Cronicas de Miguel Falabela
A busca pela felicidade é direito natural do homem e instinto lastreado pela racionalidade que somente ele tem. Felicidade é assentada na subjetividade, no anseio individual e coletivo, nos valores materiais e imateriais de uma sociedade. Felicidade não se alcança extemporaneamente, é exercício de persistência e constância diriam uns, ou acaso afirmariam outros. Há ainda os que asseguram, ela simplesmente não existe!
Para definir felicidade as dificuldades são imensas, elucubrar sobre os caminhos que levam a essa tal circunstância, é tarefa hercúlea e quase inglória. No entanto, a altura do monte não é fator para me desmotivar e sim a vontade de chegar ao topo e descortinar o horizonte o são para me fazer prosseguir.
Por essa razão digo que quaisquer que sejam os caminhos que levem a felicidade, é o mais curto deles aquele que começa em você e retorna a ti com a constatação de que é feliz, quem se respeita, quem se ama e se valoriza.
Nossa quão pesada é a luta contra um inimigo oculto
Difama lacera compursca se move sutilmente
Tem o fel a lhe bombear o coração com caráter diminuto
Criaturas magras de honorabilidade gentil
Força mortal que leva em ombros a intriga
Não haverá de serdes impune cairá teu ardil
Torpes seres que acusam sem provas reais
Fariseus maltrapilhos de alma renegada
Suas honras repousam sepultas em lodaçais
Levantar-se-á boa gente erguer-se-á barricada
Devaneiam se acham que não prosseguirei
Cairão mascaras revelar-se-ão faces negras
Alguns de todos os lados tombarão é triste
Ferido traído humilhado mesmo assim vencerei
Somos felizes ou infelizes na medida de nossos atos, desejos e principalmente ações. Filosoficamente estaríamos regidos pela Lei da Causa e Efeito, conceituada na premissa de que “nenhum efeito é quantitativamente maior e/ou qualitativamente superior à causa”. Logo por essa visão recebemos aquilo que nós mesmos impulsionamos com nossas escolhas.
O Caibalion ver a Lei da Causa e Efeito como a representação do “Todo”, e aquilo que atribuímos ser o acaso, é algo que foge da nossa compreensão. Mas nada deixa de estar interligado na temporalidade e na sequência retilínea do que tinha que ser diante daquilo que atraímos com as atitudes que empreendemos.
É praticamente se apoiar no ensinamento de que “você colhe o que planta”. Mas algumas vezes quando nos remetemos à proporcionalidade esperada em relação ao efeito, isso é claro para quem aceita a Lei como uma verdade, vem à constatação que nem sempre tudo vem na mesma dose das nossas atitudes pretéritas.
Como explicar ter alguém se portado de maneira ruim em determinado momento da sua vida, se reabilitado após longo sofrimento e conviver no presente constantemente com a aproximação de quem quer lhe fazer um mal que jamais levou a cabo contra outrem? Seria então licito supor que em uma só cena, o somatório de tuas más ações se confrontaria convosco na sua plenitude?
Respondidas ou não essas questões, no fundo paira a dúvida capital, porque logo comigo? Aí vem o aspecto da importância do saber discernir. Cada um de nós traz consigo sua porção má e sua porção boa. Se fostes em determinada passagem em teus antecedentes, mal para com alguém ou alguns, como foco principal do teu protagonismo, hás de ter em vida, seja nessa ou em outra (tudo depende do que crês naturalmente) a causa dos teus transtornos, aparentemente inexplicáveis...
Estar pois, em litígio com pessoas que fazem do manto da mentira como veste oculta, da manipulação de pessoas e fatos um habitue corrente e da inveja de ti sua obsessão, nada mais é, do que serdes nesse instante o coadjuvante da história de outro, que tal como tu, estará protagonizando seu próprio encontro com a desgraça que agora te atormenta.
Se queres então efeitos benfazejos em tua caminhada, coloques tua vida a serviço das boas causas, identificando-as como sendo elas, aquelas dignas aos olhos dos homens de bem.
O estado de ser leal; o propósito ou devoção de fidelidade a alguma pessoa, a uma causa, esse é o significado da palavra lealdade. (dicionário virtual)
Quando essa atitude se manifesta, o sujeito alcança um plano superior em questão de moral, é quase uma confirmação de que a corrupção dos costumes não consegue contaminar a todos.
