Cronica sobre Regime-Jo Soares
Sei agora qualquer coisa sobre os que procuram sentir para se saberem vivos. Caminhei também nessa viagem perigosa, tão pobre para nossa terrível ansiedade. E quase sempre decepcionante. Aprendi a fazer minha alma vibrar e sei que, enquanto isso, no mais profundo do próprio ser, pode-se permanecer vigilante e frio, apenas observando o espetáculo que a si mesmo se proporcionou. E quantas vezes quase com tédio...
Não sou perfeito. Nunca fui. E também não sou bom exemplo pra ninguém. Mas se quiseres pensar sobre as palavras que digo, procure tirar delas bom proveito, por que foram escritas com o coração, por uma pessoa igual a você, e que teria errado menos, se machucado menos, e vivido melhor, caso tivesse ouvido estas mesmas palavras de outrem.
Porque eu percebi que esse negócio chamado amizade não é sobre confortar ou colocar pra cima. Não. Amizade é quando - juntas - vocês sentem as mesmas coisas, sejam elas flores com fragrância de perfume francês, ou cogumelos bizarros vindos de seus corações cansados de sofrer. É quando você e outra pessoa se forçam a sentirem as mesmas coisas, e - mesmo que sejam dores e medos inimagináveis - deixam tudo mais bonito, apenas pelo fato de estarem compartilhando. Amizade é compartilhar. Não é oferecer o ombro amigo, mas chorar junto suas dores, para mostrar que ela não é a única capaz de sofrer.
Uma reflexão sobre o amor e a vida
Às vezes as pessoas que amamos nos magoam, e nada podemos fazer senão continuar nossa jornada com nosso coração machucado.
Às vezes nos falta esperança. Às vezes o amor nos machuca profundamente, e vamos nos recuperando muito lentamente dessa ferida tão dolorosa.
Às vezes perdemos nossa fé, então descobrimos que precisamos acreditar, tanto quanto precisamos respirar... é nossa razão de existir.
Às vezes estamos sem rumo, mas alguém entra em nossa vida, e se torna o nosso destino.
Às vezes estamos no meio de centenas de pessoas, e a solidão aperta nosso coração pela falta de uma única pessoa.
Às vezes a dor nos faz chorar, nos faz sofrer, nos faz querer parar de viver, até que algo toque nosso coração, algo simples como a beleza de um pôr do sol, a magnitude de uma noite estrelada, a simplicidade de uma brisa batendo em nosso rosto.
É a força da natureza nos chamando para a vida.
Você descobre que as pessoas que pareciam ser sinceras e receberam sua confiança, te traíram sem qualquer piedade.
Você entende que o que para você era amizade, para outros era apenas conveniência, oportunismo.
Você descobre que algumas pessoas nunca disseram eu te amo, e por isso nunca fizeram amor, apenas transaram...
Descobre também que outras disseram eu te amo uma única vez.
E agora temem dizer novamente, e com razão, mas se o seu sentimento for sincero poderá ajudá-las a reconstruir um coração quebrado.
Assim ao conhecer alguém, preste atenção no caminho que essa pessoa percorreu, são fatoresimportantes: a relação com a família, as condições econômicas nas quais se desenvolveu (dificuldades extremas ou facilidades excessivas formam um caráter), os relacionamentos anteriores e as razões do rompimento, seus sonhos, ideais e objetivos.
Não deixe de acreditar no amor. Mas certifique-se de estar entregando seu coração para alguém que dê valor aos mesmos sentimentos que você dá.
Manifeste suas idéias e planos, para saber se vocês combinam. E certifique-se de que quando estão juntos, aquele abraço vale mais que qualquer palavra.
Esteja aberto a algumas alterações, mas jamais abra mão de tudo, pois se essa pessoa te deixar, então nada irá lhe restar.
Tenha sempre em mente que às vezes tentar salvar um relacionamento, manter um grande amor, pode ter um preço muito alto se esse sentimento não for recíproco.
