Crônicas Pequenas
Saudade / Lembrança
O que eu amo, são as lembranças … não domino bem a saudade …
A saudade é FALTA, é fome que não se pode saciar, mão estendida que nada pode alcançar …é perda , nostalgia, angústia.
A lembrança PREENCHE, é a pacificação da alma, é olhar para trás e compreender o quanto foi bom tudo o que se viveu, ela existe acarinhada dentro de nós.
Se nada morreu, poderá até voltar a repetir-se… e tu, não me queres oferecer mais uma lembrança?
AGORA
Entre sentimentos intermitentes
Idas e voltas, dúvidas e certezas
Eis-me, coração magoado
Dentro de um corpo dormente
Sim fui embora !
Prefiro lembrar um amor com tudo
Que ter um cheio de nada.
Agora
Eu sou a saudade que te faz chorar,
A insónia das tuas noites
A ferida que não cicatrisa
A dor que solta as tuas lágrimas
E que te prende as palavras.
Dizes chorando que sofres,
com profundo arrependimento ?
Pois, lamento !
Para ti
Tenho vontade de (te) escrever :
Então os poemas que escrevo são para ti
Também os que não escrevo
Mas guardo em mim, são para ti.
Os que li e ainda não li
É pensando em ti.
Porque escrever é amar (te ) !
É encontrar nas palavras uma maneira de sonhar
Deixar a imaginação sem rumo
E estar onde desejar.
Neste desejo de te ter e não saber
O que te dizer
Todos os meus poemas são para ti.
PRIMEIRO ENCONTRO
Primeiro a gente se conhece
Se observa, se sorri
Se conversa e se encanta
Se beija e se apaixona
Ficamos…
Um dia, a mentira, a briga
O orgulho
A gente se deixa…
A gente pensa
Nao compreende
Respira fundo
Se espanta
Se desconhece !
Depois perdoa
Se (re)conhece
Mata saudades
A gente ri, acolhe-se
Abraça, chora junto
Discute com furor
Aceita finalmete
Que assim é o AMOR
O MEU OUTONO
Chegou o Outono, há folhas a voar ao vento sem destino
são castanhas e amarelas douradas.
O sol escondeu-se, foi dormir
o tempo arrefeceu e a chuva vai cair.
Também em mim o Outono chegou de repente
Sonhos caíram no chão empurrados pelo tempo.
Momentos vividos contigo, com alegria, sorridente.
Molhei meu corpo de lágrimas e delas nasceram novas folhas
folhas verdes, flores lindas, todas elas bem coloridas.
Renasci para a vida! Teria amado tanto ser a tua preferida!
Reflexão
A vida não oferece somente lindos jardins. Por vezes o cenário muda e temos desertos a atravessar - percursos de solidão, ventos violentos que nos
sacodem, são momentos de viagem ao interior de si mesmo.
Atravesse o seu deserto, mas não permaneça nele, caminhe sempre acreditando que no final Deus proporcionará um oásis, renovando forças e reciclando a alma Chuvas de bençãos regarão novos propósitos e novos sonhos
A CADA UM
A cada um o seu deserto
O seu mar a atravessar
A sua montanha a escalar
A sua cruz a carregar.
É a árvore da vida em desalinho
que requer tempo…
mas o tempo não se vê
estamos dentro do breu.
Somos orfãos de transparência.
Andando devagar, sem correr
Nem tropeçar…
Desbravando esses ramos velhos
e secos que nos querem asfixiar,
crescem folhas, nascem flores,
brotam frutos mil e o céu cobre-se
de azul anil.
O sol rutila, a vida de novo sorri.
ESTA MANHÃ
Esta manhã andaste
no caminho
dos meus labios.
Abrandas os passos
na languidez
dos teus susurros
escrevendo com o corpo
o que a tua alma deseja.
Com ardor
cadência certa ,
o coração pulsa
sente e enlaça..
Em gotas de suor
e grito silencioso
renascemos, entrando
com deleite
na casa do amor.
E num olhar
refletindo o mar
Foi lindo
ouvir-te dizer baixinho
Ao som
da nossa musica tema
- amo, te amar !
UM ANJO
Um raio fulgura
um coração magoado
Acende, incendeia.
A cinza
se transforma em luz
Rutila e seduz
A alma retalhada
por uma navalha.
Vem a calmaria,
Amar sem pressa
Em inteira confiança
Não ser trocada
Repartida, corrompida !
A alma feliz descansa
A vida retoma cores …
O teu amor ilumina
De mulher me faz menina .
Tão seguro e tão atento
Um anjo … meu apego !
SAUDADE
Saudade é um vazio cheio de emoções
Que nos enchem por dentro.
Saudade é sentir-se presa na teia
de datas, lugares e momentos.
Saudade é quando se esvai o visivel
E tatuado fica o invisivel, o amor-raiz
Viver no apego dessa dolorosa cicatriz
Que nos sustenta embala e acalenta.