Não existe meio termo, na conduta da lealdade ou se é ou não se é. Quem é leal coloca seus interesses e vaidades em segundo plano, pensa sempre no bem comum, age com responsabilidade, diligencia e firmeza.
Lealdade não é uma figura alegórica, e sim um hábito de quem tem carater elevado, personalidade marcante sempre trancendendo o lugar comum daqueles que que giram em torno de si próprio.
Para um homem ou mulher leal, não cabe se amesquinhar, buscar se resguardar das contendas em detrimento dos seus companheiros. Quem sabe ser leal apoia os seus, do começo ao fim, aconteça o que acontecer.
Quem não é verdadeiramente leal, trai com facilidade, omite-se sem piedade e se esconde nas nevoas dos anseios menores.
Buscar para si uma posição comoda diante de uma situação de conflito ou perigo, é conpuscar um esteio vital da lealdade, ou seja, a confiança mutua.
Quem é leal não se acovarda, não espera “para ver como as coisas ficarão”, coloca-se de imediato ao lado do outro e da sua classe. Enfrenta com coragem os desafios que se apresentam, pois sabe que seu (s) companheiro (s) faria (m) o mesmo por ele.
Lealdade vem acompanhada de: confiança, desprendimento, fraternidade, grandeza, altivez, sacrificio, agape, bons costumes, principios morais, dignidade e renuncia.
Quem trai alguém, não o está somente traindo ao amigo, mas a si mesmo. O traidor violenta a sua própria excencia.
Ser leal então é revesti-se com a capa da honra, é beber do cálice da verdadeira amizade, quase um sinal da santificação do espirito é se colocar em degraus muito próximos do lar celestial. Se fores genuinamente bom, serás sempre leal.
Busco abrigo corro sem destino
Uma tempestade desaba repentina
Tanta sordidez humana mas que sina
Querem o mal por puro desatino
Extemporânea fustiga implacável
Vaidades glórias inservíveis
Pensam desvairados ser intangíveis
Mas como entender o inimaginável
Medo algum nos impõe
Retroagimos por pura cautela
Trovões estão a cair mas tudo se recompõe
Não há tempestade eterna
Poderosa contudo jamais vitoriosa
Vamos sair puros da baderna
Existem momentos em que você não gostaria de ser um animal irracional, a centésima parte da poeira cósmica que já somos ou até simplesmente não existir? Lealdade, coerência com os bons princípios que defendamos e amizade verdadeira, mais parecem com trechos extraídos de uma obra de ficção e quase irreais.
Não sou movido a rancores, não sou refratário de divergências do passado e muito menos banco o “santinho de pés de barro” enquanto a minha postura usual. Mas de uma coisa tenho certeza, não traio, não falseio a verdade e tenho lado e posições definidas
Prezo o companheirismo igualmente ao ar que respiro, fazendo do adágio popular que diz “amigo meu não tem defeito”, uma norma de conduta para com aqueles que abraço como amigos.
Sei também que não vivemos em um mundo ideal e sim no que é possível, até mesmo porque coabitamos entre iguais, ou seja, centenas de milhões de uma raça de fragilidades corpóreas e espirituais. Contudo, nem sempre o mal pode ser majoritário, nem sempre devemos fazer da dúvida sobre o caráter das pessoas na qual acreditamos um ato compulsivo e constante.
Essa seria a maneira adequada de se agir diante daqueles que compartilhamos ideias, labor e projetos. Todavia a todo instante como a uma “conspiração do além”, surgem aqui e ali, de onde menos esperamos atos cometidos por nossos “amigos”, que caíram até exageradamente para os que são declaradamente oponentes.
As alternativas apresentadas no inicio, são todas impossíveis, resta-nos mesmo enfrentar o dia-a-dia com aqueles que se escondem por de traz de um capuz de mesuras, sorriso largo e insistentes juras de afeto fraternal.
Triste não é? Sim e não... Por quê? Obviamente triste por nos trazer enormes decepções para com aqueles que devotamos os melhores dos nossos sentimentos por agirem traiçoeiramente e como chacais humanos. E não devido ao fato de que essas são atitudes altamente humanas...