Pois em algum outro momento essa pessoa irá te deixar e seu sofrimento será ainda mais intenso, do que teria sido no passado.
Pode ser difícil fazer algumas escolhas, mas muitas vezes isso é necessário.
Existe uma diferença muito grande entre conhecer o caminho e percorrê-lo.
A tristeza pode ser intensa, mas jamais será eterna.
A felicidade pode demorar a chegar, mas o importante é que ela venha para ficar e não esteja apenas de passagem...
Sobre o amor, rosas e espinhos.
Amor que é amor dura a vida inteira. Se não durou é porque nunca foi amor.
O amor resiste à distância, ao silêncio das separações e até às traições. Sem perdão não há amor. Diga-me quem você mais perdoou na vida, e eu então saberei dizer quem você mais amou.
O amor é equação onde prevalece a multiplicação do perdão. Você o percebe no momento em que o outro fez tudo errado, e mesmo assim você olha nos olhos dele e diz: "Mesmo fazendo tudo errado eu não sei viver sem você. Eu não posso ser nem a metade do que sou se você não estiver por perto."
O amor nos possibilita enxergar lugares do nosso coração que sozinhos jamais poderíamos enxergar.
O poeta soube traduzir bem quando disse: "Se eu não te amasse tanto assim, talvez perdesse os sonhos dentro de mim e vivesse na escuridão. Se eu não te amasse tanto assim talvez não visse flores por onde eu vi, dentro do meu coração!"
Bonito isso. Enxergar sonhos que antes eu não saberia ver sozinho. Enxergar só porque o outro me emprestou os olhos, socorreu-me em minha cegueira. Eu possuía e não sabia. O outro me apontou, me deu a chave, me entregou a senha.
Coisas que Jesus fazia o tempo todo. Apontava jardins secretos em aparentes desertos.
Na aridez do coração de Madalena, Jesus encontrou orquídeas preciosas. Fez vê-las e chamou a atenção para a necessidade de cultivá-las.
Fico pensando que evangelizar talvez seja isso: descobrir jardins em lugares que consideramos impróprios.
Os jardineiros sabem disso. Amam as flores e por isso cuidam de cada detalhe, porque sabem que não há amor fora da experiência do cuidado. A cada dia, o jardineiro perdoa as suas roseiras. Sabe identificar que a ausência de flores não significa a morte absoluta, mas o repouso do preparo. Quem não souber viver o silêncio da preparação não terá o que florir depois...
Precisamos aprender isso. Olhar para aquele que nos magoou, e descobrir que as roseiras não dão flores fora do tempo, nem tampouco fora do cultivo.
Se não há flores, talvez seja porque ainda não tenha chegado a hora de florir. Cada roseira tem seu estatuto, suas regras.
Se não há flores, talvez seja porque até então ninguém tenha dado a atenção necessária para o cultivo daquela roseira.
A vida requer cuidado. Os amores também. Flores e espinhos são belezas que se dão juntas. Não queira uma só. Elas não sabem viver sozinhas...
Quem quiser levar a rosa para sua vida, terá que saber que com ela vão inúmeros espinhos.
Mas não se preocupe. A beleza da rosa vale o incômodo dos espinhos... ou não.
te conheço há um tempo
mas você não sabe quem sou
observo você de longe,
sentado no meu banco, lendo
enquanto você ri, chora
vive e namora
eu te amo, será? às vezes me pergunto
talvez
mas como posso amar alguém que nem um
oi
troquei? desconheço esse carma
queria te dar o carinho
guardado
mas se eu chegar falando em amor
você vai acabar me chamando de maluco
meu amor, escute
a única louca aqui é você
que nunca me notou e perdeu
o cara fantástico que posso ser
não sou mais do que um jovem apaixonado
melhor que seus fúteis namorados
acorda garota, e começa a dar valor
ao verdadeiro amor
Sobre ela:
na mente mil razões,
No peito poucos carrega,
Conhece a dor com propriedade, mas já beijou a tal felicidade,
Quando amou, foi de verdade, quando errou foi sem maldade,
Quando chorou se derramou, mas logo se levantou,
Poderia ser princesa, mas decidiu ser fortaleza,
Sua natureza é mais que beleza, tem pureza, riqueza interior,
Talvez sua fraqueza é a incerteza da sua mente sem pudor,
Porque, quando é pra quebrar, ela quebra,
Quando é pra amar, ela ama,
Quando é pra chegar ela, chega,
Quando é pra fechar ela fecha,
Quando é pra ficar ela permanece para sempre,
Mas quando deve partir ela nem olha para traz!
