Demência
Demência essa que nos cega e que não tem cura.
A cada paixão vivida e sentida, menos intensa e desiludida.
Demência essa que dói o estomago e tira o sono.
A cada paixão vivida, menos uma vida.
Ruínas -
Deixo nestas folhas
a demencia da minh'Alma
paisagens adornadas
numa fúria que me acalma.
Deixo em cada linha
angustia, dor e solidão ...
Que essa furia de onde vinha
não trazia salvação.
Que tristeza tão profunda
em meus olhos solitários
como o choro quando inunda
o perfil de tantos lábios.
Cada um é um fantasma
de uma vida inventada
tanta gente que tem asma
que não diz que é mal-amada.
Ver na vida e na morte
a verdade deste mundo
é fazer de cada sorte
um diálogo profundo.
Os versos d'um Poema
dão forma ao seu corpo
linha a linha nesse tema
vai um sonho que está morto.
E essa Gente que os lê
que anda triste, aos caidos
não lhes sente nem lhes vê
a demência nos sentidos.
Ser Poeta é cansaço
é ter tristeza na mão
é criança sem regaço
um fruto podre no chão.
O Poeta não se entende
nem entende a solidão
solidão que não o vence
nem lhe dá qualquer razão.
O Poeta é Outono
é Inverno e amargura
nem a vida nem o sono
lhe tiram a loucura.
Ele sabe que o caminho
não é para os Profetas
segue veredas sem destino
como todos os ascetas.
Em diários de Poesia
seguem Rosas -de- Sangue
seguem noites sem dia
palavras de amante.
Coitado do Poeta
que chora dor aos molhos
até parece que uma seta
atravessa os seus olhos.
Poesia não é vida
Poesia não é Sorte
Poesia é dor perdida
nos braços frios da morte.
São penas d'Avezinhas
encadeadas de rimas
são pessoas, "coitadinhas"
que só vivem de RUÍNAS!
Fácil
Muito fácil falar o quer e depois
Fingir demência diante as consequências
Muito fácil culpar o fogo pela destruição
Quando se acende a chama de forma negligente
Muito fácil desmerecer o esforço do outro
Quando nunca sentiu o peso das cargas
Fácil, extremamente fácil
Difícil é conviver com tamanha ignorância
Falta de sensibilidade e admiração
Difícil é viver uma vida assim, dilacerada
Cheia de retalhos, como uma colcha velha
O amor, nesse caso
Vem com o corpo nu e vulnerável
Onde depois de satisfeito fisicamente
Usa novamente o chicote da língua
Agora, para saciar o ego
Pois não vejo justificativas em atitudes assim
O amor leve caminha junto a uma língua afável
E mãos diligentes
Você não tem um e nem eu o outro
E isso explicado tudo!
As pessoas fingem demência para não ver a dificuldade do outro, se faz de desentendido como se não soubesse de sua realidade, por querer ser agradado a todo tempo com a comodidade a seu favor, enquanto alguém se quebra em mil pedaços para suprir suas necessidades.
Girassol
D e costas para escuridão
E mesmo quando nublado
F inja demência
R ecomece
E sperando germinar
N inguém nasceu sabendo tudo
T empo não há de faltar
E nfrente em frente
P are de pensar negativo
A inda tem chão para brotar
R aio de sol sempre volta
A quecer aquele que vibrar
L ouve é tempo de glória
U niverso conspira a favor
Z ele girassol, busque a luz
Autoria de #Andrea_Domingues ©️
Todos os direitos autorais reservados 19/11/2021 às 15:00 hrs
Manter créditos de autoria original _ Andrea Domingues
Pareço ser bobo, mas não sou, já sou um homem, finjo demência para sobreviver, não sou mas criança, já sou um homem❤️
DEMÊNCIA
Infinitamente penso em vc
Como se fosse possível pensar em outra!
Independentemente penso em você
Como se dependesse!!
Inprovavelmente em algum momento não te vi em meus pensamentos.
Como se fosse provável lembrar de ti!
Infelizmente a indiferença é mais contundente!
Possivelmente não sinta o mesmo por esse demente!
Ausência
Sua ausência é a demência da minha calma;
Sua ausência devora fundo a minha alma;
Sua ausência é um poço sempre frio e vazio;
Sua ausência é um beco esquecido e sombrio.
Sua ausência é o penhor do meu desamor;
Sua ausência é um caminho tênue para a dor;
Sua ausência é um livro sem história;
Sua ausência é um brilho perdido na memória.