Saudade são velas acesas no altar da alma…
Saudade corre nas veias como água do rio…
Saudade é menina que noite e dia corre,vadia …
É pássaro voando brincando com pensamentos
Folhas de Outono em tardes de vento,
Riscando o tempo e reviravoltando sentimentos.
BEIJO LOUCO
A tua boca oferece-se á minha
Numa viagem sem fim.
E a minha sôfrega, morre na tua.
Lábios contra lábios me refreco
Na chama que brota do teu corpo
E que atisa desejos insanos.
Uma conexão que nos projeta nas galáxias
Da sensualidade, das carícias e do prazer
Abrindo todas as dimensões da paixão
Propulsando-nos num universo de volúpia.
Gemem múrmurios e os teus olhos suspiram…
Danço para ti
Danço num sonho de ternura
Uma música de palavras calmas
Dançam vontades e desejos
Rodopiam sentimentos da alma.
Levanta-se o espírito que envolve
todo o meu corpo fervente.
Danço e liberto-me do tempo
e contigo danço no meu pensamento.
Sei que é um sonho, uma quimera
Mas não quero despertar
A tua imagem fugidia
Só assim a consigo agarrar.
Amo o teu corpo e danço.
Dançarei mesmo quando a musica parar.
Danço para ti... vens?
Aqui não existe mais ninguém!
Eu a dança e o meu sonho.
E lembranças a voar...
Dualidade
Por fora sou como me vês
Mil facetas de um caleidoscópio
Nuances de intensidade variada
dançando num bailado de cores
brilham e se transformam
Ilusão ótica, espetro da tua fantasia.
Por dentro sou como me imaginas…
Fujo quando penso que me adivinhas
Mostro-me quando sinto a tua sombra
Amordaçado, o interior nunca se mostrou
Sou Zeus e Hades. Mas não sabes
E nem eu sei o que sou!
A Gaveta
Abro a gaveta
procuro-te nas cartas amarelecidas
Relembrando momentos de paixão
Peças de roupa em desalhinho
Perfumes em lençois de linho.
Eu, rosa vermelha aberta nesse momento
Tu, sentimentos selvagens
Cavalgando nos nossos corpos nús
Que dançavam ao sopro do desejo
Como vento em jovens bambus.
Fecho a gaveta
Tranco as memórias de um amor desatento
Encanto de um romance inacabado
Hoje somos destinos cruzados
E ainda vejo amor nos teus olhos magoados.
AUSÊNCIA
Ando sempre acompanhada
naqueles momentos que passam
lentos pelas horas e derrapo nas
curvas da tua ausência que me fere.
A saudade chegou, se aconchegou
no meu coração, elegeu morada.
Acendeu lareira dentro de mim
Absorta, eu deixei e até a acarinhei.
Uma cumplicidade brotou
Nela a minha alma renasce
Repousa e se aquece.
Sigo Adiante
Te desligo.
Da minha alma, do meu corpo, dos meus pensamentos, dos meus pesadelos.
Estou pronta.
Para seguir, para sorrir, para me redescobrir, para recomeçar, para voltar a me reconhecer no espelho, para ser feliz.
Declaro.
Minha felicidade acima de toda dor, de toda insegurança, de todo medo, de todas as lembranças.
Recomeço, crendo mais.
Paro, escuto meu próprio coração
É a oportunidade que tenho de ouvir a minha alma
O piscar dos meus olhos é som entre uma nota e outra
O fôlego que entra pela minha boca é a música que toca no compasso do que sinto
Tudo o que penso
Tudo o que vejo
Tudo o que quero
É continuar no deserto de mim mesma
Que molha minha terra árida da dor
Que carrega as lágrimas ďo medo
Que junta o socorro que peço
E o que sinto que isso não termina cedo.
Talvez a leucemia tenha voltado para levar embora as dores e os conflitos que tenho passado.
As lutas são tão longas e o tempo de comemoração a cada vitória é tão irrisório, não compensa entrar nessa batalha.
Por aqui as coisas são complicadas que ninguém enxerga as possibilidades e os subterfúgios de paz que estão disponíveis frente a tudo.
"Dos sentimentos produzo poesias,
Dos olhares canções apaixonadas,
Das pessoas seres inexistentes,
Dos sorrisos poemas de amor,
Dos corpos rimas de prazer...
Da poesia meu olhar atravessa horizontes,
Das paixões meu coração pulsa descompassado,
Dos seres inexistentes me invade a esperança de cada um,
Dos poemas de amor a vontade de amar... mesmo não sendo amado,
Das rimas de prazer o deleite de desejar um dia sentir você."
A MINHA VIOLA
Das cordas da minha viola canto a vida,
canto a liberdade,
canto o amor,
canto a humildade.
Dos acordes da minha viola exalto minha origem,
exalto minha terra,
exalto meu lugar,
exalto minha gente.
Do som da minha viola canto a vida e exalto minha origem,
do som da minha viola canto a liberdade e exalto minha terra,
do som da minha viola canto o amor e exalto meu lugar,
do som da minha viola canto a humildade e exalto a minha gente.
Do som da minha viola canto e exalto o povo sofrido de minha terra, do meu lugar.
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