Ela gosta de rap e até escreve,
Ela é intensa, ela é perigo, mas também gosta de mimo,
Ela é um verso, um flow pesado, aquele poema desajustado, Ela é simplezona, irritadona, mas tranquilona no mesmo ritmo, Não tem o mundo, mas tem todos os sonhos que nele cabe,
Não tem o melhor discurso, mas decifra qualquer olhar,
Se precisar ela começa o que termina, mas prefere não ter que refazer,
Ela é um pouco de Arlequina, vitamina e adrenalina,
Como diz Lenine; ela até pode ser, todas juntas em um só ser,
Ela é luz que confunde as trevas, ela é simplesmente ela.
Às vezes, é bom sair de cena. Sentar na plateia. Ser o espectador de todos os que nos rodeiam. Foi o que eu fiz. Observei, com cuidado, os que mereciam minha empatia. Os que mereciam minha amizade. Meu respeito. Meu escândalo, quando necessário. E, com ainda mais cautela, observei os que só mereciam o meu silêncio.
E foram muitos.
Não é o desprezo,
nem o mau desejo.
Muito menos vingança.
Mas o silêncio.
Apenas.
Padrão de beleza é ser feliz!
Gorda ou magra, alta ou baixa, negra, ruiva, loira ou morena...
Qual é o padrão de beleza?
Aquele imposto pela sociedade?
Não, claro que não.
Beleza é você estar feliz, é se sentir bem consigo mesma.
Dizem que a beleza importa...
Talvez...
Mas isto é somente nos primeiros cinco minutos, depois se não tiver conteúdo deixa de ser interessante...
E se a beleza fosse inteligência?
Ou carácter?
O quão linda você seria?
A beleza está na alma, foge de qualquer padrão...
A beleza está no ser, no criar, no imaginar!
Você é linda do jeito que é, quem puder que lhe acompanhe...
Notas sobre ela.
Não há notas sobre ela que se enquadrem por
muito tempo, ela muda como a lua.
Não há um padrão, nem uma sincronia que a faça previsível
nem por um instante,
seus risos não são leis, assim como suas lágrimas não são sempre de dor.
Ela não precisa estar para comparecer, ela não precisa
mostrar para que você possa ver,
na verdade, você nunca vê,
você sente o que ela lhe transmite. Mas às vezes ela é simples,
você não erra um palpite, só não acostume com a simplicidade,
ela se descomplica pra você não desistir, pra te motivar.
Ela te quer por perto, às vezes ela só quer estar ao lado,
em silêncio,
ouvindo o som do ambiente, e isso não significa que ela queria
estar em outro lugar que não fosse ali.
E quando está brava, ela não vai falar,
acostume garoto,
ela vai te fazer sentir na vibe que algo não está certo,
ela vai sorrir mais pra te confundir, ela vai te tocar levemente,
te acarinhar com seus dedos frios e firmes, te olhar fixamente,
sorrir calma e insana entredentes, ela vai fechar e abrir os olhos
lentamente
como se houvesse um peso em suas pálpebras quando você perguntar o que houve,
mas ela vai dizer que não foi nada,
até achar que você merece saber, se merecer.
Ela vai te amar, meu amigo, ela vai te amar loucamente,
tu não vai esquecer cada beijo destes lábios vermelhos,
ela vai te fazer implorar pela eternidade,
vai te dizer as coisas mais incríveis que já ouviu de uma mulher,
vai te mostrar costumes que vai te encantar,
vai ser menina indefesa pra te fazer querer cuidar,
mas te mostrando que também usa a raça quando tu falhar.