Traição dói no inicio, afeta no meio e nos ensina ao final. No Brasil recentemente, na revolução de 1964, o então presidente João Goulart comunicava-se insistentemente com o seu chefe do estado maior das Forças Armadas, marechal Castelo Branco, indagando sobre a situação nos quartéis e este informava ao presidente “que reinava a mais absoluta tranquilidade em todo território nacional”, ele era na verdade o mentor intelectual do movimento militar e já estava preparado inclusive para pedir exílio a duas embaixadas em caso de fracasso da revolução...
Se na própria história e nas escrituras cristãs constatamos traições, pois o que dizer do mais celebre deles o Judas Eucariotes, de Joaquim Silvério dos Reis, do Cabo Anselmo, Brutus e tantos outros que vem desde a aurora dos tempos.
O que vale na verdade é seguir acreditando, contraditório isso? Talvez! Pois quando todos esquecerem que para ser acreditado é preciso acreditar, a verdade haverá sucumbido totalmente e com ela a verdadeira amizade.
Ágapes sem essências alimentam almas imundas
No descompasso cardeal surge a desunião
Vociferam calunias lançam-se maldições só ódio nos corações
Força aguda contra teu próprio irmão não há quem acuda
Fraternos ontem gladiadores na arena da bestialidade hoje
O manto rubro tonifica sua cor com sangue inocente
A coroa imberbe perde suas jóias como paga a guerra
Arautos do apocalipse espalham terror é o ébano
Gerações enganadas nascem do rancor
Contaminam suas almas com causas vazias
Profanação oh cidadão extraordinário do mundo
Legado ultrajado juramentos sem significado
As espadas sem mancha agora perfuram a esmo
Sina amaldiçoada a de quem acredita nos antigos ideais
Escuridão sem facho de luz ponte quebrada
Resplandece augusta ordem teus cavaleiros aqui estão
O estranho e complicado mundo dos adultos, envolve uma serie infindável de situações que se apresentam através do senso e contrassenso, do equilíbrio e da descompostura, da honradez e da ausência de caráter, da solidariedade e da indiferença e ainda pela fraternidade verdadeira e pela desavença mentirosa.
Temos a oportunidade de nos agarrarmos aos bons sentimentos e as iniquidades da alma, basta escolher um caminho.
Estamos a cada segundo em contato com o bem e o mal, não sendo muitas das vezes claro à primeira vista a distinção desses dois espectros da alma humana. A dualidade de forças é acompanhante para toda vida dos indivíduos que habitam o planeta e a escolha do caminho a ser seguido é enlaçada por dúvidas, questionamentos, ardis e expectativas.
Valho-me aqui de Carlos Drummond de Andrade, que disse "Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias. Difícil é encontrar e refletir sobre seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado. E é assim que perdemos pessoas especiais."
Como contextualizamos essas palavras com o que referenciamos no texto até então? Simples, no bojo do que foi destacado, nos vemos diante da necessidade de julgarmos pessoas, seus atos e posturas.
É aí que somos testados se a maturidade adquirida até então é a suficiente para discernir o bem do mal, ou se ainda falta-nos desbastar ainda mais, as nossas próprias imperfeições. Expurgar dos nossos convívios quem é tido como mal é o correto, não é? A princípio sim. Mas e a gradação da ação, como obtê-la sem cometer injustiças?
Quando se apresenta para nosso julgamento dois grupos oponentes, por mais que nos seja doloroso, é necessário à administração da justiça. "Para bem julgar não basta sempre ver, é necessário olhar; nem basta ouvir, é conveniente escutar." (Marquês de Maricá).
É execrável quem age de boa fé, contudo com excessos em nome de ideais consagrados? Ou quem, quão lobo seja se traveste de manso cordeirinho? Quem trama na surdina, insufla antagonismos, semeia a discórdia e envenena almas juvenis, poderá escapar imune a condenação? São perguntas e mais perguntas, as circunstancias serão determinantes e inércia fatal.
Decididamente o aqui colocado não é a mais das agradáveis situações, entrementes os conflitos são partículas da convivência humana. Ignorar somente, evadir-se do “palco” ou fazer de conta que não é conosco, são paliativos próprios dos covardes e despreparados.
