De Jovens para Velhos
Velhos piratas, sim, eles me roubaram;
Me venderam para navios mercantes,
Minutos depois eles me jogaram
no fundo do porão
mas minhas mãos foram fortalecidas
pelas mãos do todo poderoso,
nós avançamos nessa geração
triunfantemente
"Pessoas velhas estão no médico toda semana, carros velhos na oficina. Duas atividades rentáveis para quem se dedique a elas. E nunca faltarão clientes"
Ao despertar do sono pela madrugada, me deparo com pensamentos,
bons, ruins,novos e velhos que surgem do nada...
- E, é do nada também vão saindo um por um, até que: no final, só fica comigo o Espírito Santo
ao pegar no sono.
Toda mudança desperta resistências.
O novo assusta quem ainda vive preso aos velhos padrões.
Mas evoluir é coragem:
é permitir, é abrir, é fluir.
É encontrar liberdade dentro de si
A humanidade reforma velhos conceitos bastardos mesmo que absurdos, doentios e desumanos. Assim acontece hoje, com vários regimes democráticos esfumaçados pelo mundo, onde a soberania popular quando manifestada é reprimida e criminalizada como "badernagem" e insurgentes. Indo além como um estado de direito autoritário, nazista, neo fascista e corrupto, que garante as concordantes liberdades civis e políticas dos mais abastados, desde que calados, que se aliam de forma omissa e obtusa ao poder.
Em um floresta de carvalhos, com seus troncos velhos pelo tempo e retorcidos, por terem sofrido o bastante, esse é um lugar que não me sinto tão diferente assim.
Meu passado me instruiu sem amarrar, traços velhos servem de desenho, não de cela, pinto o presente com mãos calejadas.
Prefácio dos Deuses
A dama nívea, sob umbra prece, ora.
Um cântico aos velhos Deuses
Sob o seu pranto, o legado umbra aflora,
com um apetite que não sacia
Consumida em pecado de outrora.
Da antiga profecia, eis a proa
O antigo Deus há de tomar forma
Da mácula de alvor que ecoa,
A vergonha de sua graça esquiva.
Ecoa das ruínas em língua arcaicozoa.
A seu reino a noite sempiterna ativa,
sob o véu de breu que tudo cobre.
Um ancestral tornar-se-á carne viva,
com cheiro acre de terra e sangue pobre.
A dama nívea, sob umbra prece, ora.
Cantiga dos Deuses celestiais.
No seu pranto, o legado umbra aflora,
Qual trevas no âmago dos olhos,
Torna turva a vista, qual névoa que devora.
Tal negror de seus olhos caíra,
Que lhe maculam o vestido alvíssimo.
A profecia dos Deuses já se cumprira.
Sob sua formosura, destoa o desespero.
O eco dos antigos hinos ressurgira.
Ainda que finde por amor infame,
um laço de dor e volúpia impura.
Ungirá com prece o berço do infante,
sob a névoa fria que perdura.
Embora as sombras o mundo sele,
Lavar-lhe a alma em sangue e culpa
Saudando o ser das rúnicas delecele. *
Vindo à terra a noite oculta.
Vagando de seu lar, tão apartada,
A dama nívea, jaz sob sangue e pecado.
Sua alma sobre o abismo jaz deitada.
Donzela nívea, sob umbra orando ao lado.
No encanto de seus olhos de cristal,
Ao menos santa sua esperança é alçada.
Cantiga dos Deuses de outrora, afinal.
Em seu último pranto, a escuridão selada.
A exclusão segue na sombra da indiferença e os velhos pioneiros do descaso construtores dos muros e escaladores de trincheiras das guerras sociais não assumem suas culpas e crimes às lançando as futuras gerações que arcam com as consequências de um passado escravista e preconceituoso a luz das suas prisões e sombras que assombram o futuro comprometido com os prejuízos de um passado horrendo
E o futuro jovem e também aquele que limpará o lixo acumulado pelo antigo velho e "concervador" passado que passou deixou somente seu pior...
O passado e sua futura culpa
CONSEQUÊNCIAS
O maior obstáculo para o crescimento pessoal é o medo de deixar para trás velhos hábitos e crenças, mesmo que estes sejam os responsáveis pelo sofrimento.
”Agimos no automático condicionados por pensamentos antigos e velhos hábitos. A conscientização pode mudar toda esta negativa programação mental”.
Os mais velhos se veem à margem, isolados.
Seus gestos, suas palavras, desvalorizados.
Enfrentam solidão, tristezas ao lado,
ansiedade e preocupações, tudo agregado.
Livro: O respiro da inspiração
Se posicionar dói porque rompe com velhos laços, hábitos e ilusões. Mas a paz que vem depois dessa dor vale cada parte que precisou ficar pra trás.
“C’est la vie, Rose…”
Diziam os velhos em Portugal — e com razão — que as pessoas só mudam quando lhes tocam ao bolso.
Tocou no bolso, muda-se o tom, o gosto, a moral.
Muda-se até o santo de devoção.
Gente que um dia comeu no prato do progresso,
Hoje cospe nele com desprezo,
Mas o tempo cobra — e às vezes cobra com juros.
Porque a vida, Rose… C’est la vie.
Mas nem sempre é tão “rose” assim.
O Brasil viu surgir gente que foi a primeira da família a entrar numa universidade.
Gente que teve casa própria, comida na mesa, dignidade no peito.
Tudo isso graças a políticas sociais que agora são tratadas como esmola,
Por quem se esqueceu de onde veio, ou finge que chegou lá por mérito próprio.
E aí, quando o vento virou, muitos viraram juntos.
Esqueceram a mão que lhes estendeu o prato.
Agradeceram sorrindo, e depois votaram com o bolso.
Tem também os que foram enganados — não tiveram olhos pra ver.
Mas há outros… há os que viram e aplaudiram. Por conveniência.
E esses são os mais perigosos.
Porque enquanto um homem foi perseguido e não encontraram nada além de dignidade,
O outro rasgou bandeira, traiu a pátria e ainda saiu aclamado.
Vai entender…
A verdade, minha cara Rose,
É que inteligência não se pendura na parede.
Sabedoria não se ensina em PowerPoint.
E caráter… ah, caráter não muda com o câmbio do dólar.
— Nereu Alves
Pensei: ‘Os mais velhos devem falar, pois a sabedoria vem com o tempo’. Contudo, há um espírito dentro de cada um, o sopro do Todo-poderoso, que lhe dá entendimento. Nem sempre os de mais idade são sábios; às vezes, os velhos não entendem o que é justo. Portanto, ouçam-me, e eu lhes direi o que penso.