Ela vai te dar mais abraços do que tu já recebeu em toda sua vida,
não há uma parte do seu corpo que os dedos dela não percorram
num carinho que ela lhe conceda,
ela hipnotiza.
Mas um dia você vai acordar,
ela não é mais nada do que você lembra,
o olhar dela não lhe diz mais nada,
mas ela está ali dentro, mas,
meu caro,
é aí que você vai precisar formular outra nota sobre ela,
e comece sempre do princípio de que
não há notas sobre ela que se enquadrem por muito tempo,
e vá redescobrir a mulher incrível que você tem,
cuidando pra que o amor dela seja sempre seu também,
correndo contra o tempo,
se tiver acordado a tempo.
Eu sou assim...
Em minhas palavras me traduzo em uma crônica sem resolução.
Eu sou assim mesmo...
Um cachorro sem dono.
Sem rumo algum,
A deriva na sarjeta da calçada eu sou assim.
Uma metade boa.
Outra ruim.
Ninguém é perfeito.
Eu sou o tipo de cara que expressa o sentimentos no papel e guardo no canto escuro do meu quarto,
Por que sei quem ninguém liga pro que você sente ou pensa nesse mundo egocêntrico.
Sou de observar do que interagir.
Por que não gosto de ser o centro das atenções.
Não sou de falar muito,
Sou de escutar.
Eu falo mansinho,
Sei bem o meu lugar.
Sou aquele que apanha,
Mas não sou de dar o troco.
Eu sou assim, vou sumir quando você menos espera e você não vai nem notar...
mas não tem problema por que eu já fiz minha parte alegrando você.
Quando amo me entrego, pulo de cabeça, mas sempre me dou mal,
por que nunca da certo pra cara como eu ,azarado de berço.
Quando me dou conta já tinha pulado de cabeça em um coração que ama outra pessoa menos você.(e você mesmo seu azarado)
E sempre assim não nascemos com um controle remoto pra pularmos a parte triste do nosso filme(vida).
Não me pergunte porque sou tão sozinho.
É melhor assim só eu e minha solidão.
Não quero que sinta pena de mim, e nem que tente me ajudar.
Você só ira naufragar comigo nesse barco.
É irá ser minha culpa,
É só meu jeito torto de enfrentar o mundão.
Ps: Mas se você estiver precisado de ajuda, eu pulo do meu barco e vou nadando te ajudar. Mesmo nadando contra os tubarações que me cercam eu vou te ajudar. por que eu sou humano e da minha natureza ajudar, por que me machuco pra ver os outros felizes. Eu sou assim...
Sei que o que escrevo aqui
não se pode chamar de
crônica nem de coluna nem
de artigo. Mas sei que hoje é
um grito. Um grito! de
cansaço. Estou cansada! É
óbvio que o meu amor pelo
mundo nunca impediu
guerras e mortes. Amar
nunca impediu que por
dentro eu chorasse lágrimas
de sangue. Nem impediu
separações mortais. Filhos
dão muita alegria. Mas
também tenho dores de parto
todos os dias. O mundo
falhou pra mim, eu falhei
para o mundo. Portanto não
quero mais amar. O que me
resta? Viver automaticamente
até que a morte natural
chegue. Mas sei que não
posso viver automaticamente:
preciso de amparo e é do
amparo do amor.
Crônica: Quando eu não estiver mais aqui.
Hoje escrevo para meus quatros filhos: Priscila, Rafaela, Camila e Felipe. Embora a carta demore muito em chegar às suas mãos, ou talvez nem chegue, mas quero que saibas o quanto eu amo vocês, o quanto são importantes para mim.