Não obstante as nossas próprias convicções de certa “neutralidade”, frente à própria escolha da estrada a qual queremos percorrer, infelizmente a vida em sociedade, não nos proporcionou essa prerrogativa, pois até os anarquistas se tendenciam a uma das posturas.
Em suma, temos livres escolhas para o bem ou mal, primeiro na formatação do nosso caráter e depois aliado a maturidade, quando convocados para tal, devemos julgar buscando no discernimento o desvendamento, se estamos diante do bem, penetrado por setas maléficas ou do mal, totalmente envolto em manto impostor e com “cara” de ser bom.
Livres escolhas, essas de fato são as grandes responsáveis pelo que fomos, somos e seremos perante a vida. Atentai-vos, pois ao pouco que aqui foi escrito, tomando cuidado com os perigos que se colocam, sempre adiante para baixo da estrada da vida.
Eu Não Confio:
Em quem faz trejeitos de bom amigo em sua presença e apunha-la-te na ausência;
Naqueles que no momento para solidariedade, aproveitam-se de uma situação adversa para tripudiar;
Em quem se beneficia da colaboração de outro, mas faz pouco caso de sua presteza;
Naqueles que fazem jogo duplo, com uma opinião para cada ambiente em que esteja;
Nos que colocam seus interesses pessoais acima do da coletividade;
Em covardes dissimulados que não têm hombridade para dizer olho a olho suas opiniões sobre você;
Nos “profissionais” da incompetência, que não toleram o sucesso de outros;
Naqueles que a pretexto de uma tal de “amizade”, fortalecem as colunas de meliantes;
Em quem acha que pode ser “chancelador” da honestidade e dignidade alheia, as favas contigo fariseu;
Em quem se utiliza como escudo para suas armações, mal-amados complexados e teleguiados;
Dispenso também a necessidade de merecer a confiança de quem é abjeto por natureza e traidor por opção!
Dificuldades? Sim, elas existem. E para quê?
Para fazer-nos criar forças mesmo que não a tenhamos.
Na verdade sempre a temos, só nunca mostramos por não ser o momento. E quando chega a dificuldade, supera-la irá com suas forças trazendo-as ocultamente de seu espírito não deixando que qualquer dificuldade seja mais forte que sua força interior: a insistência e a confiança.
Posso não ser o herói dos seus sonhos...
Posso não ser o príncipe que tanto esperava...
Posso não ser um conto bem dito...
Posso não ser uma história sem fim...
Mas, acredite: por amor eu faço dessa história o melhor conto com o príncipe que sempre esteve a sua espera e que será sempre o seu herói nos momentos de vitória e derrota na sua vida.
Tem sempre alguém que goste. Ninguém no mundo veio a ele para estar sozinho: nem que seja um amigo, um amor, um companheiro de/para todos os dias.
Na vida, completamos o dia-a-dia com tarefas intermináveis e repetitivas que nos fazem ficar cada vez mais fortes e insuperáveis naquilo que estamos fazendo.
Esqueça o fato de que alguém não gosta de você. Certas pessoas, na verdade, tem inveja da sua grande capacidade de fazer o que faz e que tenta, mas não consegue com a mesma ênfase, perfeição e agilidade que consegue.
E não viemos ao mundo para agradar a todos, porque todos deveriam ser diferentes, mas uns insistem em copiar-se multiplicadamente como disse acima: para tentarem fazer e ser o que você é e faz enquanto deveriam ocupar o tempo deles pelo menos a descobrir pra que servem nesse mundo.
Se Tivesse 12 anos...
Se tivesse 12 anos isso iria acontecer ,
não esperava um minuto só iria o fazer
Um beijinho gostoso eu iria o dar
Um abraço daqueles isso iria o alcançar
Se tivesse 12 anos poderia ficar,
com aquele menino que só fasso adimirar
Se tivesse 12 anos poderia o beijar, poderia o abraçar
poderia o namorar.
Quando vejo sua foto eu só falto delirar,
fico ficsada olhando até meus olhos se vidrar
Eu gosto dele sim, mas não posso o namorar,
Ele nem repara em mim e nunca vai reparar
Mas no ultimo dia de aula, sim vou o beijar,
Pois já vou ter 12 anos e vou poder ficar.
