Corpo e Mente Nietzsche
Meus dedos tentam falar ao tocar o teu corpo,
mas ficam mudos,
vendo que minha boca e meu corpote dizem tudo.
Na madrugada, durante o sono ela me procurou,
me beijou da forma mais terna,
me acariciou o corpo inteiro
e enquanto dizia que sempre me amou,
febril, abrigou-me entre suas pernas,
me confundindo com o seu travesseiro.
Dependência
Por anos e anos você injetou
no meu corpo e na minha alma o seu doce veneno.
Você é a droga boa, a droga necessária
sem a qual não sei viver.
Por isso esta dependência que me mata,
esta abstnência de você que não posso suportar.
Você me estimulava, me alucinava e de repente...
não te tenho.
Eu te consumia, te cheirava, te comia, te bebia, te sorvia com voracidade,
você me consumia com ardor e agora... me vejo só.
O teu sorriso não existe em outra pessoa,
o teu corpo é singular, a tua voz, o teu olhar,
tuas mãos, tudo em você é único.
Esta voraz necessidade do teu corpo, da tua voz,
da tua presença nos meus dias...
Impossível me abster de você,
sem quem o meu corpo não funciona.
O meu pensamento não tolera a tua ausência
desde que você me aplicou a overdose letal de amor,
me aprisionando os instintos
e agora partiu, deixando-me aqui,
me privando da tua doce presença,
com todos estes sintomas que levam até você.
Sem você o meu organismo não funciona,
eu não sou eu, nunca serei eu.
Poderão encontrar, no chão frio, a prova
do quanto eu te necessito.
Meus dedos tentam falar
quando tocam o teu corpo,
mas ficam mudos,
vendo que minhas mãos
e minha boca
já te dizem tudo.
Quando eu me for,
mesmo que alguma vez ainda sinta no teu corpo vestígios da minha passagem, o que mais quero é que a minha lembrança se eternize no brilho do teu olhar.
O seu corpo é a sua casa, a sua sagrada moradia. Ninguém tem o direito de invadi-la. Só deixe entrar na sua casa quem você quiser.
preto não sofre
branco também não
é só cor, cor por cor
cor por corpo sofre tudo
sofre tudo, menos cor
cor por cor por corpo passa,
cor raça couraça coloração
cor não sofre, não tem dor
sofre só corpo carne coração
Não choramos de tristeza por um corpo inerte e frio; choramos, sim, de egoísmo pela perda do sopro de vida que habitava em nós através daquele corpo.
—Dieta —
Amor, o seu corpo é imune ao doce, mas o meu não é.
Coma menos açúcar, ou logo morrerei de diabetes.
Para mim é dada a hora de fechar os olhos e adormecer
Descansar meu corpo, e a minha alma.
Pois o tempo de vigília está passando e o dia alvorecendo.
No mais profundo sono me reencontro com meus sonhos.
Por isso é uma insensatez afirmar que o corpo está doente: só o ser humano pode estar doente; no entanto, esse estar doente se mostra no corpo como um sintoma.
A poesia ganha corpo
Ganha cor
Ganha veste
A poesia se traveste
De onda de puro furor
Condena a majestade
Ao ínfimo chão gelado
E traz ao trono o infame
De versos adocicados
A poesia emudece
Quem cansa de ouvir falar
Entretece seu tecido
Como um rio vir a ser mar.
A poesia empertigada
Sobre a sobra da centelha
Engana os olhos incautos
Refrigera, queima, beira
À loucura ensandecida
Ao brio do terno pastor
Fulgura o novo tempo
Canta o cântico d'amor.
A poesia hiberna dentro
Da pele de quem consome
Seus atos, aços clementes
Seus pesos, uivos e fomes.
Ela conduz o meu corpo
Dança o que a alma sente
Ela que esconde o meu rosto
Sorve o mundo inclemente
Manibus
Seus dedos percorrem
A extensão do meu corpo
Seu respirar ofegante
Encontra o meu ser louco.
E desse modo incomum
Entregamos o tesouro
Você morando em mim
E eu sorvendo você todo.
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