Mas se por acaso amanhã eu não estiver mais aqui, peço que não chores, e nem fiquem com raiva de mim, eu tentei ser o melhor pai para vocês, desculpem-me pelos os achaques de seu velho pai, que anda e vive muito estressado com todo o contexto, mal humorado, impaciente, rabugento, sensível até demais, etc., e que não vem conseguindo sorrir e principalmente fazer sorrir a suas próprias famílias e filho.
Me perdoem quando por a caso estiver chorando e eu não puder estar presente para enxugar as suas lagrimas, eu serei aquela brisa gelada, o vento calmo e o raio de sol pela manhã. Só peço que sempre que tiverem um tempinho olhem para o céu e ore por mim. Sei que vai ser estranho acordarem no dia seguinte e não receber uma mensagem minha no celular ou alguma chamada perdida. Vocês irão acordar e ainda não terá caído a ficha que não estarei mais aqui. E, então, irá bater um desespero e vocês tentará ligar pra mim, mandar várias mensagens, deixar recados e nunca irão ser retornadas e quando vocês pensarem nisso, mais uma lágrima irá escorrer. Me perdoem, novamente, por não poder enxugá-las. Quando isso acontecer, apenas olhem para o céu e diga “eu te amo, você foi uma pessoa importante para mim e sempre esteve comigo”. Não precisa se desculparem e nem se arrependerem de nada. Não precisa chorarem sempre, mas chorem um pouco ao lembrarem de mim ou sorriam, só pra eu saber que vocês ainda se importam comigo.
Beijos minhas filhas e meu filho!
Crônica para os Amigos
Meus amigos? Escolho pela pupila.
Meus amigos são todos assim: metade loucura, metade santidade. Escolho-os não pela pele, mas pela pupila, que tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
Deles, não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas, angústias e aguentem o que há de pior em mim. Para isso, só sendo louco. Louco que se acocora e espera a chegada da lua cheia. Ou que espera o fim da madrugada, só para ver o nascer do Sol.
Quero-os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas próprias injustiças cometidas. Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só o ombro, quero também a alegria.
Amigo que não ri junto não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade graça, metade seriedade. Não quero risos previsíveis nem choros piedosos.
Pena, não tenho nem de mim mesmo e risada só ofereço ao acaso. Portanto, quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia vença.
Não quero amigos adultos, chatos. Quero-os metade infância, metade velhice.
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto. Velhos, para que nunca tenham pressa.
Meus amigos são todos assim: metade loucura, metade santidade. Escolho-os não pela pele, mas pela pupila, que tem que ter cor no presente e forma no futuro.
Nota: Uma adaptação desse texto, publicado em 23 de setembro de 2003, vem sendo repassada como sendo de diversos autores, entre eles Marcos Lara Resende ou Oscar Wilde.
...MaisCrônica do amor
Se amavam, mas moravam distantes.
Um se declarava ao outro e se davam bem, mas o egoísmo os distanciavam cada vez mais.
Um dia se encontraram e viveram momentos mágicos e intensos, depois cada um foi pro seu canto, daí nassceu o dilema do amor. Como viver esse relacionamento com tanas indiferenças entre eles?
Não viveram, só brigaram, só se distanciaram.
E assim o amor deu lugar ao acaso, e marcaram encontros nunca concretizados, com o tempo o amor se defez e só a incerteza falava mais alto.
E hoje foi a gota, por ironia ou capricho do destino todo amor que se tinham fora posto a prova, mass como assim? Penso eu que tenha sido desta maneira, ele tem o dom do orgulho e ela a artimanha de subestimar, dois lados postos de uma mesma moeda, mas o amor não é uma moeda de troca e nem um troféu no plano terreno, o amor é um estado, um sentimento completo, indivisível, limpo, transcedente e humilde, assim escrevi a crônica do amor não correspondido, a história daria um livro, mas pelo fato de não ter frutificado ficou nessa pequena crônica.
Ela vai me matar quando ler nossa história resumidas numa mísera crônica de um poeta escritor que nem é um e nem outro, mas como dizem quem escreve é escritor, mas não autor porque autor talvez nunca seje, pra isso é preciso publicar, assim se encerra a crônica mais sem sentido ue se possa escrever.