Amar a dois...
Quando eu era, pensei não ser,
Quando eu tinha não quis saber,
Um dia inteiro pra dizer,
Mas sequer pude entender.
Os olhares misturados,
Tanta coisa pra viver,
Pouco pude observar,
Os detalhes em você.
As palavras eram ocas,
As atitudes corriqueiras,
Não valiam os esforços,
Não tinha tempo pra perder.
O tempo foi passando,
A saudade foi chegando,
A tristeza aumentando,
Já não tinha mais você.
O que menos esperava,
Logo foi acontecer,
Senti falta do teu beijo,
Do teu cheiro, teu querer.
Tentei mentir pro coração,
Dizer que foi uma ilusão,
Mas não sou eu quem manda em mim,
Quem manda em mim é a emoção.
O dia todo a pensar,
À noite inteira a chorar,
Já não podia me ouvir.
Eu então pude entender,
Tarde demais pra perceber,
Que o amor precisa de um casal,
Amar por dois é impossível,
Amar a dois, fundamental.
Sou eu mesmo sonho.
Meu sorriso é segredo, de guardar do que o medo me prende no enredo e o calar desespero. Doem as marcas das falhas, grito calada, suspiro por nada.
Amor quem me diz? Se sou infeliz! O passado me cobra a dívida alheia, me culpa e me aponta o dedo na cara, me xinga, me humilha, me faz de palhaça.
Nascer ou passar, não sei mais pra que! A vida é madrasta, me cospe o medo, me faz pesadelo. Caminhos sem volta, as trilhas da morte, me dizem tem sorte de estar na história. História de quem? Caminho pra onde? Tem volta chegada? Ou mais gargalhadas? Sorrisos maldosos! Ninguém me responde, todos querem me ouvir, pois grito bem alto: Eu quero sorrir, eu quero entender me deixem andar, me deixem cair, me mostrem os erros, me deixem viver!
Criança tão grande, mulher infantil, tem medo de gente, seu nome é sutil, fraqueza que a mostra o quanto é forte, pra chorar e sorrir sem temer a morte.
Os anos se passam as voltas da vida, os rumos tomados, caminho escolhido, destino ou escolhas, veredas e ventos, quer seja o nome, destino ou estrada, da vida que tratam, a vida relata, são todos os mesmos, em busca do nada.
No fim quem me diz quem vence quem perde, pra que tanta marra, pra que tanta espera, o sopro tem pressa, a vela se apaga, o vento que sopra me mostra a verdade,
Sou tudo sou nada, depende de mim, depende da escolha, do certo do errado.
Sou filha do tempo, sou face do espelho, prevalecer é viver, desistir é dizer: Eu sou o desespero.
Se aqui ainda estou, algo me espera, sendo os galhos do trigo, ou as folhas da flor,
Não importa o espinho, não importa a dor, o caminho eu sigo, seja ele qual for.
As veredas são muitas, os sonhos maiores, o coração grita alto querendo vencer, o corpo desiste, o espírito implora, a alma persiste, viver e viver, não vá ainda embora, não quero morrer!
Alma
A alma conversa,
Diz-me e expressa.
A alma aflora,
Dependo do agora.
A alma reclama
Da dor e da fama,
A alma replica
E comigo grita.
A alma ignora
Passado e futuro,
A alma é presente,
A alma é a hora.
A alma labuta,
A alma reluta,
A alma invade,
A alma alarde,
A alma covarde.
A alma me assusta,
A alma me ofusca,
A alma me empurra,
A alma me busca.
A alma é a dor,
A alma é o amor,
A alma é a força,
A alma é o terror,
A alma é a morte,
A alma é a sorte.
A alma é o fogo
Que queima meu ser,
A alma é o medo
A alma é o querer,
A alma é a face,
A alma é você.
A estagnação da vida faz mal e a fadiga.
A alma reflete o sentido do que somos no mais absoluto inconsciente,
As forças vitais que ligam os sonhos são complexas, porém inovadoras.
A estagnação traz angústia ao coração, dor ao corpo, refletindo na morte da fé.
Marcas devem ser seguidas à risca, destinos devem ser traçados e realizados,
No mais vasto mundo de pensar, proponho-me a inventar minha própria saída.
