Cúmplices
Tempo ao Tempo.
Talvez.
Entre o sim e o não reside o talvez, tendo como cúmplices a dúvida e a postergação.
A decisão consciente resolve a questão.
Parece simples...talvez...
CÚMPLICES DO AMOR
No abraçar silencioso das madrugadas, onde o mundo adormece e somos nós dois despertos, sinto a magia que nos une.É como se nossos corações, em perfeita sintonia, criassem uma sinfonia secreta, só nossa, onde cada nota é um suspiro de cumplicidade.
Cada momento ao teu lado é uma página de um livro de aventuras que escrevemos juntos, onde cada capítulo é um novo desafio, uma nova descoberta, uma nova forma de amar.
O opressor e seus cúmplices
O poder do opressor raramente está apenas em suas mãos. Ele não domina sozinho; sustenta-se nos ombros de muitos que, direta ou indiretamente, lhe dão suporte. E o que torna esse jogo perverso é que, frequentemente, entre esses ombros estão os dos próprios oprimidos.
Simone de Beauvoir, com sua lucidez, disse uma verdade incômoda: “O opressor não seria tão forte se não tivesse cúmplices entre os próprios oprimidos.” É um soco no estômago da nossa percepção de justiça. Porque, ao repetir as mesmas estruturas que nos subjugam, acabamos, sem perceber, reforçando as correntes que nos prendem.
Essa cumplicidade pode se manifestar de várias formas. Às vezes, é o silêncio. Aquele silêncio que opta por não enfrentar, por temer as consequências. Outras vezes, é a imitação. Adotamos as regras do opressor, acreditando que, ao fazê-lo, seremos menos alvos, mais aceitos. E, em muitos casos, é o comodismo, a aceitação de que “sempre foi assim” e, portanto, não vale a pena lutar contra.
Mas o opressor não é apenas uma figura autoritária ou um sistema visível. Ele pode ser uma ideia, um hábito, um preconceito que internalizamos. Pode ser o padrão de beleza que seguimos enquanto criticamos, a desigualdade que aceitamos como natural ou o julgamento que fazemos de quem tenta escapar das regras impostas.
Os cúmplices não são vilões; são humanos, como todos nós. Agem muitas vezes por medo, por ignorância ou por cansaço. Resistir ao opressor exige esforço, e o esforço constante pode ser exaustivo. É mais fácil acreditar que a submissão é inevitável do que imaginar o risco de resistir.
Ainda assim, é preciso romper esse ciclo. Porque a força do opressor está na rede que ele tece, e cada fio dessa rede é sustentado por quem cede, por quem acredita que não tem escolha. Reconhecer a nossa participação — mesmo que involuntária — é o primeiro passo para quebrar as correntes.
Seja no discurso, na atitude ou no silêncio, precisamos nos perguntar: “Estou ajudando a perpetuar o que me oprime ou estou buscando uma saída?” Porque o opressor só é forte enquanto acreditamos que ele é invencível. E, muitas vezes, o primeiro ato de resistência começa quando um oprimido deixa de ser cúmplice e decide, finalmente, ser livre.
✍🏼Sibéle Cristina Garcia
UMA HISTÓRIA
Uma história
Com um começo real
Cúmplices no olhar
No toque de amor
A se aflorar
Uma história
O carinho aparece
Marcando o terreno
Que existe cumplicidade
Que o universo conspira junto
Uma história
Companheiros de jornada
Seguem mundo a fora
Divulgando
Encantando
Um amor
As diferenças gritantes falaram mais alto e calaram vozes e sussurros cúmplices, sub-reptícios, entreouvidos, de seres nefastos, preconceituosos, discriminadores, adoradores do leite branco, aqueles de extrema desonestidade intelectual.
Cúmplices de Amor
Insisto em te querer, não sei por que,
Você me tem nas mãos, faz o que bem quer,
Se pouco sei de ti, ao teu lado estou,
É nos outros que busco desvendar-te, afinal.
Sei com quem andas, aonde vais, te sigo,
Meu ciúme em disfarce, para esconder,
Pois calar vale mais, é meu abrigo,
E assim, talvez, a ti eu possa trazer.
Teu abraço, um prêmio, eu ganho e recebo,
Suborno antigo de um desejo ardente,
Mas fecho os olhos, me engano, me iludo,
Só como amigos, seguimos em frente.
Quantas vezes me irrito em te querer,
Concordo com o que fazes, mesmo em dor,
Tentei te esquecer, mas sem conseguir,
Faltou-me a coragem pra dizer: "Nunca mais."
Cúmplices somos, ambos somos réus,
Quando nossos corpos se tocam em laço,
Certo ou errado se desfaz, já não é,
Só o amor que surgiu, é o que amamos.
E assim, perdoar teus deslizes, eu aprendo,
Viver nesse jeito que escolhemos nós,
Em outros braços, tu buscas alento,
Mas em outras bocas, te esquecer não pude, jamais.
13. Cúmplices
Diga-me, com quem posso contar?
Com o brilho do sol?
Com a luz do luar?
Quem sabe às ondas do mar?
A quem terei que encantar
Para que me ajude a te encontrar?
Noites
As noites testemunham o meu sofrer,
São cúmplices das dores e saudades
Que eu sinto por você.
É camuflagem que me faz esconder,
Me refugiar da vida triste, que nunca desejei ter.
É um silencio que maltrata ,
Aumenta em meu coração,
A tua falta.
É retrato da tristeza,
É um filme de incertezas.
Noites que fazem meus pensamentos,
Com mais força, busca você,
Desejando uma explicação, uma resposta,
Sem poder ter,
Sem querer entender.
A noite é fria,
É quando eu descubro
Que com você, fui feliz,
E vivi de amor, algum dia.
Só nos tornamos cúmplices da vida quando dizemos – de todo coração – uma banalidade.
Gosto de olhares cúmplices que se cruzam, de bocas que se calam, de corpos que não se tocam. Gosto de almas que se buscam num coração que quer falar e suspira sem parar.
Os maiores cúmplices dos criminosos são sempre os advogados. O promotor, o juiz e o júri não sabem o que dizem. Pra mim, justiça é outra coisa.
Somos incompetentes com as nossas Verdades e é por esse motivo que nos tornamos cúmplices das mentiras alheias.