César Ribeiro
A crônica do destino: Por Will Flauberth
O que teria o destino em mente para mais uma vez colocar a gente frente a frente? Estaria querendo ele consertar erros, dar uma segunda chance ou apenas um gaiato.
Consertar erros faz parte da vida afinal todos erram, mas será que isso vale para o DESTINO? Se for, então como não pensar que foi um erro ter nos separado um dia, culpar o destino seria uma forma boa para encarar esses novos planos.
Estaria ele nos dando uma segunda chance? Acredito que todos merecem uma segunda, terceira, quarta, quantas possível, mas chance só se dá por merecimento, dar uma segunda chance apenas por caridade só te leva a pensar numa terceira chance. Recomeçar é o mesmo que consertar, melhorar, reparar... A questão é "merecemos?".
Mas e se ele estiver apenas sendo arteiro? Porque colocar novamente no tabuleiro o rei e a rainha novamente no tabuleiro?
Pérfido destino querendo brincar com vidas humanas, mas será que ele esta contando com as lições que a vida me ensinou, pois normalmente eu me entregaria novamente, não posso negar essa grata oportunidade tão sonhada, ainda mais sabendo o quanto coloco meu orgulho de lado no dia a dia, mas será ele sabedor que esse orgulho ignorado vira um sentimento Inexorável quando rejeitado, ferido ou magoado. Pobre destino que com todas as suas artimanhas ser surpreendido pela minha barreira de orgulho que pode impedir qualquer recomeço ou reviver um sentimento que a muito fora rejeitado.
O destino tem as suas armas, o orgulho as suas defesas e eu fico no meio do tiroteio. Nesse jogo eu não escolho favorito apenas vou esperar pelo vencedor.
A FOFOQUEIRA (Crônica de Humor)
Durante três dias, Raquel, a fofoqueira do bairro, observou a vizinha Valéria que morava na casa antiga, na frente da sua. Rua sem saída. Os vizinhos comentavam que Valéria havia enlouquecido.
Fazia três anos que perdera o marido e um ano da morte da mãe. Valéria passou muito tempo de luto e tristeza. Dois meses atrás, havia se aventurado numa viagem turística ao Nordeste, junto com uma prima. Voltou de bom humor, mas nos últimos dias falava sozinha, gesticulava, ria... Teria alguma visita?
Nesta tarde de sábado, Valéria ria muito.
- Ela enlouqueceu!.. - gritou Raquel. - Venha, querido, venha e olhe... O marido relutou um pouco, mas como a esposa continuava: Venha... venha... ele deixou o jornal e levantou-se, com dificuldade, da poltrona onde estava esparramado. Aproximou-se da janela. Olhe lá, olhe, João, parece que está falando com alguém.. mas Valéria está sozinha desde que a mãe morreu. Falarei com ela. Talvez precise de um médico... de um psiquiatra... de terapia...
Raquel pegou o telefone: - Olá,Valéria? Você está bem?
- Feliz com meu noivo nordestino – respondeu rindo Valéria.
Raquel, curiosa, continuou a espiar pela janela. Querido, venha, venha ver... venha, por favor... O marido novamente deixa o jornal de lado e se aproxima a passos vagarosos até a janela.
- Olhe, disse a mulher... Valéria fala e ri... sozinha....
- Sozinha, não! Com seu noivo imaginário, ironiza o marido. Volta a sentar-se na poltrona e pega o jornal.
- Eu vou falar com ela – enfatiza Raquel.
Minutos depois, Raquel aperta com força a campainha. A porta se abre.
– Este é Armando, meu noivo... - grita Valéria da cozinha. Só nesse momento Raquel repara no anão de pijama azul, na ponta dos pés, segurando-se na maçaneta da porta. Sorridente, o anão a convida a entrar. Raquel fica paralisada ao lado da porta.
Armando insiste. - Sente-se, vizinha, pode pegar um pedaço de bolo. Eu mesmo fiz...