Sou dona do meu sentir, sou livre com meu pensar, jamais serei prisioneira do sofrimento insignificante.
Se sofrer, será por querer, se chorar, será por lembrar, por ver, por amar.
Ao observar meus descendentes, vejo do que sou formada, vejo luz, vejo brilho,
Vejo alva.
Meus genitores são magnânimos, são grandiosos, é minha matéria prima, é forma única no mundo.
O cheiro que se faz na conjunção de um nascer, a peça que une minha razão de existir e me sobrepor aos demais meios de sobrevivência.
Deveras que eu fosse apenas uma folha seca, ainda assim seria fruto da imaginação do Criador. Seria um ponto a ser visto sob a face terrestre.
O agora me permite ser eu mesma, entre folhas de papel e a mistura de pó e ilusão.
Simples para quem ver inacreditável para quem crer.
Os meus olhos me permitem enxergar no mais profundo do que sou, ao fechá-los, estarei entrando na mais completa e absoluta escuridão da alma.
Não me permitirei selar somente em versos a minha missão, as palavras necessitam voar o mais alto que lhes forem permitidos voar, envolver em seus laços os corações e respirar as emoções.
Não chame uma pessoa de “burra”, porque o animal que tem esse nome é muito inteligente.
Não chame uma pessoa de “toupeira”, porque ela é extremamente adaptada e evoluída para sua sobrevivência.
Não chame uma pessoa de “rato”, porque ele esta apenas com fome, e pega sua comida bem rápido, para sustentar seus filhotes.
Para finalizar, não culpe os animais pelos erros humanos...
Parte de Mim
Parte de mim sente uma vontade intensa de correr pros teus braços e te beijar na boca.
Parte de mim sente tanta raiva de você que passaria o dia inteiro brigando feito uma louca.
Parte de mim te quer pra sempre num momento que jamais deixaria de te sentir.
Parte de mim chora quando tento te fazer ao menos, me ouvir quando digo: Pare de mentir!
Parte de mim grita e chama teu nome a noite inteira e clama!
Parte de mim quer que você mantenha longe do meu corpo essa chama!
Parte de mim quer ser forte e dizer adeus de verdade.
Parte de mim diz adeus em partes.
Parte de mim não se contenta com suas frases curtas do alfabeto.
Parte de mim quer te ouvir soletrar todo amor do universo!
Parte de mim deseja que o tempo passe o mais depressa possível pra acalentar minha dor de te querer e não te ter.
Parte de mim sabe que passe o tempo que passar, meu coração vai acelerar toda ver que você me olhar e sei, jamais deixarei de te amar.
Parte de mim se pergunta o tempo inteiro: Será que sou complicada demais ou será que ele não me entende mais?
Parte de mim responde: Se for amor, não importa as minhas fases, ele sempre vai fazer parte de cada uma decorando meus detalhes.
Parte de mim sente saudade, mais tanta saudade que não consigo controlar os suspiros que me invadem.
Parte de mim permite que a tristeza entre, se aconchegue e me faça chorar até muito tarde.
Parte de mim me pede pra desistir, pra de uma vez por todas entender que não amo mais você.
Parte de mim faz meu corpo arrepiar de vontade de correr pros teus braços e flutuar ao entender, que juntos formamos o amor, eu e você.
Parte de mim no mais profundo do sentir, repete várias vezes por segundo o quanto preciso dos porquês e dos entenderes...
Parte de mim entende perfeitamente que o amor tudo espera, o amor compreende, o amor tem por sua vez seus pormenores.
Parte de mim me convence que sou insana, que por mais que eu tente não serei igual a ninguém, porque de iguais o mundo está farto.
Parte de mim deseja neste exato momento te segurar em meus braços, olhar nos teus olhos e te chamar de fiasco.
Parte de mim não agüenta mais fazer divisão de partes incertas.
Parte de mim te ama te espera, no tédio, no amor, me completas.
No Momento de Ir
...E quando o momento da despedida chegar, não me traga flores, que apesar do perfume não será o momento oportuno.
...Melhor que a beleza das rosas, traga-me folhas em branco, tinta e pincel, estes
Serão para relembrar os respingos da minha existência.
dedicatória em primeira Antologia ALB
para um ser humano "incrível" R.V.L.
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