Sua ausência foge da minha compreensão;
Sua ausência tira de mim a razão;
Sua ausência é um silencio inquieto;
Sua ausência é um túnel infinito...sempre reto.
MISTÉRIO MUSICAL
Tenho alguns vizinhos com demência.
Sempre encontro com um deles no térreo do edifício, aqui em Brasília, chamado de pilotis do bloco.
Ele caminha acompanhado por sua cuidadora, cantando músicas de seu tempo. Cantoria recomendada pelo seu médico provavelmente.
Na última vez que passei por eles, estavam quietos.
Parei na frente da dupla, abri os braços em cobrança e, como não reagiram, soltei a voz potente, para curtos trechos musicais apenas.
Boa noite, amor!
Meu grande amor,
Contigo sonharei.
Eles riram de jogar a cabeça para trás!
Também sorri e segui meu rumo, escutando a complementação do velho:
E a minha dor, esquecerei,
Se eu souber que o sonho teu
Foi o mesmo sonho meu.
Pouco adiante, pensei se ele teria alguma lembrança, quando chegasse ao último verso:
Na carícia de um beijo,
Que ficou no desejo,
Boa noite, meu grande amor.
A dança e a música, para mim, são mistérios!
Não consigo descobrir direito em quais instintos animais estão suas raízes.
Elas alegram, seduzem, aproximam. E curam!
Vivo deslumbrado com elas nesses meus tempos de “voternidade”. Sim, sempre achei que, se existe a palavra maternidade, derivada de materno, existe também a palavra “voternidade”, derivada de vô terno.
Dominamos a música e, também, somos dominados por ela.
No banho, quando fui lavar os membros inferiores, vendo meu pé, cheio de dedos, involuntariamente cantei:
O sapo não lava o pé,
Não lava, porque não quer.
Ele mora lá na lagoa
E não lava o pé, porque não quer.
Mas que chulé!
Nunca compreenderei a essência extraordinária da música, acredito!
Mas tenho uma quase certeza: ela é sobrenatural!
Cante para as crianças e você as transformará em cantigas de amor!
Sérgio Antunes de Freitas
Março de 2023
Sabe... O silêncio pra mim fala mais que um caminhão de palavras. Silencie, ignore e finja demência
Ode ao Cantor Milton Nascimento
(diagnosticado com demência)
A canção "Caçador de Mim",
eternizada em tua voz,
Milton,
não é apenas música,
é um chamado...
Cada nota tua
é um rio que corre
nas veias do tempo,
uma prece que me atravessa
sem pedir permissão....
Na tua garganta vive o mistério:
um canto que vem de longe,
das serras, das Minas Gerais,
da alma coletiva
de um povo inteiro...
Quando cantas,
as fronteiras desmoronam,
o silêncio se curva,
e o coração humano
descobre morada...
Tua voz não cabe no corpo:
ela é ponte,
ela é voo,
ela é chão fértil
onde a poesia floresce...
E eu, ouvinte pequena
diante de tua grandeza,
me deixo encontrar
pela canção que me encontra...
Sim, Milton,
tu és o eterno
Caçador de Mim...
Tua voz, Milton,
não canta:
rasga o silêncio.
É fogo e mar,
tempestade e ternura,
um trovão de Deus
no ventre da Terra....
Quando entoas "Caçador de Mim",
a alma é arrancada do peito,
o coração se ajoelha,
as feridas se abrem
e, ao mesmo tempo,
cicatrizam em tua canção...
Tu não pertences a ti,
tua garganta é território sagrado,
onde a dor e a esperança
se encontram sem máscara...
Teu canto é flecha certeira:
atravessa o corpo,
esfacela certezas,
recolhe os cacos,
e os transforma em oração...
Milton, tu és
mais que cantor:
és sopro de eternidade...
Milton,
ao ouvir tua voz,
sinto que algo dentro de mim
se abre como janela ao vento...
"Caçador de Mim"
não é só melodia:
é abraço invisível
que me encontrou
onde eu pensava estar só...
Teu canto traz lembranças
que nunca perdi
e saudades
de um tempo
que ainda não encontrei...
É como se tua voz
fosse colo de mãe,
regresso à infância,
promessa de futuro
e descanso no presente...
Quando cantas,
meu mundo se acalma,
o tempo desacelera,
e a alma se reconhece
em sua própria luz...
Milton,
tua canção é morada.
E nela,
meu coração aprende
a permanecer...
Gratidão por existir!
✍©️@MiriamDaCosta
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