- Aqui está o chá mate!... – disse contente Valéria.
Coloca a chaleira na mesa, agacha-se e abraça o anão. Ele, sempre sorridente, dá um beijão na boca da namorada. Depois sobe na escadinha que está ao lado da mesa e serve um pedaço de bolo para dona Raquel.
Raquel, sem palavras, senta-se na cadeira e pega o pratinho com o bolo, acanhada, não sabe o que dizer. Os três ficam em silêncio.
Raquel, tentando ser agradável pergunta: - É bolo de laranja?
No dia seguinte, Raquel falava com Adelaide, a velhinha do sobradinho amarelo, quando vê passar, Valéria, de mãos dadas com Armando. Os dois, sorridentes, cumprimentam e continuam seu passeio.
Sem poder conter-se, Raquel murmura para Adelaide: Como ela pode sair com um homem tão pequeno?
A velhinha, muito jocosa, emenda: Segundo ouvi dizer, Armando é pequeno só de estatura, dona Raquel, só de estatura...
Crônica de Minha Infância
Já fui casinha, fantasias e bonecas.
Mãe, jornalista, advogada e atriz.
Chocolates, biscoitos, chicletes... também patins, bicicleta e cicatriz.
Amiga, irmã, namoradinha e vilã.
Danada, sapeca, serelepe, também dissimulada e esperta.
Morria de medo de ser analfabeta.
Também já fui medo, choro e receio,
porém, tudo superado com aulas, professoras, sobretudo amigos amáveis e recreios.
Desenhos, chaves, histórias?
Branca de neve, a bruxa e toda aquela armação...
Ursinhos carinhosos, Power Rangers, sempre atenta à programação.
Viagens, família e aventuras.
As férias de dezembro, nas casas das avós...
Nada de ditadura.
Mas nem tudo é perfeito,
já fui hospital, asma e internação,
médico, jaleco branco, total aversão.
Às três da tarde como posso esquecer,
eu, papai, meu irmão e a TV...
de todos os compromissos, esse era o mais gostoso
historinhas, perguntas sem fim... e sempre um lanchinho delicioso.
Às quatro da tarde um momento chatão.
mamãe, livros e cadernos.
meninos, hora da lição,
enquanto isso, nosso super-herói voltava pra mais um plantão.
Dos momentos mais felizes da vida,
impossível não lembrar da infância bem vivida,
papai, mamãe sempre sorrindo, Deus sempre presente,
familia superunida.
Às cinco da tarde, hora do banho,
a minha amizade com Jackeline não tinha tamanho,
embora ela sempre alimentasse seu sonho estranho,
ser enfermeira somente de fanhos.
Aos 6 anos um sonho realizado,
finalmente havia ganhado um gato,
pula daqui, pula dali e finalmente pulo em cima...
tadinho do gato, precocemente foi para o andar de cima.
Meu primeiro drama.
Crônica de Sonhos
Como são doces nossos sonhos
Acompanhados de cafés amargos
Como é triste essa alegria
Carregada de idolatria
Por coisas fúteis e descartáveis
Acredita que existe sanidade
Nessa utópica felicidade?
Somos apenas medíocres
Com doses cavalares
De hipocrisia e de incertezas
Carregamos fardos pesados
Com corações e almas lesados
Por um mundo sem humanidade
Onde todos querem imortalidade
Mas buscam em veneno a solução
Como é amargo esse devaneio
Que agora parafraseio
Sonhos doces e vida parasita
O que me falta é a perfeita
definição de 'ser' humano
Como viver num mundo de pecado
Onde o amor é suplantado
Por uma falsa liberdade?
Onde sequer existe verdade
Somos simplesmente uma ficção
Somos nada a imagem do nada
Com uma alma sanada
De falácias, de suposições
saturados de ingenuas ambições
Tão insignificantes somos
Mas que essa infame crônica
Bem falada e irônica
Faça entender que a vida é pequena
Mas não precisamos ser pena
Podemos ser maior, ser todo o pássaro.
