Cronicas de Luiz Fernando Verissimo Pneu Furado
Descordo Profundamente da frase "Querer não é poder" Pois quando se quer algo pode sim comquistar, pois quando se quer deve haver uma luta incessante até que em fim você tenha o que deseja,o segredo para essa conquista é não se importar com opiniões externas e sim ouvir o que pede o seu interior,ouvir o que pede o seu Coração
A confiança é, talvez, o maior capital que construímos junto às pessoas ao longo de nossa existência. Quando não lhe damos o devido valor de forma contínua e habitual, não há como esperar que esse capital não se esgote em algum momento, e sem garantias de que seja resgatado. As pessoas, numa primeira instância, podem ainda acreditar nele; na segunda experimentam oferecer um voto de confiança, mas a terceira dificilmente passa de um “pagar pra ver”, isso se todos já não estiverem convencidos de que o ponto da reversão foi ultrapassado, não tendo como culpá-los por isso! Essa é uma das coisas, portanto, onde o mais importante é o “durante” e não o depois, na construção de uma obra que jamais termina e é avaliada ao longo de todo o nosso tempo, e não no ato da entrega de um suposto “produto acabado”.
HUMANO é aquele que, ao chegar ao máximo de sua possibilidade, percebe que atingiu seu limite e pára, pois sabe o que acontece depois; HERÓI é aquele que, ao atingir o máximo de sua possibilidade, não o aceita como limite e continua, acreditando que pode mudar esse depois; SANTO é o que sabe ter atingido o máximo de sua possibilidade, não dá a mínima para o limite e vai em frente, ainda que saiba o depois. Mais do que a escolha, a diferença está na importância dada a um “depois” além do que ele consegue saber.
O retorno não é só uma curva que corta a estrada. É também voltar. Retornar ao lugar de onde você saiu. Mas se não for para estar novamente nesse lugar, que é o ponto de partida. Então é melhor seguir. Seguir pra onde eu não sei, porque se você voltar e não encontrar o local onde estava antes é porque, provavelmente. Sim, provavelmente você estará perdido. E nesse momento não vai mais adiantar saber qual é o caminho a seguir, pois é certo que você chegará a lugar algum.
Não há quem possa afirmar "não ter inimigos" apenas porque nunca quis levar prejuizo a outrem. Nossas mais nobres ações podem contrariar interesses e despertar o ódio de supostos atingidos. Assim, você pode tanto ser adorado quanto odiado pela mesma razão, pois tem mais a ver com o desequilíbrio do outro do que com todo o seu bom senso.
O problema das paixões ideológicas é que elas sempre selecionam aquilo em que se quer acreditar, por mais improvável que se mostre. A única forma de não nos afastarmos da realidade é preservando o equilíbrio, garantindo assim o bom-senso que previne as ilusões da defesa emocional de qualquer dos lados que se enfrentam!
Não é raro que você compare as trajetórias de pessoas famosas - algumas até meteóricas - com a sua, e se pergunte: “O que fiz de errado, que para mim não deu certo?” Quando isso acontece eu lhe afirmo que o único erro que repete é confundir sucesso com fama e dinheiro. Estes são MEIOS! Sucesso é o fim que se atinge depois que os meios passaram (e eles SEMPRE passam!). É aquele encantamento interno que fica nos outros e em nós mesmos, quando o constatamos. Sempre que conseguimos isso, temos sucesso. Uma celebridade pode encontrá-lo na forma como governa, como canta, ou como revela uma habilidade incomum, caso se entregue a elas com paixão, e as enxergue como missão. Assim, seu sucesso total não fica atrelado a fama e fortuna quando atinge um número enorme de pessoas que você encanta, e consegue transformá-las apenas com a habilidade de fazê-las pensar, pra nunca esquecer. Depois olhar para trás, conhecer o que fez e concluir: EU FIZ ISSO!
Cresci ouvindo as pessoas me dizerem do quando admiravam minha inteligência. Na mocidade, preocupado apenas em viver a vida, isso não fazia a menor diferença. Na maturidade vem a vontade de descobrir como ela poderia facilitar-me alguma coisa. Na terceira etapa da vida sobrevém a consciência de que ela não nos livra das mazelas humanas, e a hora é de aproveitar o tempo para torná-la útil aos outros e ao que resta de bom em nós mesmos.
A cobrança de ações assumidas com outros é constrangedora e frustrante, porque passa atestado de não comprometimento ou, no mínimo, de que não se previu etapas e possibilidades de se oferecer o resultado prometido. São coisas de que os envolvidos não podem se eximir com risco de revelar o despreparo que transforma qualquer empreitada em aventura. Antecipar-se à cobrança, antes de esperar por ela, é característica primeira dos que não negligenciam suas responsabilidades, nem falham com aqueles que dependem de suas ações.
Descobri um dia que a escolha por qualquer dogma - ou me afastando de todos - apenas me aproximava de um dos extremos da corda. Concluí, portanto, que todos eles, quanto tudo o que existe, tem um pouco do muito que preciso para me situar mais perto desse ponto de equilíbrio entre os dois lados, e a ciência da vida consiste em não perdê-lo de vista!
