não havia nenhum interesse em preservar traços culturais das nossas raízes africanas, por trás de tudo havia uma indústria do entretenimento e política para exercer o controle em todos, em Salvador quase todas as rádios tocavam o mesmo tipo de música, nas escolas não havia formação ou informação cultural o resultado era um sociedade abobalhada e perigosa, cesurava tudo que não a espelhasse, minha geração pagou para ver e viu: censura , ódio, derrotas impostas pelo poder político a cultural.
Em " Depois da chuva" nota-se também o erro clássico da minha geração: acreditar em uma visão única seja cultural ou política, sem querer eramos quase iguais aos que com severidade impôs o lixo cultural que lentamente sufocou toda beleza e alegria de uma estado memorável como a Bahia.
Hoje observo a história se repetindo, se no passado eramos censurados pela roupa ou cabelo, agora uma mulher que alise seu cabelo pode ser censurada por aquelas que acreditam-se libertárias e não conservadoras, a história se repete, o melhor é que depois da chuva sobrevivemos para contar a história, nossa visão da história que não é a única,mas é a nossa.
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O que tiver de fazer faça agora, se até mesmo o que é presente em segundos se vai, quem é que pode garantir o depois?
Depois que chuva se foi.
Gota d’água guiada por nuvens.
Soltas no céu a vagar.
Depois da chuva.
O sol reapareceu.
Brilhante e renovado.
Parecia até que de tanto brilho.
Havia um sol, dentro de outro sol.
E o arco-íris deu o ar de sua graça.
Unindo continentes.
Depois que a chuva passou.
Nada mudou.
Apenas a terra e as flores.
Ganharam um novo encantamento.