Conversa Comigo Mesmo - Crônica.
Às vezes o silencio me faz companhia e fico a lembrar de todo o tempo que passou, e tanta coisa mudou de lá pra cá. Sentado em uma mesa de bar, tomando minha cerveja, vejo a moça que ali passa. Veio-me a cabeça meus tempos de menino, onde a bola rolava e outra pessoa que pegava se tornava o novo amigo. Era tão simples, dizíamos “olá” e não havia receio alheio, dali pra frente era só entrar na brincadeira. Voltávamos pra casa, todos sujos de poeira, com um sorriso no rosto e já pensando o que fazer no dia seguinte. Tempo bom, eu era inocente, podia chamar alguém pra ver filme lá em casa, ou mesmo passear pela praça. Fico a pensar, se eu ainda fosse menino, e a tal moça que passou fosse também, eu a convidaria para tomar um suco, ou apresentaria para os meus amigos, afinal, era mais uma para brincar de pique esconde!
Claro que hoje em dia meus planos seriam outros, às vezes me falta alguém para poder conversar, assim como neste momento, que estou aqui sentado nessa mesa em uma linda tarde de sol, tomando uma cerveja estupidamente gelada e não tenho ninguém para compartilhar este prazer.
Mas o problema é que parece que se criou uma espécie de casca de proteção em todas as pessoas. Vamos ficando mais velhos e temos a tendência de pensar que todo estranho é perigoso, que temos que ter cuidado com tudo e todo mundo. Diversas vezes temos vontade de conhecer aquela pessoa que malha na mesma academia que nós, ou que encontramos todo domingo no supermercado, e ficamos a imaginar alguma forma de puxar assunto, com o intuito básico de conhecer, seja porque somos atraídos pela aparência, ou por que ouvimos alguém dizer que ela gosta de uma determinada coisa que nós também gostamos, não importa o motivo. A partir daí tentamos uma aproximação e a pessoa até nos trata com educação, responde a pergunta, mas notamos aquele ar de receio, e imaginamo-la pensando: “O que será que ele quer? Eu nem o conheço!”. Parece que passa todo tipo de desconfiança na cabeça da pessoa, o que não a impede de responder, mas logo encerra o assunto. Por mais que você tente continuar a conversa, ela sempre responderá, mas não comentará nada, excluindo assim qualquer chance de levar o assunto para frente.
Não dá, quando um não quer, dois não conversam! Diversas vezes, fui tentar fazer uma nova amiga e me acontecera tal fato, as mulheres pensam que queremos apenas levá-las para a cama. Com as elas já acontece exatamente ao contrário, elas puxam um assunto, e o cara já acha que ela está ansiosa para sair com ele. Ou seja, com isso elas criam esse receio, de não dar muita idéia, que se transforma em um jogo de pingue-pongue, pois os homens também ficam com receio de chegar e terminarem sem graça alguma, e que acaba dificultando qualquer tipo de relacionamento pessoal.
Infelizmente o mundo que vivemos tornou-nos assim, não há mais a inocência que tínhamos quando crianças. Está cada vez mais difícil fazer novos amigos. – Pense um pouco, e reflita sobre quantas vezes você já deve ter perdido a chance de conhecer pessoas que poderiam ser incríveis, e por medo, afastou-se dela, sem ao menos dar a chance de se conhecerem.
Claro que não podemos também nos abrir por completo logo de cara, os perigos existem, mas também não se feche por completo. Seja maleável, forme sua própria opinião, ao invés de viver das já formadas. O mundo muda, as pessoas mudam, e isso tem de acontecer também com nossas opiniões sobre a vida.
Tomo o ultimo gole, e vejo a moça entrar em seu carro e partir. Eu poderia ter puxado assunto com ela, mas tive medo de ser ignorado, me protegi disso, mas logo penso que poderia ter dado um resultado diferente. Arrependo-me mais uma vez.
“Hoje em dia presume-se a má fé das pessoas, o que corrói diretamente qualquer tipo de relacionamento.”
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