Dança
Não adianta ter medo, nem timidez, todos nós um dia dançaremos essa valsa. Então que a música seja inesquecível.
SERÁ?
E o sol se põe a chover
a lua se deleita a chorar
as estrelas começam a dançar
o vento tenta borbulhar
a água do mar fica doce
o homem vira lobisomem
a mulher esquece a criança
a chuva se transforma em moeda
o galo não quer mais rinhar.
Fim dos tempos?
Que nada gente!
Pura imaginação minha!
Ensina-me a dançar
Vida, ensina-me a dançar
Toma-me pelas mãos
e corrija-me o passo
Tenho alma dançarina
Mas meu corpo insiste
em atravessar o compasso
Às vezes, acelero
Noutras, atraso
Às vezes, quero
Noutras, crio caso
Às vezes tropeço
Noutras, me afasto
Às vezes despeço
Noutras, me arrasto
Temo que a música termine
sem que eu tenha me ajustado
à sua cadência
Temo que alguém imagine
que eu tenha descartado
a minha essência
Não sei que ritmo seguir
Se o que toca no salão
Ou o que brota do meu coração
Pois o que minh’alma sente
nem sempre meu corpo consente
E o que o corpo implora
Nem sempre na alma aflora
Simplesmente me paralisou e depois me fez querer dançar.
Os olhos dele viajam nos meus com profundida e neles eu me perco.
Minha alma se enche de paz e o aconchego de seus braços tem sido o melhor lugar.
O vício de seus lábios domina meus pensamentos e sempre me leva a ele em instantes.
Única, incrível união de corpos, união de almas, simplesmente verdadeira demais para descrever.
Me leve ao paraíso,
Silhuetas esboçadas dançam na escuridão...
Entrando em minha vida, você roubou meu coração.
Este jogo é suicídio...
Você é assim, fora de alcance, uma estrela desaparecendo.
E ainda quando me olha, você me rasga, me separa.
Quando você flui por mim, me cerca da escuridão, e me traz luz.
Recordações pintam quadros como sonhos.
Só um sonho...
Quando fizemos amor, você encheu minha alma.
Me fez inteiro, e assistiu meus gritos.
Meu coração dolorido está flutuando em algum lugar...
Nós vivemos em fantasias,
Nós estamos vivendo em tragédia.
Mas me leve ao paraíso, me leve ao paraíso...
Me leve ao céu e me faça esquecer, que você nunca será minha...
Você está entre dor e lágrimas,
Entre meu amor e o medo.
Onde não se tem nada.
Sonhos secretos...
Sonhos que não vão se tornar realidade.
Tudo que quero achei em você.
Olhe em meus olhos...
Sinta a verdade de meus desejos...
Até que o tempo faça verdade de nós.
Vou esperar o desenrolar dos nós dançando...
Em meu vestido longo de algodão...
Com fitas de todas as cores em volta da cabeça...
Rodopio em giros suaves...
Vislumbrando um mundo de minha imaginação...
Onde só cabem perfumes e risos...
Não há nele...
Lampejos e nem dor...
Nem gritos...
E nem nada que tire o som harmônico de ventos e pássaros diversos...
Há uma imensidão de luz que toma conta de tudo...
Há verdes que se mesclam com tons que nunca havia visto...
Há também montes altíssimos dos quais já não tenho medo de beirar...
Na minha confiança de que não há perigo algum...
Deito-me na relva a olhar calmamente as nuvens...
Seus formatos e tamanhos...
Brincando de imaginar figuras...
Esse é meu momento mais relax para mim...
SUA BOCA NA MINHA
Cola Cola Cola
Cola Cola Cola
Sua boca na minha
Vem dançar a nova pisadinha
Vem dançar a nova pisadinha
Vem dançar a nova pisadinha
Nessa festa você Ta uma gatinha
Você sabe miar sabe miar
Sabe miar sabe miar
Se não soube pode me beijar
Cola Cola Cola
Cola Cola Cola
Sua boca na minha
Poeta Antonio Luís
5:32 AM 16 de julho de 2016
Quantas vezes eu...
Devo ter dançado...
Cirandas... Rodas... Valsas... Bailes...
Quantas vezes eu sorri...
Nessas minhas divertidas...
E inusitadas vidas...
Quantas vezes eu...
Tive sustos e me escondi...
Construindo esse eu...
Que se molda...
Na minha infinita eternidade...
Fico feliz em saber...
Que entre estas vidas...
Eu poli minha alma...
Com pessoas e não
Com desejos ou vícios...
Foram os diversos amores...
Que me motivaram...
A ser quem sou...
E a não ter medo...
Do próximo minuto...
A Festa Na Serra
Hoje a festa é lá no pé da serra
Onde bicho e pedra
Também vão dançar
Pra cumprir mais um ciclo
Que se encerra
E o seu corpo há de lançar
Sonhos de amor
E esperança na terra
Juntando o presente
Passado e futuro
Em meio a tudo
O que a gente espera
Hoje a festa é lá no pé da serra
E quem tem fé
Corre pra lá também
Vamos ali muito além
No balanço que esconde
Atrás do seu pé
Onde os bichos soltos
Com saltos a desimbestar
Relembram seus amigos mortos
E dessa solidão quer se libertar
Hoje a festa é lá no pé da serra
Feita especialmente
Pra quem não tem pressa
A folia faz bem ás pedras
Aos bichos e também a gente
Pois o amanhã
É apenas promessa
Talvez uma grande ilusão
Ou quem sabe até
Uma certa quimera.
Só por que trabalho e amo Dança Árabe não quer dizer que tenho que concordar com o modo machista de pensar e agir de árabes que estão em nosso país. A origem da Dança Árabe não é Árabe. Não há comprovação científica, mas tudo nos leva à origens Egípcia e Cigana. O que restou da grande civilização Egípcia hoje é usado para enriquecer o turismo árabe. Uma dança que liberta a mulher não poderia mesmo ter vindo de uma cultura que desrespeita e violenta mulheres. Apesar de a nossa sociedade ainda ser machista, nós temos a nossa liberdade e não abrimos mão dela. Eu amo a minha dança com toda a sua beleza e conteúdos herdados de civilizações bem mais evoluídas.
Medianos não sabem porque cantam; não compreendem porque dançam; estão sempre fazendo algo para vomitar em cima de suas próprias invenções e negações.
Nas cirandas és saudosa, mãos que dançam e não se cansam, rodam pra lá, rodam pra ká... vem cá é, eternizar ou continuar, palavras amadas a soletrar, ou beijar, ou amar... não importa; és futuro ou éter, não me conjuro.
Vai nave-gando bem suave, horas em que tempo dança a valsa harmônica, liberando dores embelezando amores, doces encantos que revelam a beleza dos seres.