Não ter ídolos nem ideologias é tarefa nem sempre das mais fáceis, já que tanto o macro quanto o micro universo se apresentam em permanente mutação. Mas todas as vezes em que nos fixamos em uma única linha - seja ela de pensamento ou de caminho a ser seguido - seremos arrastados para um dos extremos sem que nos demos conta disso.
Ficar-se atento ao risco do imobilismo é a forma mais eficaz de proteção. A capacidade de sair do ponto onde estamos para olhá-lo à distância - por mais que pareça confortável e seguro aquele onde estamos agora - é a única maneira de percebê-lo de forma consistente e confiável, como também de constatar se não é hora de mudar para um ponto novo pois que, visto de fora, este já nos aproxima mais de uma das pontas do que do meio! Não ter receio de mudar sempre que piscar o alerta é trocar a imobilidade pelo equilíbrio que nos salva.
Não ter receio de buscar a mudança como o melhor critério de avaliação nos previne da ameaça de transformar vícios em algo trivial e rotineiro. Ter coragem para trocar caminhos todas as vezes que se fizer necessário, e ser um camaleão que empresta à própria alma as cores que o ambiente aponta como as mais confiáveis naquele momento, ainda que incompreensível para o observador externo, é a única forma de manter-se fiel a minha própria essência! O ótimo de agora pode ser o péssimo de amanhã, e você será parte dele se recusar-se a olhá-lo de outro ângulo, de modo a perceber se ele continua ou não harmonizado com o melhor que quer para si.
Se não nos permitirmos abandonar o "ismo" de nossas origens, se não reunirmos toda a coragem para romper os tirânicos grilhões das tradições, dos dogmas, das crenças moldadas por outrem, de modo a que não os cristalizemos no alto de um mastro que já não nos representa em toda a plenitude, nos coloca em sério risco de distanciarmo-nos de nós mesmos para entrar num labirinto de um não-ser sem volta!
Há que se estar atento à diferença entre louvar as tradições de nossas origens, respeitando os ancestrais que as forjaram, e manter-se atrelado a elas como leis para o nosso presente e caminho obrigatório para o futuro, este tão diverso e imprevisível que, por isso mesmo, mais precisa de trilhas do que de trilhos. As trilhas revelam heróis. Os trilhos, apenas fundamentalistas que combatem os que têm coragem de se renovar pois que, por comparação, lhes expõem a covardia.
Apegarmo-nos ao Status Quo é o mesmo que reter a água entre os dedos das mãos, contrariando sua natureza renovável. Não é sensato apegar-se à qualquer etapa de uma jornada, que cumpre seu papel num dado momento, para em seguida revelar outras que se sucedem indefinidamente, e sobre as quais não se possui qualquer controle. Cada uma dessas infinitas etapas tem suas próprias regras, e nenhum compromisso com as das anteriores. As mudanças que introduzem são a única coisa que nunca muda! E aí está você, acreditando ser possível contrariar essa lei que não foi ditada por qualquer senhor além do próprio universo! A igualdade será sempre um estágio. Acorda, portanto: a diferença é a regra onde, amanhã, nada será como antes.
Não é o igual, mas a novo que oferece sua diferença como acréscimo. A diferença é rica e a igualdade pobre, porque iguais não possuem a capacidade da mútua contribuição, mantendo-se estáticos como se descobriram, e alijados da evolução que o universo nos cobra como regra única e imutável! Tudo o que não muda, fenece! Assim, mesmo quando você não dá a mínima para a própria evolução, quando combate o diferente de si mesmo não sabe que está atentando contra sua própria sobrevivência. Desapareceremos todos – eu e você – enquanto insistirmos em rejeitar o diferente que fatalmente virá, na vã tentativa de transformar o igual em perene, tornar a mudança imutável, submeter às nossas microscópicas leis a lei maior do Macro Universo.
Fanatismo é como a peste: de altíssimo poder de contágio, sai matando tudo o que o indivíduo tem de melhor por dentro e por fora, via sentimentos e ações dos mais destrutivos. E mesmo após seus vetores se auto dizimarem, ela segue em seu processo de extermínio, vitimando outros pelo legado maldito das convicções equivocadas dos primeiros.
O pensamento expresso em prosa não tem compromisso com o lirismo – como num poema – podendo ser direto e preciso quando necessário, sem os aforismos da poesia. Não ficando atrelado aos arreios da forma, do estilo, da rima ou da métrica, segue livre para mexer com emoções e provocar reflexão no leitor pela identificação com algo que ele já sentia, e que apenas precisava ver traduzido em palavras para que se sentisse representado nele.
Fundamentados na crença de que o bom e o ótimo estão sempre do mesmo lado, muita gente não percebe que eles vivem em permanente conflito: tanto a obsessão pelo ótimo impede que você faça o seu melhor – que pode ser bom o bastante em relação ao que já se tem – quanto esse mesmo melhor pode ser péssimo, quando você se acomoda nele e desiste de ir além, já que o ótimo é a perfeição mantida à vista, mesmo que nunca seja atinjida. Não confunda, porém, excelência com preciosismo. Este último é aquela “perfeição” que ninguém precisa, e que não acrescenta absolutamente nada ao seu projeto! Então aprenda: Excelência é fazer o máximo naquilo que se revela essencial e pertinente! Preciosismo é se concentrar em uma “perfeição” que não faz qualquer diferença no resultado que as pessoas estarão esperando de você.
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