Crise
A crise de abstinência voltou, tudo o que eu menos queria está voltando e tudo o que eu mais queria está indo-se embora.
Em lugar de existir em crise, contradigo o que me permito pensar.
Ocupo-me então na tarefa de meus interesses contraditórios, sinto-os frágeis, assim como os entendo ser.
Pois originais são meus vínculos mais absolutos. Aquilo que mesmo mudo, deixa-se dizer.
O acordo, a partilha, as frases que cuidadas, são ainda minha sensibilidade preferida. Aquelas porém, inconfundíveis, tocantes e tocadas, mansas e amadas, latentes e mais ou menos arriscadas.
Não faço crise por pouco afago. Acometo-me das maiores loucuras em estado sóbrio. Sei dizer que é o momento, reconheço face de quem diz não. Sou enganado por palavras, mas nunca por gestos. Aprendi a ler o rosto e descobrir a conversa expressada, mas só havia o lado avesso. Me fiz marola quando poderia ser maré. Fui lagoa quando restava oceano. Fui casto quando caberia a impureza de uma flecha com mira certa, mas afiada em excesso.
Aprender a monitorar os seus pensamentos em momento de crise não é uma tarefa fácil, mas porem não e impossível.
Na Crise de 29, as pessoas não se mataram exclusivamente por causa da falta de dinheiro ou do acúmulo de dívidas, pode ter sido por não haver forma de troca maior e mais importante que valesse suas existências quanto o amor. Porque dinheiro não abraça e nem diz que tudo vai ficar bem no dia seguinte. Entender isto, custa a vida.
O que me deixa em crise é que de vez em quando e de quando em vez, tenho repentinos ataques de lucidez.
Você jamais entenderá o que é crise de
identidade se não for um brasileiro....
Originalmente somos indígenas, mas já
fomos colônia portuguesa, colônia
holandesa, colônia francesa, colônia
americana, somos um povo essencialmente
africano mas que acredita descender de
nórdicos vivendo na Inglaterra
A crise governamental
Na Avenida Paulista se encontraram dois manifestantes. O primeiro de verde e amarelo perguntou ao de vermelho:
– Você acredita no que o governo diz sobre a corrupção?
– Certamente! Não há corrupção. A distribuição de verbas do tesouro atende aos menos favorecidos, essas benesses igualam os cidadãos, isso já justificaria os rombos no caixa.
– Bobagem, ninguém é igual, quem não luta não tem direito a nada, é a política do merecimento que está em curso independente de qualquer coisa. Quer ter? Estude e trabalhe!
– Eu não sei o porquê de tanto ódio de vocês coxinhas, elite branca que nos exploram e concentram as riquezas da nação.
– Isso é um absurdo! Trabalhamos e pagamos impostos para vocês quererem mamar nas tetas do governo eternamente.
– Não existe mamata quando não há igualdade, devemos eternizar as cotas até que as desigualdades sejam revertidas, senão continuaremos escravos em nossa própria terra.
Bem, eu não sei exatamente como será depois, mas o juiz do Paraná equilibrará a balança da justiça, aí acabará o pão com mortadela devolvendo a governabilidade que foi perdida. Assim espero, disse o verde e amarelo encerrando a conversa.
Assistindo nossas vidas nesta crise de 2016, me pego a pensar em qual momento iremos respirar, dai me veio a cabeça a seguinte frase :"Tudo muda, e toda queda é para se levantar"!
Espera o que de um país de pessoas medíocres e hipócritas? A crise que instalou no país foi gerada por corruptos, que preferem abarrotar o serviços públicos e a barganhar votos com os famosos cargos comissionados e indicações politicas. Agora vem com essa de colocar culpa da Merda toda nos servidores públicos. Caem na Real chega de mi mi mi, deixam de ser acomodados e vão estudar se não for pra passar em um concurso público que tanto invejam pelo menos para abrirem a mente e saber em quem eleger.
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